
Fé
O Deus que abre portas

Paulo pede aos irmãos que orem por ele, a fim de que Deus possa abrir portas para a pregação do evangelho.
"Suplicai, ao mesmo tempo, também por nós, para que Deus nos abra porta à palavra, a fim de falarmos do mistério de Cristo, pelo qual também estou algemado; para que eu o manifeste, como devo fazer (Colossenses 4:3-4).
Este conceito de abrir portas está presente em toda a Bíblia, ao reforçar a idéia de que temos um Deus que nos oferece soluções, principalmente, nos momentos mais difíceis da vida. O Deus da Bíblia é o Deus que abre portas. Ele cria acessos, franqueia oportunidades e abre portas de emergências.
DEUS ABRE A PORTA DOS CÉUS
Deus abriu a porta dos céus para que o homem pudesse chegar a Ele.
"Jacó sonhou: E eis posta na terra uma escada cujo topo atingia o céu; e os anjos de Deus subiam e desciam por ela" (Génesis 28:12).
"Despertando Jacó do seu sono declarou: Na verdade o Senhor está neste lugar, e eu não o sabia. E, temendo, disse: Quão temível é este lugar! É a casa de Deus, a porta dos céus" (Génesis 28:16-17).
Esta porta aberta nos céus é um tipo de Jesus. Ele é a porta que Deus abriu para que entrássemos à sua presença.
"Jesus disse a Natanael: Em verdade, em verdade vos digo que vereis o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do homem (João 1:51).
Jesus é a porta que nos dá acesso à vida eterna, o caminho que nos leva a Deus.
"Disse Jesus: Eu sou a porta. Se alguém entrar por mim, será salvo; entrará, e sairá e achará pastagem" (João 10:9).
DEUS ABRE A PORTA DOS CORAÇÕES
Cada pessoa tem uma porta espiritual de entrada. A palavra de Deus quando pregada é dirigida e captada pela mente, trabalha com as emoções e afecta a vontade. Deus é quem abre a porta dos corações dos incrédulos para que eles recebam a salvação. Foi o que aconteceu com Lídia:
"Certa mulher chamada Lídia, da cidade de Tiatira, vendedora de Púrpura, temente a Deus, nos escutava; o Senhor lhe abriu o coração para atender às cousas que Paulo dizia" (Actos 16:14). A expressão "o Senhor lhe abriu o coração" indica que Deus arrebentou as fechaduras da incredulidade e as trancas da morte espiritual, ao trazer-lhe vida (Actos 11:18; 2Coríntios 4:6).
Como Deus abre a porta dos corações? Deus abre a porta do coração dos incrédulos no momento da conversão, por meio da acção soberana do Espírito Santo. Ele é quem produz a regeneração e o novo nascimento. Ele tira o coração de pedra e coloca um coração de carne (Ezequiel 36:26-27; João 3:1-8; Tito 3:4-7).
DEUS ABRE A PORTA DAS PRISÕES
Sempre que o povo de Deus foi perseguido, com prisões e encarceramentos, o Senhor providenciou libertação e abriu grades. O livro de Actos regista alguns exemplos. O primeiro exemplo está registado em Actos 5:17-32.
"Os saduceus, movidos pela inveja, prenderam os apóstolos em uma cadeia pública. Deus, porém, os libertou: Mas, de noite, um anjo do Senhor abriu as portas do cárcere e, conduzindo-os para fora, lhe disse: Ide e, apresentando-vos no templo, dizei ao povo todas as palavras desta Vida (Actos 5:19-20).
O segundo exemplo encontra-se em Actos 12. Herodes resolveu prender e maltratar os líderes da igreja. Ele matou a Tiago e mantinha Pedro na prisão com o objectivo também de o matar. Deus envia um anjo para libertar Pedro da prisão e da morte:
"Depois de terem passado a primeira e a segunda sentinela, chegaram ao portão de ferro que dava para a cidade, o qual se lhes abriu automaticamente; e, saindo, enveredaram por uma rua, e logo adiante o anjo se apartou dele" (Actos 12:10).
O terceiro exemplo aparece em Actos 16. Paulo e Silas foram açoitados e presos injustamente, por pregarem o evangelho, em Filipos.
"Na cadeia, com os pés presos ao tronco, eles oravam e cantavam louvores a Deus. De repente, sobreveio tamanho terremoto, que sacudiu os alicerces da prisão; abriram-se todas as portas, e soltaram-se as cadeias de todos" (Actos 16:26).
Estes três exemplos revelam que o nosso Deus liberta o seu povo de todas as prisões e cadeias, que tentam impedir o avanço do evangelho e da pregação da Palavra. Ninguém segura ou prende o servo de Deus, em missão.
DEUS ABRE A PORTA PARA A PREGAÇÃO
Deus abre oportunidades para a pregação do evangelho. Esta era a convicção de Paulo:
"Suplicai, ao mesmo tempo, também por nós, para que Deus nos abra porta à palavra, a fim de falarmos do mistério de Cristo, pelo qual também estou algemado; para que eu o manifeste, como devo fazer" (Colossenses 4:3-4).
No final da primeira viagem missionária, Barnabé e Paulo relataram à igreja em Antioquia sobre o que Deus tinha feito:
"Ali chegados, reunida a igreja, relataram quantas cousas fizera Deus com eles e como abrira aos gentios a porta da fé" (Actos 14:27). A porta aberta aqui é o acesso dos gentios à salvação pela fé e a inclusão dos mesmos no corpo de Cristo.
Quando escreveu aos crentes de Corinto, Paulo explica o seu itinerário ou o seu plano de viagem e trabalho:
"Ficarei, porém, em Éfeso até ao Pentecostes; porque uma porta grande e oportuna para o trabalho se me abriu; e há muitos adversários" (1Coríntios 16:8-9). Aqui a porta aberta é um conjunto de circunstâncias favoráveis para se realizar o trabalho de Deus, fruto da providência divina. Paulo usa este termo com o mesmo sentido em 2 Coríntios 2:12:
"Ora, quando cheguei a Trôade para pregar o evangelho de Cristo, e uma porta se me abriu no Senhor, não tive, contudo, tranquilidade no meu espírito, porque não encontrei o meu irmão Tito; por isso, despedindo-me deles, parti para a Macedónia".
Deus abre portas para a pregação do evangelho e plantação de novas igrejas. Deus cria oportunidades com pessoas, lares e empresas que facilitam a evangelização. Como é que Deus faz isto? Ele faz isto de forma soberana, pois ele está no controle da sua obra (Actos 16:6-10). Ele faz isto ao responder à oração dos que pedem (Actos 13:1-3). Concluímos ao dizer que o mesmo Deus que abre portas é o mesmo que fecha. Ao anjo da igreja em Filadélfia escreve:
"estas cousas diz o santo, o verdadeiro, aquele que tem a chave de Davi, que abre e ninguém fechará, e fecha, e ninguém abrirá. Conheço as tuas obras - eis que tenho posto diante de ti uma porta aberta, a qual ninguém pode fechar" (Apocalipse 3:7-8). A porta que Deus abre ninguém fecha e a porta que ele fecha ninguém abre. Devemos crer nisto!
A Nossa capacidade vem de Deus

"E é por Cristo que temos tal confiança em Deus; Não que sejamos capazes, por nós, de pensar alguma coisa, como de nós mesmos; mas a nossa capacidade vem de Deus" (2 Coríntios 3:4-5).
Nós louvamos e adoramos a Deus pelo Seu eterno amor por nós, que não mediu esforços para nos salvar. E continuar a nos salvar, a nos separar, a nos purificar, e a capacitar-nos para O servir. Ele é Quem nos capacita para enfrentar qualquer desafio e obstáculo que pode se apresentar no nosso caminho. E esta graça, esta capacidade é o que faz a diferença entre viver prostrado diante das circunstâncias, ou, se prostrar a Deus, mas vencer o mundo como Ele venceu.
"Porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efectuar, segundo a Sua boa vontade" Filipenses 2:13
Temos a nossa parte do 'contrato'. Isto é, buscar a Deus, buscar ao ler e ao conhecer a Palavra de Deus, buscar a comunhão com o Seu Espírito. Ao nos esforçar em direcção ao crescimento na fé, no descanso que a confiança nesta Palavra nos traz.
"E respondeu-me, dizendo: Esta é a palavra do SENHOR a Zorobabel, dizendo: Não por força nem por violência, mas sim pelo meu Espírito, diz o SENHOR dos Exércitos" Zacarias 4:6.
Pelo Seu Espírito Santo, Deus opera em nós o que não acreditamos ser possível. Porque Ele agrada-se daqueles que aguardam na Sua misericórdia e graça, não naqueles que confiam em si mesmos. Muitos vivem prisioneiros das suas limitações, porque se vêem incapacitados de vencer as suas fraquezas, amarras, traumas, dores. Mas, em nome de Jesus, venceremos, se confiarmos no que Deus tem para nós, porque Ele acredita em nós. E Ele acredita tanto que disse, "Não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a destra da minha justiça" Isaías 41:10.
Portanto, não nos devemos menosprezar ao acreditar que a nossa incapacidade é MAIOR do que o poder de Deus em nós. Ele CONTINUA a ser MAIOR e para sempre o será.
Por que Não Existe Dom de Visão!
Hoje vamos tratar de um assunto popular em toda a igreja pentecostal, pois infelizmente a falta de conhecimento bíblico é preocupante entre os irmãos. Achar que ter visões de Deus, seja em sonho ou ao vivo é um dom da parte de Deus é tão bizarro quanto achar que as parábolas de Jesus eram um outro tipo de milagre. Se vivemos toda a vida ao achar que ter visões era um dom de Deus, então devemos continuar a ler este estudo para entender perfeitamente do que se tratam as visões de Deus e porque elas na verdade não podem ser mais um dom de Deus.
O que Todos Dizem por Aí
É comum escutar na igreja alguém dizer: Ele tem o dom de visão! Ou ainda, ver alguns profetas a entregar uma profecia e a afirmarem que nesse momento Deus está a dar o dom de visão para tal pessoa. Isso na verdade é mais um dito popular entre os crentes que é incorrecto ao extremo, mas ninguém se dá conta disso!
Por que Ter Visão não é um Dom?
Pura e simplesmente pelo facto de que a bíblia nunca disse isso. Nós temos a nossa fé com base nas sagradas escrituras e a única passagem onde o Apóstolo Paulo fala de dons espirituais é na carta aos Coríntios 12. E neste capítulo não vemos a menção de nenhum dom de visão, na verdade muitos gostam de ficar a inventar dons o tempo todo, pois inventa-se muitas coisas.
Quem pode Ter Visões de Deus? A quem elas são Atribuídas?
Ao olhar para a Bíblia Sagrada, principalmente nos livros dos profetas, percebemos claramente que as visões se manifestam em sonhos e ao vivo! Entendemos também que não é qualquer um que pode ter uma visão. Ao mesmo tempo também fica claro que as visões são dadas por Deus e não originadas no homem! Diferente das profecias que podem sair dos lábios do profeta mesmo que Deus não mande dizer nada! As visões não podem ser originadas no homem igual a uma profecia, mas elas são sempre dadas por Deus. Logo ninguém é vidente e nem pode ser tratado como tal por receber muitas visões de Deus. Mas como mostra nesta passagem (1 Reis 17:1) onde Elias profetizou sem Deus mandar, podemos ser chamados de Profetas, por ter a capacidade de originar profecias de nós mesmos.
As visões são dadas por Deus e somente por Ele. E Deus sempre dá visões aos profetas. Mas isto não significa que ter visões é somente para quem recebeu o dom de visão. Pois ter uma visão, não é um dom e sim um atributo do profeta. Alguns profetas Deus usa somente ao mostrar-lhes visões, como no caso de José no Egipto. Outros homens Deus usou apenas em profecia como o caso de Natã. Mas muitos tiveram ambos, profetizaram e receberam visões da parte de Deus. Como Daniel, Jeremias e Ezequiel.
A visão é um atributo do profeta, apenas isso! Ou seja, é uma coisa que costuma acontecer com os homens e mulheres de Deus. Devemos ler em Amós 3:7 onde diz que Deus não faz coisa alguma sem revelar aos seus profetas.
A visão é apenas mais uma forma de Deus falar. Existem coisas que Deus prefere mostrar ao profeta do que simplesmente descrever em palavras. Devemos imaginar Deus a tentar descrever para João o Apocalipse!! Foi muito mais fácil mostrar para Ele, ao levá-lo até lá. Se o que Deus tem para o ministério é forte demais ou complicado demais para que nós entendamos com palavras... Logo Deus nos vai mostrar em visão, que pode ser um sonho ou uma visão transcendental de olhos abertos!
A Convicção leva-nos à Transformação
Antes de falar sobre transformação, vamos reflectir sobre o significado da palavra "convicção". Segundo o dicionário, "Convicção é uma certeza que vem através de factos ou razões; é um convencimento". Isto mostra-nos que se não estivermos convencidos de certas coisas na nossa vida, não veremos transformação nessas áreas e não lutaremos por elas. Vamos citar alguns exemplos: "Será que já estamos convencidos que sexo antes do casamento é pecado? Se não, nós não lutaremos para o evitar. Será que já chegamos à conclusão de que envolver com um descrente é um jugo desigual? Se não, poderemos correr este risco. E em relação a dinheiro, será que já chegamos à conclusão que dizimar e ofertar na obra de Deus é necessário? Se não, seremos sempre mesquinhos. Apenas citou-se aqui alguns exemplos, mas sabemos que se não tivermos certeza daquilo que acreditamos, não veremos transformação. Nós lemos também no dicionário que a convicção está baseada em factos ou razões. Por isso precisamos buscar na Palavra de Deus e no dia-a-dia, factos em que podemos nos apoiar. Por exemplo: em relação ao sexo antes do casamento, precisamos buscar nas passagens bíblicas que mostram que o sexo foi criado por Deus para ser usufruído dentro do casamento. Em relação ao jugo desigual com incrédulos, podemos ver exemplos de pessoas que se relacionaram e tiveram conflitos. E sobre a generosidade com o Reino de Deus, podemos ver exemplos tanto na Bíblia como na vida de pessoas que foram fiéis nos dízimos e ofertas e nunca lhes faltou nada, pelo contrário, colheram muitos frutos. Porém, às vezes, a convicção só vem no nosso coração quando passamos por sofrimentos, decepções, lutas. Então dizemos: "Eu não quero viver à minha maneira. Quero viver segundo o que Deus diz que é certo. Não quero ser como as outras pessoas, quero ser um cristão genuíno!".
A Bíblia conta a história de Elias - "um homem igual a nós, sujeito às mesmas paixões" (Tiago 5:17), mas que viu transformações na sua vida e na sua geração, tudo porque ele tinha fortes convicções no seu coração (ler 1 Reis 16:30-33 e 17:1). Devemos perceber que naquela época a situação de Israel era terrível! O rei Acabe havia abandonado Deus e levantado-se contra Ele. Este rei tornou-se idólatra e levou toda a nação para o mesmo caminho. Casou-se com uma mulher que até hoje é o símbolo da maldade (Jezabel) e o seu reinado tornou-se tão opressor que até mesmo os fiéis a Deus, esconderam-se com medo nas cavernas. E somente Elias resistiu e ficou firme na sua fé, ao correr risco de vida! Mas no fim, veremos que houve uma grande transformação: Os profetas de Baal foram derrotados, o rei Acabe perdeu a sua honra, Jezabel foi devorada por cães e todos voltaram-se para Deus. Diante disto, precisamos questionar: o que fez Elias ficar firme? De onde veio tamanha ousadia a ponto dele enfrentar o rei com uma mensagem tão dura? Podemos concluir que Elias tinha convicções que lhe deram ousadia e teve como resultado transformações. Vejamos:
1) Elias tinha certeza da realidade de Deus
(1 Reis 17:1) "Tão certo como vive o Senhor".
Elias tinha consciência do poder de Deus. Ele sabia que o Senhor vive eternamente!
O rei Acabe pensou que tinha acabado com o culto a Jeová, mas ele não sabia que um homem ainda tinha convicção, e para o Deus de Abraão, Isaque e Jacó, um homem temente é o bastante! Jó também tinha esta mesma convicção. Ele disse: "Eu sei que o meu Redentor vive e por fim se levantará sobre a Terra" (Jó 19:25).
Paulo também era um homem convicto: "Não me envergonho de sofrer, pois eu sei em quem tenho crido e estou certo de que Ele é poderoso para guardar o meu depósito até aquele dia" (2 Timóteo 1:12).
2) Elias tinha certeza que representava a Deus
(1 Reis 17:1) "Perante cuja face estou..."
Será que sabemos quem Deus escolheu para reagir às crises? VOCÊ! Deus usa pessoas comuns, muitas vezes sem condições financeiras ou desprezadas da sociedade (2 Coríntios 5:20).
3) Elias tinha certeza que o poder de Deus estava à sua disposição
(1 Reis 17:1) "Nem orvalho nem chuva haverá nesses anos segundo minha palavra..."
Como sabia ele que a sua profecia iria se cumprir? Qual era a base do seu ministério de profeta? A própria Palavra de Deus. Vejamos: (Deuteronómio 11:16-17). Devemos entender que espiritualidade e conhecimento da Bíblia andam juntos. Certa vez, o grande pregador Moody disse: Eu nunca vi um cristão útil nas mãos de Deus que não seja um estudante da Bíblia.
E nós? Será que desejamos ser ousados como o profeta Elias? Basta ter convicções baseadas na Palavra de Deus.
"Mantenham-se
firmes na fé"
Por que a fé é
tão valiosa?Como podemos
saber se a nossa fé começou a enfraquecer?
Como podemos fortalecer a nossa fé por olhar atentamente para Jesus?

1. (a) Que experiência Pedro teve durante um vendaval no mar da Galileia? (b) Por que Pedro começou a afundar?
O APÓSTOLO Pedro e alguns outros discípulos estavam a remar com dificuldade no mar da Galileia no meio de um vendaval. De repente, no meio da noite, eles veem Jesus a andar sobre o mar. À distância, Pedro pergunta ao seu Senhor se pode caminhar sobre as águas para ir até ele. Jesus então o chama. Pedro então sai do barco e de modo milagroso começa a andar em direcção a Jesus por cima das águas agitadas. Mas, instantes depois, Pedro começa a afundar. Por quê? Ele olhou para o vendaval e ficou com medo. Pedro então grita para Jesus, que rapidamente o agarra e diz: "Homem de pouca fé, porque duvidastes?" - Mateus 14:24-32.
2. O que veremos neste artigo?
Vejamos três lições sobre fé que podemos aprender da experiência de Pedro:
(1) como, no início, Pedro mostrou fé no apoio de Deus;
(2) por que Pedro começou a perder a fé e
(3) o que ajudou Pedro a recuperar a sua fé.
Analisar estes pontos pode nos ajudar a ver como podemos 'nos manter firmes na fé': - 1 Coríntios 16:13.
FÉ NO APOIO DE DEUS
3. O que motivou Pedro a sair do barco, e como nós fazemos algo parecido?
Quando Pedro saiu do barco para andar sobre as águas, ele fez isso pela fé. Jesus o chamou, e Pedro confiou que o poder de Deus o sustentaria assim como estava a sustentar Jesus. Da mesma forma, quando nos dedicamos a Deus e nos baptizamos, nós fomos motivados pela fé. Jesus nos chamou para sermos seus discípulos e a seguir os Seus passos. Nós tivemos de exercer fé em Jesus e em Deus, ao confiar que eles nos sustentariam de várias maneiras. - João 14:1; 1 Pedro 2:21.
4. Por que a fé é tão valiosa?
A fé é algo realmente valioso. Assim como a fé habilitou Pedro a andar sobre as águas, a nossa fé nos habilita a fazer coisas que, do ponto de vista humano, são impossíveis. (Mateus 21:21-22). Por exemplo, muitos de nós fizeram mudanças tão profundas no seu modo de pensar e no seu comportamento que são praticamente irreconhecíveis para os seus anteriores amigos. Deus apoiou os nossos esforços porque foi a nossa fé nele que nos levou a fazer essas mudanças (Colossenses 3:5-10). Quando a nossa fé nos levou a nos dedicarmos a Deus, nós nos tornamos seus amigos - algo que nunca poderíamos fazer com a nossa própria força - Efésios 2:8. A nossa fé continua a nos dar forças. Pela fé, conseguimos resistir aos ataques do nosso inimigo sobre-humano, o Diabo (Efésios 6:16). Além disso, a confiança em Deus ajuda a diminuir a nossa ansiedade quando passamos por dificuldades. Deus diz que, quando a nossa fé nos motiva a colocar o Reino em primeiro lugar, ele cuida das nossas necessidades materiais (Mateus 6:30-34). Não só isso, mas, se exercermos fé, receberemos um presente que nenhum humano poderia obter com o seu próprio esforço: a vida eterna. - João 3:16.
PERDER O FOCO PODE LEVAR A PERDER A FÉ
5. A que podemos comparar o vento e as ondas ao redor de Pedro?
6. Por que devemos levar a sério a possibilidade de a nossa fé enfraquecer?
O vento e as ondas que cercavam Pedro enquanto ele andava sobre as águas podem ser comparados às dificuldades e tentações que enfrentamos na nossa vida dedicada a Deus. Mesmo quando essas provações são muito fortes, podemos nos manter firmes com o apoio de Deus. Devemos lembrar de que Pedro não afundou por causa de uma rajada de vento ou uma onda grande. Vamos notar a sequência dos acontecimentos: "Ao olhar para o vendaval, ficou com medo" (Mateus 14:30). Pedro perdeu o foco em Jesus, e daí a sua fé vacilou. Nós poderíamos começar a afundar se começássemos a "olhar para o vendaval", ao nos concentrar no seu tamanho e ao duvidar do apoio de Deus.
Devemos levar a sério a possibilidade de a nossa fé enfraquecer ou desaparecer por completo, pois a Bíblia descreve esse perigo como o "pecado que facilmente nos envolve" (Hebreus 12:1). Como mostra a experiência de Pedro, a nossa fé pode enfraquecer rapidamente se nos concentrarmos nas coisas erradas. Como podemos saber se estamos a correr esse risco? Vamos considerar algumas perguntas que podem nos ajudar a fazer uma auto-analise.
7. Como as promessas de Deus podem tornar-se menos reais para nós?
As promessas de Deus são tão reais para mim como antes? Por exemplo, Deus prometeu destruir o actual sistema. Mas será que nos distraímos com as várias opções de entretenimento do mundo? Isso pode enfraquecer a nossa fé nessa promessa de Deus, e podemos começar a duvidar que o fim realmente está próximo (Habacuque 2:3). Vejamos outro exemplo. Deus promete nos perdoar com base no resgate. Mas, se ficamos o tempo todo a nos sentir culpados por causa de erros passados, podemos começar a ter dúvidas de que Deus 'apagou' todos os nossos pecados (Actos 3:19). Isso pode nos levar a perder a alegria no serviço de Deus e a ficarmos inactivos.
8. O que pode acontecer se nos concentrarmos em empenhos pessoais?
Sou tão zeloso no serviço de Deus como antes? O apóstolo Paulo mostrou que, quando nos esforçamos bastante para servir a Deus, temos "a plena certeza da esperança até o fim". Mas o que pode acontecer se começarmos a nos concentrar em empenhos pessoais, como aceitar um emprego que paga bem, mas atrapalha a nossa adoração? A nossa fé pode enfraquecer e podemos 'nos tornar preguiçosos', ao fazer menos para Deus do que poderíamos fazer - Hebreus 6:10-12.
9. Por que podemos dizer que perdoar é um acto de fé?
Acho difícil perdoar quando outros me ofendem ou me magoam? Em situações assim, talvez nos concentremos nos nossos sentimentos e nos sintamos tentados a tirar satisfação com a pessoa ou a deixar de falar com ela. Por outro lado, quando perdoamos, mostramos fé em Deus. Como assim? As pessoas que pecam contra nós têm uma dívida connosco, assim como os nossos pecados nos colocam em dívida com Deus (Lucas 11:4). Quando perdoamos outros, ganhamos a aprovação de Deus. Precisamos confiar que agir assim vale mais a pena do que fazê-los pagar a sua dívida connosco. Os discípulos de Jesus reconheciam que perdoar exige fé. Quando Ele lhes disse que deviam perdoar até os que tinham pecado contra eles várias vezes, eles imploraram: "Dê-nos mais fé" - Lucas 17:1-5.
10. Como talvez deixemos de nos beneficiar de conselhos bíblicos?
Fico ressentido quando recebo conselhos bíblicos? Em vez de nos concentrar nos benefícios do conselho, talvez tentemos encontrar alguma falha no conselho ou na pessoa que o deu (Provérbios 19:20). Por agir assim, perdemos a oportunidade de harmonizar o nosso modo de pensar com o de Deus.
11. Sempre reclamar daqueles que Deus usa para guiar o seu povo indica o quê?
Eu me queixo dos irmãos designados na congregação? Quando os israelitas se concentraram no relatório negativo dos dez espiões infiéis, eles começaram a queixar-se contra Moisés e Arão. Então, Deus perguntou a Moisés: "Até quando não depositarão fé em mim?" (Números 14:2-4, 11). As queixas dos israelitas na realidade mostraram falta de fé em Deus, que tinha designado Moisés e Arão. Da mesma forma, se sempre reclamamos dos irmãos usados por Deus para orientar o seu povo, isso indica que a nossa fé em Deus enfraqueceu.
12. Por que não devemos ficar desanimados se percebermos fraquezas na nossa fé?
Mas não devemos ficar desanimados se essa auto-analise revelar fraquezas na nossa fé. Até Pedro, que era apóstolo, cedeu ao medo e à dúvida. De facto, Jesus às vezes chamava a atenção de todos os apóstolos por terem "pouca fé" (Mateus 16:8). Devemos lembrar de que uma lição importante que aprendemos de Pedro tem a ver com o que ele fez depois que começou a afundar no mar por causa da falta de fé.
CONCENTRE-SE EM JESUS PARA FORTALECER A FÉ
13. O que Pedro fez quando começou a afundar?
14. Como podemos 'olhar atentamente' para Jesus, se não o vemos literalmente?
Quando Pedro olhou para a tempestade e começou a afundar, ele poderia ter tentado voltar para o barco sozinho. Ele nadava bem, então essa poderia ter sido a sua primeira reacção (João 21:7). Mesmo assim, em vez de confiar em si mesmo, ele voltou a se concentrar em Jesus e aceitou a sua ajuda. Se percebemos que a nossa fé está a enfraquecer, devemos imitar o exemplo de Pedro. Mas como podemos fazer isso?
Assim como Pedro voltou a concentrar-se em Jesus, nós devemos 'olhar atentamente para o Agente Principal e Aperfeiçoador da nossa fé, Jesus' (Hebreus 12:2-3). É claro que, ao contrário de Pedro, não podemos ver Jesus literalmente. Em vez disso, 'olhamos atentamente' para ele por estudar o que ele fez e ensinou e daí seguir de perto o seu exemplo. Vamos considerar algumas medidas que podemos tomar com base no exemplo de Jesus. Se fizermos isso, receberemos a ajuda necessária para manter firme a nossa fé.

15. Como podemos fazer um estudo da Bíblia que aumente a nossa fé?
Fortaleça a confiança na Bíblia. Jesus estava convencido de que as Escrituras eram a Palavra de Deus e tinham as melhores orientações para a vida (João 17:17). Para termos a mesma convicção de Jesus, devemos ler a Bíblia todo o dia, estudá-la e meditar no que aprendemos. Além de um estudo geral da Bíblia, devemos pesquisar assuntos sobre os quais talvez tenhamos dúvidas. Por exemplo, podemos aumentar a nossa convicção de que o fim deste sistema está perto por fazer um estudo detalhado das provas bíblicas de que estamos a viver nos últimos dias. Devemos fortalecer a nossa confiança no que a Bíblia promete para o futuro por analisar as muitas profecias que já se cumpriram. Devemos aumentar a nossa confiança no valor prático da Bíblia por considerar exemplos de como ela melhora a vida das pessoas. - 1 Tessalonicenses 2:13.
16. Por que Jesus conseguiu se manter fiel diante de provações extremas, e como nós podemos imitá-lo?
Devemos nos concentrar nas bênçãos que Deus prometeu. Por manter os olhos na "alegria que lhe foi apresentada", Jesus conseguiu manter-se fiel diante de provações extremas (Hebreus 12:2). Ele nunca se distraiu com as coisas que o mundo podia oferecer (Mateus 4:8-10). Como podemos imitar Jesus? Ao meditarmos nas maravilhosas promessas de Deus para nós. Vamos imaginar-nos no Paraíso: vamos colocar no papel, ao escrever ou ao desenhar, as coisas que esperamos fazer depois que Deus destruir este sistema perverso. Vamos fazer uma lista das pessoas que queremos muito conhecer quando forem ressuscitadas e dos assuntos que queremos conversar com elas. Não devemos encarar essas coisas apenas como promessas de Deus para a humanidade em geral, mas para nós.
17. Como a oração pode nos ajudar a fortalecer a fé?
Vamos orar a pedir por mais fé. Jesus ensinou os seus discípulos a pedir espírito santo a Deus (Lucas 11:9, 13). Ao pedir Espírito Santo, devemos pedir também mais fé, que é um aspecto do fruto do espírito. Se percebermos algum sinal de que a nossa fé está a enfraquecer - como a dificuldade de perdoar -, devemos ser específico ao pedir a ajuda de Deus.
18. O que devemos procurar num amigo?
Devemos escolher amigos que têm forte fé. Jesus escolhia bem os seus amigos, principalmente aqueles que conviviam com Ele. Os seus amigos mais chegados, os apóstolos, tinham mostrado fé e lealdade por obedecer às suas ordens (João 15:14-15). Assim, quando escolhermos os nossos amigos, devemos procurar que mostrem fé por obedecerem a Jesus. E devemos lembrar de que uma das características de uma boa amizade é a comunicação aberta, mesmo quando é necessário dar ou aceitar conselhos - Provérbios 27:9.
19. Que benefício recebemos quando ajudamos outros a fortalecer a sua fé?
Devemos ajudar outros a fortalecer a fé. Por palavras e acções, Jesus fortaleceu a fé dos discípulos (Marcos 11:20-24). Devemos seguir o seu exemplo, pois ajudar outros a ter mais fé acaba por fortalecer a nossa própria fé (Provérbios 11:25). Ao pregar e ensinar, devemos destacar provas de que Deus existe, de que ele se importa connosco e de que a Bíblia é a sua Palavra inspirada. Além disso, devemos ajudar os irmãos a aumentar a sua fé. Se algum deles mostrar sinais de dúvida, talvez por começar a queixar-se dos irmãos designados, não devemos nos afastar logo deles. Em vez disso, ao usar de tacto, devemos tentar ajudá-los a tomar medidas para recuperar a fé (Judas 22, 23). Se estivermos na escola e a teoria da evolução for considerada, devemos defender com coragem a nossa fé na criação - talvez nos venhamos a surpreender com o efeito que as nossas palavras podem ter em outros.
20. Que promessa Deus fez para todos nós?
Com a ajuda de Deus por meio de Jesus, Pedro venceu os seus medos e dúvidas, ao tornar-se uma coluna de fé entre os cristãos do primeiro século. Da mesma forma, Deus ajuda todos nós a nos mantermos firmes na fé (1 Pedro 5:9-10). Vale a pena todo o esforço para fortalecer a nossa fé, pois as recompensas de manter a fé são incomparáveis.
O que significa fé?
A primeira coisa a dizer-se sobre a fé é que ela é muito mais do que crer. Dizer que a fé é somente crer é torná-la algo superficial demais. É interessante, pois a Bíblia diz que até mesmo os demónios creem: "Crês, tu, que Deus é um só? Fazes bem. Até os demónios creem e tremem" (Tiago 2:19).

A Bíblia diz-nos muitas coisas a respeito da fé e da sua profundidade. Vejamos então o que ela significa na realidade.
"Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de factos que se não vêem" (Hebreus 11:1).
Certeza e convicção são palavras que exprimem uma grande característica da fé: Ela não convive no mesmo ambiente da dúvida e da hesitação. Além disso, ela é totalmente alicerçada na esperança e não em factos concretos (certeza de coisas que se esperam, a convicção de factos que se não vêem). A fé verdadeira é totalmente fundamentada na confiança em Deus e na Sua palavra e não nas circunstâncias. A fé só faz sentido quando aponta para Deus. Na Bíblia vemos a fé a ser apontada como algo de muito poder na vida de uma pessoa. Jesus mostra que a presença da fé, mesmo que de forma "pequena", faz muita diferença.
"Respondeu-lhes o Senhor: Se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a esta amoreira: Arranca-te e transplanta-te no mar; e ela vos obedecerá" (Lucas 17:6).
A falta de fé desagrada a Deus. Jesus repreendeu os seus discípulos algumas vezes por eles não aplicarem a sua fé nas situações que estavam a viver.
"Perguntou-lhes, então, Jesus: Por que sois tímidos, homens de pequena fé? E, levantando-se, repreendeu os ventos e o mar; e fez-se grande bonança" (Mateus 8:26).
Deus é a fonte da fé. Ela vem Dele. Não há como ter fé à parte de Deus. Sem ela desagradamos a Deus.
"De facto, sem fé é impossível agradar a Deus..." (Hebreus 11:6).
Com ela O agradamos.
"Ouvindo isto, admirou-se Jesus e disse aos que o seguiam: Em verdade vos afirmo que nem mesmo em Israel achei fé como esta" (Mateus 8:10).
Várias pessoas tiveram as suas vidas transformadas por Jesus e, surpreendentemente, uma frase que Ele disse a várias delas nos mostra a importância da fé:
"Então, Jesus lhe disse: Vai, a tua fé te salvou. E imediatamente tornou a ver e seguia a Jesus estrada fora" (Marcos 10:52).
A fé é um elemento de transformação de vida.
A fé deve produzir em nós o desejo de realizar boas obras. Uma fé egoísta, na opinião em geral, nem deveria ser chamada de fé. A nossa fé é para nós e também para ser espalhada ao nosso redor.
"Porque, assim como o corpo sem espírito é morto, assim também a fé sem obras é morta" (Tiago 2:26).
Além de todos estes significados, a Bíblia ainda mostra que o justo, ou seja, aquele que teme a Deus e anda nos Seus caminhos, viverá pela fé. Ela é como o ar que ele respira; sem ela o justo não vive a vida preparada por Deus para ele.
"Todavia, o meu justo viverá pela fé; e: Se retroceder, nele não se compraz a minha alma" (Hebreus 10:38).
Há ainda muito mais que falar sobre a fé.
Como Aumentar a Minha Fé?
Há pessoas que confessam que têm vivido tempos difíceis com relação à sua fé. Que se sentem distantes do Senhor. Parece que a sua fé simplesmente desapareceu. Que estão em pecado e sem forças para voltar. Que precisam muito de ajuda, querem saber como aumentar a sua fé! Como voltar ao Senhor e ter uma fé tão fervorosa quanto a que tinham logo no início da sua carreira cristã.
Estas pessoas crentes apesar de estarem a passar por momentos difíceis, isto que é relatado aqui é algo bom. Estas palavras fazem-nos ver alguém que não está feliz com o pecado, que não está feliz com a condição de distância de Deus em que está a viver, e isso demonstra que Deus está a incomodar os corações para uma mudança. E isto é muito positivo! Vamos então reflectir a respeito de como podemos aumentar a nossa fé.
Como faço para aumentar a minha fé e crescer espiritualmente?
(1) Na Bíblia encontramos alguns exemplos interessantes de pessoas a pedirem a Deus exactamente para que ele aumentasse a fé delas. O primeiro exemplo que vamos usar é do pai do rapaz possesso por um espírito mau: "E imediatamente o pai do menino exclamou com lágrimas: Eu creio! Ajuda-me na minha falta de fé!" (Marcos 9:24). Em outras palavras, o pai desse menino, depois de muito sofrimento na vida, cria em Deus, porém, a sua fé estava desgastada, daí ele clamar algo como "ajuda-me a aumentar a minha fé, Senhor, eu creio, mas tenho dúvidas".
(2) Os apóstolos de Jesus, diante de um ensino exigente do Mestre sobre o perdão, também declaram a Ele: "Então, disseram os apóstolos ao Senhor: Aumenta-nos a fé" (Lucas 17:5). Em outras palavras, os apóstolos sentiam que tinham fé, mas não se sentiam preparados com fé suficiente para ter a vida que Deus queria deles. Daí o desejo de um aumento dessa fé, dessa capacidade de agir como Jesus queria.
(3) Esses exemplos nos mostram que nós seres humanos, quando estamos diante de Deus, temos a fé, porém, por conta da nossa complexidade, muitas vezes, acabamos por manter essa fé inoperante, passiva, enfraquecida ao ponto de não termos forças para fazer aquilo que Deus deseja de nós. Esse é um comportamento típico da natureza humana, porém, não é aceitável e ideal. A boa notícia é que Deus é misericordioso e, tanto no caso do pai do menino quanto no dos apóstolos, observamos Jesus a agir com misericórdia a fim de que a fé deles fosse aperfeiçoada. Porém, não devemos aceitar uma fé inoperante na nossa vida como se fosse normal. O normal é uma fé operante. Daí Jesus muitas vezes repreender os Seus discípulos por causa da pequenez da sua fé: "Então, os discípulos, aproximando-se de Jesus, perguntaram em particular: Por que motivo não pudemos nós expulsá-lo? E ele lhes respondeu: Por causa da pequenez da vossa fé..." (Mateus 17:19).
Como Aumentar a Minha Fé de Forma Prática?

Agora vamos trazer algumas dicas práticas baseadas na Bíblia Sagrada a respeito de como podemos aumentar a nossa fé de uma forma prática, com atitudes objectivas:
a) Temos de reconhecer que a nossa fé anda fraca e devemos chorar por isso. Como os discípulos e também o pai daquele menino, a primeira coisa para aumentarmos a nossa fé é reconhecer que precisamos disso. Quem não reconhece que precisa de mudanças nunca vai se esforçar para mudar. Temos de reconhecer diante de Deus, falar para Ele que a nossa fé anda fraquinha, que precisamos de forças para mudar. Devemos chorar, nos importarmos com a nossa passividade, não devemos aceitar essa situação, ela não é normal para um servo de Deus!
b) Devemos pedir mais fé a Deus. A Bíblia é clara quando nos ensina a pedir, a buscar, a bater (Mateus 7:7). Isso significa que existe uma "fonte" onde podemos buscar a fé. E essa fonte é o próprio Deus. Por isso, ao invés da murmuração, devemos fazer como o pai do menino endemoninhado: "Ajuda-me na minha falta de fé". Devemos pedir! Abrir a nossa boca, comparecer diante de Deus e falar o que precisamos.
c) Devemos nos aproximar de Deus: Quando os apóstolos perceberam que existia algo de errado com eles, a atitude que tiveram foi a de se "aproximar de Jesus" (Mateus 17:19). A proximidade com o Mestre nos ajuda a compreendermos melhor as nossas dores e dificuldades. Não nos devemos permitir afastar de Deus. Devemos nos achegar a Ele. É lá que poderemos clamar: Senhor, aumenta a minha fé! Nós nos aproximamos de Deus ao orar, ao ler a Bíblia, ao praticar os ensinos, ao fazer a obra do Senhor. Exige trabalho e esforço, mas é aqui que está a força para que a nossa fé seja nutrida. Não basta pedir "Senhor, aumenta a minha fé", é preciso que também façamos a nossa parte.
d) Devemos permanecer perto do Senhor. Não podemos buscar a Deus apenas quando as coisas estão más e depois nos afastarmos Dele. Para que a nossa fé sempre esteja aumentada e em crescimento, devemos permanecer perto Dele. Jesus ensinou algo muito poderoso sobre isso: "Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer" (João 15:5). Muitas pessoas estão com a sua fé enfraquecida porque se afastaram do Senhor.
e) Devemos usar a nossa fé. Alguém já disse certa vez que a fé é parecida com um músculo. Se não a usarmos ela atrofia e perde a força. Isso é verdade! Precisamos usar a nossa fé no dia a dia, nas situações em que passamos, falar dela para as pessoas, exercitá-la em cada situação que Deus nos permite viver. Com isso ela se fortalece. Não podemos esconder a nossa fé. Fazer isso é como matar a fé. Devemos utilizar a nossa fé constantemente e ela irá aumentar a cada dia. Podemos ver que os apóstolos, antes com uma fé pequena, após a morte de Cristo têm uma fé forte, capaz de superar os desafios, as perseguições e fazer a obra confiada a eles. A fé deles finalmente havia crescido de forma grandiosa!
A Fé É O Elemento Vital Para O Sucesso Do Cristão
"Mas o meu justo viverá da fé; e se ele recuar, a minha alma não tem prazer nele" (Hebreus 10:38).
ESTA CAMINHADA NÃO PERMITE RETORNOS
Precisamos de ir até ao fim, com os nossos olhos fitos no "Autor e Consumador da Fé":
"Fitando os olhos em Jesus, autor e consumador da nossa fé, o qual, pelo gozo que lhe está proposto, suportou a cruz, desprezando a ignomínia, e está assentado à direita do trono de Deus" (Hebreus 12:2).
Perseverar, ao obter os resultados desta fé que é "O firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova de coisas que não se vêem":
"Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se vêem" (Hebreus 11:1).
A fé verdadeiramente bíblica pode nos tornar vitoriosos e experimentar bênçãos maiores que pensamos, visto que Jesus é poderoso para fazer "infinitamente mais" através da nossa fé que é a nossa vitória, pois, a Palavra testifica:
"Porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé" (1 João 5:4).
Nesta caminhada, mesmo nos cristãos, existe diferenças de medidas de fé, onde um pode ter uma maior ou menor medida de fé:
"Porque pela graça que me foi dada, digo a cada um dentre vós que não tenha de si mesmo mais alto conceito do que convém; mas que pense de si sobriamente, conforme a medida da fé que Deus, repartiu a cada um" (Romanos 12:3).
Ao ser assim, as diferenças dos benefícios produzidos por ela, podem variar.
Este estudo tem a intenção de nos levar a maiores bênçãos espirituais, muitas vezes não vividas ou praticadas pela nossa falta ou pequena fé.
1. A FÉ PODE TORNAR-NOS VERDADEIRAMENTE SANTOS.
Sem santidade ninguém verá ao Senhor:
"Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor" (Hebreus 12:14).
Precisamos da presença de Deus não apenas após esta vida terrena. Precisamos dela hoje, pois ela pode ser o refrigério para as nossas dores, lutas e toda a sorte de dificuldades.
PRECISAMOS DE DEUS, PRECISAMOS DA SANTIDADE, QUE É A CONDIÇÃO PARA A SUA MANIFESTAÇÃO
Por isso, devemos usar a nossa fé para a apropriação da santidade que já foi alcançada por Cristo, na cruz, por nós. Não devemos permitir que a nossa frágil condição e os nossos dilemas pessoais nos roubem a fé que pode produzir a santidade plena em nós.
Essa santidade plena e instantânea produzirá as características inerentes a ela em nós. Ao ser assim, nós teremos alegria, paz, amor:
"Para que, segundo as riquezas da sua glória, vos conceda que sejais robustecidos com poder pelo seu Espírito no homem interior; que Cristo habite pela fé nos vossos corações, a fim de que, estando arraigados e fundados em amor, possais compreender, com todos os santos, qual seja a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade" (Efésios 3:16-18).
E quando, necessário, essa mesma fé e santidade farão com que nós tomemos consciência do que é ter "a mente" de Cristo em relação a vários aspectos do quotidiano. A oração, os gemidos, o coração de Cristo poderá se manifestar a tal ponto que, a nossa vida de abnegação e serviço poderão tornar-se a nossa vida. Para que a vida seja continua, a nossa fé, responsável por tal feito, precisará ser renovada.
O segredo, portanto, é olhar para o "AUTOR E CONSUMADOR DA FÉ" (Hebreus 12:2).
NÃO DEVEMOS OLHAR PARA NÓS PRÓPRIOS, PARA OS NOSSOS RECURSOS, PARA A NOSSA CONDIÇÃO.
Devemos olhar para Cristo, a fé e o canal, o meio para esse fim. Esse fim é a glória de Deus em tudo o que somos e fazemos:
"Portanto, quer comais quer bebais, ou façais, qualquer outra coisa, fazei tudo para glória de Deus" (1Coríntios 10:31).
Em suma, Deus quer, através da nossa medida de fé, manifestar ainda mais a sua glória. Por isso devemos ser santos, agora, através da nossa medida de fé.
DEVEMOS SER OUSADOS, DESEJAR MAIS A GLÓRIA DE DEUS
Devemos aumentar a nossa medida de fé. A santidade de Deus em nós é o cumprimento das suas promessas e requisitos e não dos nossos argumentos falhos e inconstantes. A falta de santidade, não se trata de uma possível falta de elevadas obras, mas de uma firme convicção naquilo que Deus já tem produzido e proporcionado.
A santidade de Deus está fundamentada no "está consumado" de Jesus, na cruz:
"Então Jesus, depois de ter tomado o vinagre, disse: está consumado. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito" (João 19:30).
E a sua eficiente prática em nós revela-se na apropriação que temos feito dela. Deus já de antemão preparou obras nas quais devemos andar:
"Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus antes preparou para que andássemos nelas" (Efésios 2:10)
O QUE CARECEMOS É O ENCHIMENTO DO ESPÍRITO SANTO
Para que esse Espírito Santo, ao nos encher, queime todo o pecado, tudo aquilo que é contrário à sua natureza santa e gloriosa. Ao nos consumir, onde todo o egoísmo e glória pessoal humana desfazem-se por completo, assim o nosso corpo está a ser oferecido como "sacrifício vivo":
"Rogo-vos pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos como um sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis a este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus" (Romanos 12:1-2).
A santidade de Deus se revela pela separação ao mundo, que antes de tudo, temos no nosso coração.
E não somente nas relações manifestas exteriormente. A santificação da intenção é a base para a manifestação e o testemunho da luz e do sal, ao mundo. Ao ser assim, com a santidade de Cristo no coração e anseio pela sua glória, podemos por andarmos em todo o lugar, manifestar a "fragrância do seu conhecimento".
"Graças, porém, a Deus que em Cristo sempre nos conduz em triunfo, e por meio de nós difunde em todo lugar o cheiro do seu conhecimento; porque para Deus somos um aroma de Cristo, nos que se salvam e nos que se perdem. Para uns, na verdade, cheiro de morte para morte; mas para outros cheiro de vida para vida. E para estas coisas quem é idóneo?" (2 Coríntios 2:14).
2. A FÉ pode levar os NOSSOS OLHOS para ONDE "CRISTO ESTÁ ASSENTADO".
Jesus afirmou que o seu reino não é deste mundo e que, embora estejamos no mundo, não pertencemos ao mundo:
"Eu não estou mais no mundo; mas eles estão no mundo, e eu vou para ti. Pai santo, guarda-os no teu nome, o qual me deste, para que eles sejam um, assim como nós" (João 17:11).
O apóstolo Tiago afirmou que quem deseja se tornar amigo de Deus necessariamente se torna inimigo do mundo:
"Infiéis, não sabeis que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus" (Tiago 4:4).
O MUNDO É APRESENTADO NA PALAVRA COMO UM CONJUNTO DE VALORES CONTRÁRIOS A DEUS
O mundo tem os seus sistemas, os seus métodos, as suas fórmulas. A ênfase naturalista marcante tem um fim mesmo, e o resumo de toda a prática mundana visa os interesses do homem. Ao adaptar o meio para tal fim, ao observar, com os olhos do entendimento da fé abertos, percebemos, que não de hoje, a igreja tem assimilado as práticas humanas e subtilmente introduzido elas na igreja. Paulo aos Coríntios disse que "Um pouco de fermento leveda toda a massa".
"Não é boa a vossa jactância. Não sabeis que um pouco de fermento leveda a massa toda? Expurgai o fermento velho, para que sejais massa nova, assim como sois sem fermento. Porque Cristo, nossa Páscoa, já foi sacrificado" (1 Coríntios 5:6-7).
O FERMENTO, como símbolo do PECADO, está impregnado na igreja, subtilmente, de tal forma, que PRECISAMOS NOS ENCHER DO ESPÍRITO SANTO, para que o discernimento abra os nossos olhos para a realidade:
"Irmãos, não sejais meninos no entendimento; na malícia, contudo, sede criancinhas, mas adultos no entendimento" (1 Coríntios 14:20).
"E conhecer o amor de Cristo, que excede todo o entendimento, para que sejais cheios até a inteira plenitude de Deus" (Efésios 3:19).
A vida essencialmente espiritual precisa brotar nos nossos corações e alimentar a alma. O que verdadeiramente alimenta a alma é o Pão espiritual:
"Mas Jesus lhe respondeu: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus" (Mateus 4:4).
TRISTEMENTE ESSE PÃO ESPIRITUAL TEM SIDO TROCADO PELO PÃO MATERIAL
Tudo em nome da teologia da prosperidade. Jesus disse que pelos frutos nos conheceriam. Em outra passagem ele afirma:
"Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros" (João 13:35).
Como temos sido interpretados pelo mundo como cristãos? Pelos bens, pela riqueza, sucesso material necessário.
O próprio mundo tem entendido o evangelho como sinónimo de sucesso material.
Precisamos reflectir e buscarmos entender a verdadeira razão do crescimento da igreja. A forte ênfase para a manifestação de Cristo e da sua vida recai na mortificação da carne e das suas concupiscências.
O GENUÍNO CRESCIMENTO ESPIRITUAL RECAI NA MORTIFICAÇÃO DOS PRAZERES CARNAIS E MUNDANOS
Paulo, enquanto habitante deste mundo, pela incompreensão gerada pela sua palavra, dizia que o "Evangelho é loucura":
"Porque a palavra da cruz é deveras loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus. Porque está escrito: Destruirei a sabedoria dos sábios, e aniquilarei a sabedoria o entendimento dos entendidos. Onde está o sábio? Onde o escriba? Onde o questionador deste século? Porventura não tornou Deus louca a sabedoria deste mundo? Visto como na sabedoria de Deus o mundo pela sua sabedoria não conheceu a Deus, aprouve a Deus salvar pela loucura da pregação os que crêem" (1 Coríntios 1:18-21).
Sinceramente, quanto ao Evangelho tem sido interpretado como loucura pelo mundo, hoje? Será que não existem os psiquiatras do Evangelho que desejam torná-lo normal aos olhos do mundo, quando ele deveria ser loucura?
O coração, como sede do entendimento, das intenções, das emoções, dos próprios cristãos, está saturado por apelos que não condizem com Cristo e a realidade do seu reino.
Jesus disse: "MEU REINO NÃO É DESTE MUNDO".
"Respondeu Jesus: O meu reino não é deste mundo; se o meu reino fosse deste mundo, pelejariam os meus servos, para que eu não fosse entregue aos judeus; entretanto o meu reino não é daqui" (João 18:36).
No entanto, não somente a propaganda do sucesso material secular, mas a propaganda da igreja vem, aos poucos, a incentivar e a conclamar ouvintes a um estilo de vida mercantil: DE SUCESSO MATERIAL, INFALÍVEL, NA IGREJA.
Cristo "HABITA NOS CORAÇÕES PELA FÉ"
"Que Cristo habite pela fé nos vossos corações, a fim de que, estando arraigados e fundados em amor" (Efésios 3:17).
Além de habitar nos céus com dimensões vastas e inexplicáveis, porém temos permitido e desejado que os nossos corações estejam desvendados para então contemplarmos a glória do alto e sermos, assim, "transformados de glória em glória".
"Mas todos nós, com rosto descoberto, reflectindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor" (2 Coríntios 3:18).
3. A FÉ Verdadeira provém DE CRISTO.
A fé como elemento da vida cristã, tem a sua origem em Cristo. O autor e consumador. Tudo foi feito por Ele e para Ele:
"Porque nele foram criadas todas as coisas nos céus e na terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades; tudo foi criado por ele e para ele" (Colossenses 1:16).
"Fitando os olhos em Jesus, autor e consumador da nossa fé, o qual, pelo gozo que lhe está proposto, suportou a cruz, desprezando a ignomínia, e está assentado à direita do trono de Deus" (Hebreus 12:2).
A fé não pode ser interpretada como algo separado de Cristo, à parte da Bíblia e do Espírito Santo, se como cristãos pudéssemos nos valer dela, sem que os reais interesses de Cristo e necessidades da igreja fossem supridos.
Existe a fé independente, entendida como um poder divinizante, dos círculos místicos, e que não tem nenhum interesse nas coisas relacionadas a Cristo. É oriunda e centrada no homem. Como a sua origem não provém de Cristo e donde Ele está assentado:
"Se, pois, fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus" (Colossenses 3:1).
Essa fé pode ser entendida também como uma força motivacional. As empresas, no mundo dos negócios, ao visar ampliar mercados e qualificar os produtores e consumidores de tecnologia, utilizam-na a todo o vapor, com relativo sucesso. Essa fé, independente de Cristo, não tem nenhuma ligação também aos ensinos de Cristo. Ela explora e aperfeiçoa o necessário humano. A sua presença na igreja é evidente. Onde ela é ensinada pouco se fala de santificação pratica.
Como a sua origem é terrena os seus interesses serão terrenos.
A fé bíblica, testemunhada na galeria da fé em Hebreus capítulo 11, trata-se de uma fé provada, directamente ligada com a cidade, cujo arquitecto é Deus (Hebreus 11:10).
Não se trata de uma mera força motivacional, mas, de uma firme convicção pela busca dos valores de Cristo.
Ao contrário da fé moderna, elaborada em laboratórios artificiais, a fé, dos heróis de Hebreus, foi provada com toda a sorte de dificuldades.
Onde a vida dos tais foi colocada em xeque em virtude dela. A glória e santidade de Cristo fora vislumbrada de tal ponto, que os anseios mais ardentes de tais exemplos de fé era Cristo. Buscá-lo, tê-lo, era a ânsia mais profunda.
A VERDADEIRA FÉ NOS LEVA A CRISTO
Tudo foi criado por Ele e para Ele, inclusive nós.
"Porque nele foram criadas todas as coisas nos céus e na terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades; tudo foi criado por ele e para ele" (Colossenses 1:16).
NÓS FOMOS CRIADOS PARA A GLÓRIA DE CRISTO
"A todo aquele que é chamado pelo meu nome, e que criei para minha glória, e que formei e fiz" (Isaías 43:7).
Grandes aglomerações de fé tornam-se frequentes, onde estádios, avenidas são tomadas, a comunicação social disponível aos pregadores cristãos é uma realidade e eles têm se valido deste meio. Não se discute a fé do ouvinte e a intenção do pregador, o que precisa se discernir é o autor e o alvo final dessa fé.
É a promoção da glória de Cristo? Ou a promoção de um empreendimento pessoal?
Não se questiona, no discernimento, a idoneidade dos milagres, mas a intenção da pregação, o reino de Deus ou o reino dos homens?
4. A FÉ e os PROFETAS no CONTEXTO MODERNO.
O testemunho de Jesus é o Espírito da profecia (Apocalipse 19:10). O Espírito de Deus, como agente inspirador dos profetas, apóstolos e homens de Deus, ao longo dos períodos tem ensinado, direccionado e encaminhado os homens ao propósito divino de salvação.
O Espírito Santo "esquadrinha as profundezas de Deus":
"Porque Deus no-las revelou pelo seu Espírito; pois o Espírito esquadrinha todas as coisas, mesmo as profundezas de Deus" (1 Coríntios 2:10).
E desde os nossos primeiros passos, como crianças espirituais, começamos a entender os mistérios de Deus. O nosso caminhar neste mundo, desde já se constitui numa perene e contínua busca pelo "dia perfeito". Essa é a "VEREDA DO JUSTO":
"Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito" (Provérbios 4:18).
NÃO PODEMOS NOS CONFORMAR COM ESTE SÉCULO, COM AS ÊNFASES DO MUNDO MODERNO.
Somos profetas no sentido de que a Palavra, Cristo em nós, aguarda ansiosamente a nossa completa redenção, o "Espírito e a noiva dizem vem" (Apocalipse 22:17). O Espírito Santo, como o agente dos eternos planos divinos em relação a nós, "geme" (Romanos 8:26), para nos libertar do cativeiro, para então sermos postos para a "liberdade da glória dos filhos de Deus" (Romanos 8:21).
Enquanto no deserto deste mundo, não podemos retroceder, voltar à vida do Egipto.
Como o Egipto, o mundo, espiritualmente falando, não pode ser localizado geograficamente, não podemos adaptá-lo com a nossa velha vida, à igreja, em forma de satisfação e ênfase nos desejos. Toda a sorte de dificuldades e obstáculos servem para provar a nossa fé, como no deserto, tudo contribui para o nosso bem, pois fomos chamados para o propósito de Deus. Estar em Canaã. No entanto, no percurso as dificuldades aparecem, assim como para israelitas, para nós. O Egipto, ainda tão vivido e presente nos corações daqueles recém libertos eram evidentes.
Além das reclamações e murmúrios, criaram o ídolo, o bezerro de ouro (Êxodo 32:8). A fé deles se desviou do Deus que havia os libertado para um dos deuses do antigo sistema do qual faziam parte. Quando Deus, a sua glória, a sua sabedoria, os seus desígnios não são suficientes, os acessórios aparecem em forma de solução. Assim pode ocorrer na igreja. Aquilo que antes a igreja combatia, agora acaba por ser aceite, como acessório de evangelismo.
A nossa auto-analise envolve a seguinte questão: quanto nos temos valido do mundo, para a obtenção do sucesso espiritual, que imaginávamos possuir? Será que não estamos contaminados pela "síndrome de Asafe" que nos leva a olhar por cima dos muros da vizinhança?
Onde então questionamos a nossa própria vida cristã, em função do sucesso material alheio, dos não-cristãos. A verdade é que nos colocamos em jugo desigual, onde minimizamos os valores e profundidade das riquezas de Cristo:
"Para que também desse a conhecer as riquezas da sua glória nos vasos de misericórdia, que de antemão preparou para a glória" (Romanos 9:23).
"Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos!" (Romanos 11:33).
"Sendo iluminados os olhos do vosso coração, para que saibais qual seja a esperança da sua vocação, e quais as riquezas da glória da sua herança nos santos" (Efésios 1:18).
Em troca das lentilhas:
"E disse Esaú a Jacó: Deixa-me, peço-te, comer desse guisado vermelho, porque estou muito cansado. Por isso se chamou Edom. Respondeu Jacó: Vende-me primeiro o teu direito de primogenitura. Então replicou Esaú: Eis que estou a ponto de morrer; logo, para que me servirá o direito de primogenitura?
Ao que disse Jacó: Jura-me primeiro. Jurou-lhe, pois; e vendeu o seu direito de primogenitura a Jacó. Jacó deu a Esaú pão e o guisado de lentilhas; e ele comeu e bebeu; e, levantando-se, seguiu seu caminho. Assim desprezou Esaú o seu direito de primogenitura" (Génesis 25:30-34).
5. A FÉ e A ESCATOLOGIA.
Jesus indagou se ainda haveria fé na Terra quando o Filho do homem voltar:
"Digo-vos que depressa lhes fará justiça. Contudo quando vier o Filho do homem, porventura achará fé na terra?" (Lucas 18:8).
Paulo e Pedro predisseram que nos últimos dias haveria uma apostasia generalizada:
"Sabe, porém, isto, que nos últimos dias sobrevirão tempos penosos; pois os homens serão amantes de si mesmos, gananciosos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a seus pais, ingratos, ímpios, sem afeição natural, implacáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando-lhe o poder. Afasta-te também desses.
Porque deste número são os que se introduzem pelas casas, e levam cativas mulheres néscias carregadas de pecados, levadas de várias concupiscências; sempre aprendendo, mas nunca podendo chegar ao pleno conhecimento da verdade" (2 Timóteo 3:1-7).
"Amados, já é esta a segunda carta que vos escrevo, em ambas as quais desperto com admoestações o vosso ânimo sincero; para que vos lembreis das palavras que dantes foram ditas pelos santos profetas, e do mandamento do Senhor e Salvador, dado mediante os vossos apóstolos; sabendo primeiro isto, que nos últimos dias virão escarnecedores com zombaria andando segundo as suas próprias concupiscências, e dizendo: Onde está a promessa da sua vinda? Porque desde que os pais dormiram, todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação. Pois eles de propósito ignoram isto, que pela palavra de Deus já desde a antiguidade existiram os céus e a terra, que foi tirada da água e no meio da água subsiste; pelas quais coisas pereceu o mundo de então, afogado em água; mas os céus e a terra de agora, pela mesma palavra, têm sido guardados para o fogo, sendo reservados para o dia do juízo e da perdição dos homens ímpios" (2 Pedro 3:1-7).
VIVEMOS DIAS DE UM ENTUSIASMO CRISTÃO AVASSALADOR
As perspectivas de líderes, pastores e daqueles que são designados como apóstolos, profetas, mestres, etc., abarcam a idéia de que o mundo será alcançado mediante o poder do Evangelho.
Diante do entusiasmo profético em comparação às perspectivas bíblicas sobre o fim dos tempos, qual será a realidade que nos aguarda?
Fé como sinónimo de confiança, de convicção, envolve muito mais aspectos do que imaginamos. Quando Jesus questiona a existência de fé nos dias anteriores à sua vinda, certamente podemos concluir que esses dias, seriam dias onde a convicção em valores eternos, seria nula.
A apostasia, o abandonar, o deixar, predicto por Cristo pelos apóstolos Paulo e Pedro, não se trata de algo instantâneo, imediato. Certamente se trata de uma profecia que se cumpre ao longo dos tempos, já nos dias da igreja primitiva, onde ela se encaminha, gradativamente, para o seu pleno cumprimento.
Passam num ápice os dias anteriores à vinda de Cristo. Precisamos estar sóbrios e vigilantes. Precisamos de nos certificar de que não estejamos a usar na igreja métodos e práticas que, por menor que sejam as consequências, afastem a nossa convicção na suficiência de Jesus, da Palavra, do Espírito. Precisamos de ser sinceros numa auto-analise, a fim de nos certificar, até que ponto, os meios utilizados pela igreja, para a propagação do evangelho, não acabem por serem instrumentos para o encaminhamento do cristianismo, para tal fim, de apostasia.
Essa apostasia será o reflexo de ênfases invertidas da igreja. Prosperidade material, pouca ênfase e prática de santificação, critérios distorcidos na selecção dos líderes dentre outras características da igreja moderna, são agentes directos que, desde já contribuem para o encaminhamento da igreja para os dias profetizados, tanto por Cristo quanto por Paulo.
Uma das fortes características do período apocalíptico evidente no livro profético de João é a insistente actividade mercantil (Apocalipse 18). A busca pelo lucro obsessivo não tem limites, anticristãos, por parte dos promotores e fomentadores do amor ao dinheiro. Os valores mundanos, destacadamente anticristãos se tornam a alma da propaganda pela louca busca do lucro.
O sexo, descrito como santo, incentivado na Bíblia dentro dos padrões e condições estabelecidas por Deus, tem se reduzido como uma mera arma mercantil nos dias actuais. Essa tendência revela àquilo que a Bíblia sempre combate e revela nos homens de todos os tempos, a prostituição.
A prostituição, em todos os tempos, além do prazer pervertido, e de uma afronta directa aos padrões divinos, se revela como fundamento de lucro. Como o lucro será uma das características fundamentais dos últimos tempos, segundo o livro de Apocalipse, os promotores dele, se valerão de todos os meios possíveis para a sua obtenção.
Em função disso, a moda, o vestuário sensual, os apetrechos de enfeites, são utilizados para estimular o apetite do instinto sexual humano. Estes estímulos para o sexo desmedido adentram na área da instituição divina do casamento. O casamento, monogâmico, heterossexual, tradicionalmente bíblico e aceitável aos olhos de Deus tem sido substituído por relações convenientes e pragmáticas de satisfação, sem compromissos (cepticismo).
Essa também é uma das características fortes dos últimos tempos, Jesus disse que os "últimos dias seriam como nos dias de Noé" (Mateus 24:37). Onde "casavam e davam se em casamento". Paulo disse que o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males (1 Timóteo 6:10). Seria conveniente ainda, descobrir, até que ponto, como igreja, em nossa auto-analise, ser a glória de Deus ou o amor ao dinheiro, a nossa razão maior. E se o amor ao dinheiro, não está disfarçado em nome de grandes e ambiciosos projectos pessoais.
QUAL É A REAL INTENÇÃO DESSES GRANDES PROJECTOS DENOMINACIONAIS MODERNOS?
O dinheiro ou a glória de Deus.
Talvez a resposta se encontre na liberalidade que a igreja tem dado a práticas pecaminosas, encontradas dentro da igreja, e pouco combatidas (santificação) pelos pregadores do Evangelho.
A Nossa Força Vem De Deus
Tantas vezes na nossa vida nós nos encontramos em momentos de dificuldades tão intensas e sombrias que parece que Deus nos tem esquecido ou esquecido da Sua promessa para connosco. Nós vemos, na tribulação, um obstáculo para atingirmos a nossa bênção e mergulhamos muitas vezes em depressão.
PEDIMOS QUE DEUS NOS TIRE DA TRIBULAÇÃO E PARECE QUE ELE NÃO NOS OUVE
Contudo, o Apóstolo Paulo escreveu esta carta aos Crentes romanos que padeciam muitas perseguições, carta esta inspirada pelo Espírito Santo e, portanto, fala connosco hoje também:
"...Nos gloriamos na Tribulação...", que significa "nos alegramos na tribulação".
Serão, então, as tribulações um mal para a nossa vida cristã? Se não, então por que Deus as permite?
Amados, o que eu vou dizer pode chocar a muitos, mas as tribulações são bênçãos.
A TRIBULAÇÃO PRODUZ PERSEVERANÇA - A perseverança nos aperfeiçoa
Tiago, na sua carta, no capítulo 1 versículos 3 e 4 (Tiago 1:3-4), fala sobre o mesmo tema e se aprofunda nele ao dizer que a perseverança nos aperfeiçoa, isto quer dizer que é, apenas e unicamente, através das tribulações que somos aperfeiçoados para que cheguemos à medida perfeita da estatura de Cristo, Nosso Senhor.
O Senhor Jesus disse a Paulo "Meu poder se aperfeiçoa na fraqueza", e, é quando chegamos aos nossos limites que a nossa vaidade e orgulho se quebram e nós recorremos Àquele que é poderoso para nos salvar. Aí então, com o nosso ego despedaçado, é que Deus pode agir na nossa Vida, ao moldar-nos conforme a Sua vontade, e ao ensinar-nos a confiar somente Nele, ao conhecer a Sua Voz, e ao segui-Lo pelos desertos até à nossa Canaã celestial.
A perseverança é sinónimo de "constância" e "firmeza", ambos atributos que têm faltado em muitos crentes que, justamente fraquejam na hora da tribulação e pedem a Deus alívio para o seu sofrimento, ao invés de aceitar a Sua Soberana Vontade e Sabedoria e pedir forças para vencer a tribulação, estes pedem a Deus que os tire da tribulação. Deus, pela Sua infinita misericórdia os atende, mas eles não ganham nada com isso, saem da tribulação da mesma maneira que entraram, fracos e pequenos na fé.
A mesma tribulação volta, e novamente tudo se repete, e assim, permanecem estáticos na fé, sem alcançar crescimento espiritual algum. A tribulação é permitida por Deus para nos provar e fazer-nos crescer, fazer-nos constantes e firmes na fé. Devemos aceitá-la e prosseguir firmes para o alvo, ao correr com perseverança a carreira que nos foi proposta.
A NOSSA FORÇA VEM DE DEUS
Deus deixa-nos passar por estes momentos trabalhosos a fim de que Nele confiemos e a Ele busquemos, não com a intenção humana de aliviar a dor, mas com a intenção única de alcançar comunhão com Ele, e, dessa comunhão obtermos força para vencer.
O mesmo apóstolo Paulo escreveu aos Colossenses 1:11:
"Sendo fortalecidos (corroborados) com todo o poder, segundo a força da Sua Glória, em toda a perseverança e longanimidade; com alegria".
Nesta oração aqui transcrita ele rogava a Deus o seguinte:
Que os Colossenses fossem amparados, apoiados, consagrados, firmados, cheios de autoridade e defendidos (tudo isso tirado da palavra corroborados) pela força de Deus, segundo o poder da Sua glória.
QUÃO GRANDE É O PODER DA GLÓRIA DIVINA?
E é segundo este poder que somos nós fortalecidos, e para que somos fortalecidos ou corroborados? Para toda a...Perseverança e Longanimidade com Gozo ou Alegria. Aleluia! Louvado seja o nosso Deus! A comunhão que nos molda conforme a Vontade Divina e nos fortalece no dia da tribulação também faz-nos conhecer a Deus. A comunhão que nos molda conforme a Vontade Divina e nos fortalece no dia da tribulação também faz-nos conhecer a Deus.
A PERSEVERANÇA TRAZ EXPERIÊNCIA - Experiência com Deus
Oh, como somos carentes desta experiência, experiência sublime de converter. Experiência: com Deus, de ver Deus e de ter Deus. Estar com Deus em todos os momentos ao gozar da sua companhia, das Suas palavras de conforto, do Seu abraço de Amor dentre tantas outras coisas. Ver Deus, infelizmente ainda não com os nossos olhos naturais, mas com os nossos olhos espirituais, em cada passo vê-lo ao nosso lado bem juntinho a dizer com autoridade amorosa: "Prossiga!", vê-lo nos semblantes dos congregados que connosco louvam o Seu nome, ver as Suas mãos estendidas para dar-nos um abraço ou para lutar connosco. Ver o Seu mover, o Seu agir em cada acontecimento na nossa vida ao saber que: "...Todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus..."
TER DEUS COMO SENHOR, PROVEDOR E SUSTENTADOR DA NOSSA VIDA
Ter a Deus como o único Bem das nossas vidas, afinal! Ele nos pertence, pelo Seu amor e nós pertencemos a Ele por amor.
TER DEUS COMO GUIA, DEFENSOR, AMIGO E PAI
A experiência é conversão por excelência, porque com a experiência com Deus mudamos as nossas atitudes egoístas e más para altruístas e amorosas.
EXPERIÊNCIA SIGNIFICA CONHECIMENTO
Vivência, prática, lição e exercício, palavras estas que devem estar presentes na nossa comunhão com Deus.
CONHECÊ-LO, VIVER COM ELE
Praticar o amor com Ele aprendido, aprender mais e mais e exercitar a nossa fé. Exercitar, se não nos exercitamos, ou se não exercitamos determinados músculos e até mesmo a nossa mente esses se tornam débeis, fracos e até inúteis, assim é a nossa fé, se não a exercitamos ela enfraquece, também os demais gomos deste fruto do Espírito Santo chamado Amor. Assim Deus nos põe na "esteira" da prova para que os exercitemos e "queimemos aquelas pequenas gorduras" do pecado e dos vícios maus.
EXPERIÊNCIA DE VIDA
Jovens, recém-casados e até senhores necessitam disso: experiência de vida.
DEUS SE IMPORTA COM CADA FASE DA NOSSA VIDA
Ele quer que adquiramos experiência na nossa vida social, económica, etc. Para que sejamos sábios, prudentes e granjeemos almas através da nossa vida. Por isso Ele permite as tribulações para que tenhamos também experiência de vida. Por fim aprendemos a ser perseverantes, ganhamos experiência e tornamo-nos esperançosos.
A EXPERIÊNCIA TRAZ ESPERANÇA - Esperança confiante e com alvo.
Esperança significa espera, e uma espera confiante, conforme está escrito: "Esperei confiantemente..." Davi tinha esperança, ele esperava e tinha certeza que a sua espera resultaria num algo excelente para a sua vida, mas o que promovia o sucesso da sua espera era o facto de que ele tinha um alvo.
UM ALVO CERTO DA NOSSA ESPERA: DEUS
O facto de Davi esperar confiantemente em Deus era o segredo do sucesso da sua espera. Se ele esperasse na sua guarda real, nas suas posses, riquezas, no seu conhecimento humano, na sua força, no seu poder, ele teria fracassado vergonhosamente, mas ele esperou em Deus.
O DEUS QUE NÃO FALHA
O Deus que não dorme, nem descansa, que é Todo-Poderoso e misericordioso e Ele ouviu o clamor de Davi inclinou-se para ele e atendeu o seu clamor.
A NOSSA ESPERANÇA DEVE ESTAR FOCALIZADA EM DEUS
Na Pessoa Bendita de Nosso Senhor Jesus Cristo, ao confiar sempre que Ele suprirá as nossas necessidades e que sobre tudo somos mais que vencedores por Ele.
A ESPERANÇA NÃO DESAPONTA
A esperança firmada em Cristo não desaponta, não falha, pois Fiel é quem prometeu. Tantos depositam a sua confiança, a sua esperança em cousas vãs, "Uns confiam em carros, outros em cavalos, mas nós faremos menção do nome do Senhor".
O amor de Deus, que é infinito, derrama-se nos nossos corações por intermédio do Espírito Santo, o nosso Fiel Ajudador, que nas tribulações mostra-se a nós mais intensamente como O Consolador.
A ESPERANÇA E A LONGANIMIDADE CAMINHAM JUNTAS
A longanimidade quer dizer paciência e esta também recebemos poder do próprio Deus para tê-la, contudo sempre é preciso que marchemos em direcção às águas ainda cerradas para que elas se abram, precisamos tomar posse da bênção maravilhosa da tribulação. Devemos aprender então a ter a tribulação por bênção e devemos nos alegrar com ela e saber compreender que Deus está no controle de tudo. Na tribulação, nos ensinará a perseverança, com a qual alcançaremos a experiência e por fim chegaremos à esperança da nossa soberana vocação.
Em tudo demos graças porque isto é agradável a Deus. Se ele nos deixa passar por tribulações é para que sejamos sábios e cresçamos espiritualmente. Não devemos pedir portanto a Deus:
"Tira-me desta tribulação" ou "Alivia-me desta dor", mas...
"Dai-me coragem para enfrentá-la, constância e firmeza para não desistir e força para prosseguir até à vitória que já é minha pelo Teu Nome! Amém!".
A VIÚVA E AS SUAS DUAS MOEDAS
"E viu também uma pobre viúva lançar ali duas pequenas moedas" (Lucas 21:2).
Ao viajar um pouco através da Bíblia, podemos imaginar tudo o que aconteceu naquele dia em que Jesus, juntamente com os Seus discípulos, encontrava-se sentado no templo. Chega-se quase a ouvir o tilintar de cada moeda que era colocada no gazofilácio por homens ricos, homens que se orgulhavam de poder colocar "tantas moedas"!
A multidão entrava e saía do templo mas os olhos do Senhor se voltaram para uma pobre viúva que se encontrava junto a um destes treze gazofilácios em forma de trombeta que pendiam das paredes. Ao observá-la atentamente, Jesus percebeu que ela havia colocado, no receptáculo, apenas duas moedas que representavam tudo o que ela tinha.
Ele, que é o próprio Deus omnisciente, viu naquela pobre mulher, o que os outros, ao Seu redor, jamais poderiam ver...o amor em doar e a confiança que Deus supriria todas as suas necessidades. Enquanto os outros davam do que sobrava, ela deu tudo o que possuía. Foi o Senhor mesmo quem disse: "Porque todos aqueles deitaram para as ofertas de Deus do que lhes sobeja; mas esta, da sua pobreza, deitou todo o sustento que tinha" (Lucas 21:4).
Ah, amados irmãos, onde está o vosso coração? A Bíblia nos diz... "Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração" (Mateus 6:21).
Que o nosso coração, irmãos, não esteja a repousar no nosso tesouro, seja ele um grande ou um pequeno tesouro, pois isto não agrada a Deus. Várias passagens bíblicas servem de conselho àquelas pessoas que amam mais ao dinheiro do que a Deus (Serei eu? Será você? Seremos nós?). Vamos bombardear as nossas vidas com a Palavra de Deus a fim de podermos seguir os mesmos passos desta viúva elogiada por Jesus.
1- O apóstolo Pedro, amorosamente, nos aconselha a não sermos gananciosos... "...não por torpe ganância, mas de ânimo pronto" (1 Pedro 5:2).
2- O autor de Hebreus nos aconselha através de uma sábia advertência... "Sejam vossos costumes sem avareza, contentando-vos com o que tendes; porque ele disse: Não te deixarei, nem te desampararei" (Hebreus 13:5).
3- O apóstolo Paulo também nos aconselha e adverte... "Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males" (1 Timóteo 6:10).
Observação: Deve-se salientar que não há nenhum mal em se ter dinheiro mas o amor ao dinheiro é que é "a raiz de toda a espécie de males".
Estes conselhos e advertências não são direcionados apenas aos descrentes mas são também para nós crentes que, como todo o mundo, somos atraídos pelo dinheiro que se torna uma grande e perigosa barreira entre nós e o Senhor. Ele nos alerta quanto a isto quando diz: "Nenhum servo pode servir a dois senhores; porque, ou há de odiar um e amar o outro, ou se há de chegar a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom" (Lucas 16:13).
Ann Spangler e Jean Syswerda no livro "Elas" nos diz que... "A história da viúva e das suas duas moedas de cobre nos lembra de que o reino de Deus funciona sobre princípios completamente diferentes daqueles do reino deste mundo. Na economia divina, o tamanho da oferta não é importante; o que importa é o tamanho do coração do doador".
Amados irmãos, temos uma série de exercícios que irão vos ajudar a fortalecer o vosso coração e a transformar-lo em pessoas belas aos olhos do Pai. Eles são...
1) Ler a Palavra de Deus, diariamente.
"Lâmpada para os meus pés é a Tua palavra, e luz para o meu caminho" (Salmo 119:105).
2) Decorar versículos e guardá-los no vosso coração, diariamente.
"Escondi a Tua palavra no meu coração, para eu não pecar contra Ti" (Salmo 119:11).
3) Lembrar, diariamente, que o coração do rei está na mão do Senhor, e o nosso também.
"Como ribeiros de água assim é o coração do rei na mão do Senhor, que o inclina a todo o Seu querer" (Provérbios 21:1).
4) Orar sem cessar, diariamente, e sentir que o nosso coração, a cada dia, se fortalece.
"Orai sem cessar...porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco" (1 Tessalonicenses 5:17-18).
Devemos exercitar sempre o nosso coração para que ele fique no centro da vontade de Deus. Vejamos que, ao exercitá-lo, ele vai, pouco a pouco, se fortalecendo e vamos nos transformando numas pessoas de honra, em pessoas que desejam sempre agradar ao Senhor.
A viúva que deu as duas moedas e que foi elogiada por Jesus, deve ser o exemplo de mulher a ser seguido por você e por mim. Jesus disse que ela deu tudo o que possuía, deu todo o seu sustento. Ela confiava em Deus e sabia que Ele cuidaria dela.
Ao observar este quadro podemos visualizá-la ao repousar, confiantemente, nos braços do Senhor. É assim que eu e você devemos fazer - confiar e repousar. Amados irmãos, Deus deve ser a primeira pessoa na nossa vida. Por isso, antes de pagarmos qualquer coisa, coloquemos no gazofilácio o que propusemos no nosso coração (agora já bem forte, bem exercitado!). Não toquemos as trombetas para que o mundo veja "o quanto demos" mas ofertemos ao Senhor de coração e Ele, só Ele poderá ver a sinceridade da nossa oferta.
A história desta mulher de Deus, desta viúva, que deu as suas duas únicas moedas a Deus, foi registada na Bíblia. Certamente, irmãos, as nossas ofertas estão também a serem registadas lá no céu. Vejamos que conselho sábio do Senhor Jesus para a nossa vida... "Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam; Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam" (Mateus 6:19).
Oração:
"Senhor Deus, obrigado porque Tu és um Deus que não julgas pela aparência mas vês o coração. Obrigado, Pai, pela minha situação financeira, pela saúde e força que Tu me dás. Transforma o meu coração, Senhor, e faze-me uma pessoa generosa e cheia de fé. Que eu possa sempre repousar em Teus braços fortes e amorosos. Amém!"
A Ceia do Senhor: Comunhão com Deus e com os nossos Irmãos
Quase todas as igrejas que proclamam seguir a Cristo observam a Ceia do Senhor. O pão e o fruto da videira são elementos comuns nas assembleias de adoração de vários grupos religiosos. Mas há diferenças no entendimento a respeito desta comemoração. Neste estudo, vamos examinar o que a Bíblia ensina sobre a Ceia do Senhor para aprender como devemos participar dela hoje em dia.
A Primeira Ceia: O Exemplo de Jesus
Quatro textos registam os pormenores da primeira "Ceia do Senhor". Três destes relatos estão nos evangelhos (Mateus 26:26-29; Marcos 14:22-25 e Lucas 22:19-20) e o outro está em 1 Coríntios 11:23-26. Podemos aprender como Jesus e os apóstolos celebraram a ceia ao comparar estes relatos. Por favor, devemos parar uns poucos minutos para ler cada uma destas quatro passagens, antes de continuar este estudo. Vamos observar as minúcias:
O propósito: "Fazei isto em memória de mim" (Lucas 22:19). A Ceia do Senhor é a nossa oportunidade para lembrar o sacrifício que Jesus fez na cruz, pelo qual ele nos oferece a esperança da vida eterna: "Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice, anunciais a morte do Senhor, até que ele venha" (1 Coríntios 11:26). A Ceia do Senhor não pretende ser um memorial do nascimento, da vida ou da ressurreição de Cristo. É um momento especial no qual os cristãos reflectem sobre o Salvador sofredor para serem lembrados do alto preço que ele pagou pelos nossos pecados. Precisamos manter este tema central do evangelho (1 Coríntios 2:1-2) em nossas mentes.
Os símbolos: Jesus usou dois símbolos para representar o seu corpo e o seu sangue. É claro que ele não ofereceu literalmente o seu corpo (que ainda estava inteiro) nem o seu sangue (que ainda estava a correr através das suas veias). Ele deu aos discípulos pão sem fermento para representar o seu corpo e o fruto da videira (sumo de uva) para representar o sangue que estava para ser derramado na cruz. Ele não deixou dúvida sobra a relação deste sacrifício com a nossa salvação: "Porque isto é o meu sangue, o sangue da nova aliança, derramado em favor de muitos, para remissão dos pecados" (Mateus 26:28).
A ordem: Quando comparamos estes quatro relatos, podemos também ver a ordem na qual a ceia foi observada. Jesus primeiro orou para agradecer a Deus pelo pão e então todos o partilharam. Ele orou de novo para agradecer ao Senhor pelo cálice, e todos beberam dele. Deste modo, ele chamou especial atenção para cada elemento da ceia.
A Ceia do Senhor na Igreja Primitiva
O livro de Actos e as cartas escritas às igrejas nos ajudam a aprender um pouco mais sobre a Ceia do Senhor. Os discípulos reuniam-se no primeiro dia da semana para participarem da ceia (Actos 20:7). Esta ceia era entendida como um acto de comunhão com o Senhor (1 Coríntios 10:14-22). Era tomada quando toda a congregação se reunia, como um acto de fraternidade entre os irmãos (1 Coríntios 11:17-20). Cada cristão era obrigado a examinar-se para ter certeza de que estava a participar da ceia de um modo digno (1 Coríntios 11:27-29).
Observações sobre a Ceia do Senhor
Ainda que o ensinamento da Bíblia sobre a Ceia do Senhor não seja complicado, muitas diferenças de entendimento apareceram depois do tempo do Novo Testamento. O único modo de sabermos que estamos a seguir o Senhor é estudar as instruções e imitar os exemplos que encontramos no Novo Testamento. Nunca estamos livres para ir além do que o Senhor revelou na Bíblia (vejamos Colossenses 3:17; 1 Coríntios 4:6 e 2 João 9). Vamos considerar o que a Bíblia diz em resposta a algumas questões sobre a Ceia do Senhor.
Porque pão sem fermento? Jesus instituiu a ceia do Senhor durante os dias judaicos dos pães asmos, uma festa anual na qual somente pão sem fermento era permitido entre os judeus (vejamos Lucas 22:15; Êxodo 12:18-21). Podemos apreciar mais claramente o significado do pão sem fermento quando consideramos o significado simbólico do fermento na Bíblia. Não era permitido fermento nos sacrifícios oferecidos a Deus, no Velho Testamento (Levítico 2:11). A idéia de impureza ou pecado é claramente associada com fermento em vários textos. Por exemplo, Jesus usou fermento para falar simbolicamente de falsas doutrinas (Mateus 16:11-12). Paulo usou fermento para representar falsa doutrina e corrupção moral (Gálatas 5:7-9, 13, 16; 1 Coríntios 5:6-9). É plenamente adequado, então, que o sacrifício perfeito e sem pecado do próprio Filho de Deus seja representado por pão sem fermento: "Lançai fora o velho fermento, para que sejais nova massa, como sois, de facto, sem fermento. Pois também Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi imolado. Por isso, celebramos a festa não com o velho fermento, nem com o fermento da maldade e da malícia, e sim com os asmos da sinceridade e da verdade" (1 Coríntios 5:7-8).
Quando devemos observar a Ceia do Senhor? Jesus mostrou aos seus discípulos como participar deste memorial, mas não especificou quando. Aprendemos quando os primeiros cristãos observaram a ceia pelo exemplo dos discípulos em Trôade: "No primeiro dia da semana, estando nós reunidos com o fim de partir o pão..." (Actos 20:7). Quando seguimos este exemplo e participamos da Ceia do Senhor todos os domingos, relembramos frequentemente o sacrifício que Jesus fez por causa dos nossos pecados. Quando meditamos sobre o Salvador sofredor no domingo, é mais fácil resistir a tentações durante o resto da semana. Quando entendemos o alto preço que Jesus pagou pelos nossos pecados, esforçamo-nos para evitar qualquer coisa que possa magoá-lo e tornar vão o seu sacrifício (vejamos Hebreus 10:24-31).
Onde devemos participar da Ceia? A Ceia do Senhor é um acto de comunhão entre cada cristão e o Senhor, e é também um acto de comunhão entre cristãos. Em Actos 20:7, os discípulos reuniam-se para partir o pão. 1 Coríntios 11:20-22 distingue entre a Ceia do Senhor, que era o propósito da sua reunião como uma congregação, e as refeições comuns, que eram tomadas nas casas de cristãos. Não encontramos nenhuma autoridade na Bíblia para participar da Ceia do Senhor a sós ou fora da assembleia da igreja.
Quem tem o direito de tomar a Ceia do Senhor? A Ceia do Senhor é um acto espiritual partilhado pelo Senhor com aqueles que estão em fraternidade com ele. Jesus não ofereceu o pão e o cálice a todos, mas aos seus discípulos (Mateus 26:26). Aqueles que estão a servir ao Diabo não têm o direito de partilhar desta refeição com o Senhor (1 Coríntios 10:16-22). João conta-nos que somos aptos a participar com Deus na comunhão espiritual somente se andarmos na luz do seu caminho: "Ora, a mensagem que, da parte dele, temos ouvido e vos anunciamos é esta: que Deus é luz, e não há nele treva nenhuma. Se dissermos que mantemos comunhão com ele e andarmos nas trevas, mentimos e não praticamos a verdade. Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo o pecado" (1 João 1:5-7). Somente aqueles que já foram baptizados para a remissão dos pecados para entrar no corpo de Cristo devem participar da Ceia do Senhor (Actos 2:38; Gálatas 3:26-28).
O que significa participar "indignamente"? Cada um que participa da Ceia do Senhor deverá examinar-se para estar certo de que está a participar de maneira correcta, ao discernir o verdadeiro significado do memorial.
"Por isso, aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor, indignamente, será réu do corpo e do sangue do Senhor. Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim, coma do pão e beba do cálice; pois quem come e bebe sem discernir o corpo, come e bebe juízo para si" (1 Coríntios 11:27-29). A palavra "indignamente" é frequentemente mal entendida. Ela não descreve a dignidade da pessoa (ninguém é verdadeiramente digno de comunhão com Cristo). Esta palavra descreve o modo de participar. A pessoa que não leva a sério esta comemoração está a brincar com o sacrifício de Cristo e está a condenar-se por não discernir o corpo de Cristo. Por esta razão, devemos ser muito cuidadosos cada vez que participarmos da Ceia do Senhor. É imperativo que esqueçamos as preocupações mundanas e prestemos atenção exclusivamente à morte de Cristo. Se tratarmos a Ceia do Senhor como um mero ritual, ou se a tomarmos levianamente e deixarmos de meditar no seu significado, condenamo-nos diante de Deus.
A Ceia do Senhor: Passado, Presente e Futuro
Os discípulos de Cristo são privilegiados ao participarem com ele todas as semanas da Ceia do Senhor. Deste modo, ligamos o passado, o presente e o futuro.
Passado: Olhamos para trás, para o sacrifício que Jesus fez na cruz. Entendemos isto como a ser o fundamento e o centro da nossa salvação.
Presente: Quando meditamos no terrível preço que Jesus pagou para nos redimir dos nossos pecados, a nossa decisão de resistir à tentação e fortalecida.
Futuro: Entendemos que a morte de Jesus é a base da nossa esperança, e assim proclamamos a nossa fé nele quando olhamos em frente para a volta do Senhor e para a nossa salvação eterna.
Não podemos esquecer nunca o dia negro no Calvário em que Jesus deu a sua vida para salvar a nossa.
Rocha ou Areia? Onde está a nossa fé?

"Todo aquele que vem a mim, e ouve as minhas palavras, e as pratica, eu vos mostrarei a quem é semelhante.
É semelhante a um homem que, edificando uma casa, cavou, abriu profunda vala e lançou o alicerce sobre a rocha; e, vindo a enchente, arrojou-se o rio contra aquela casa e não a pôde abalar, por ter sido bem construída.
Mas o que ouve e não pratica é semelhante a um homem que edificou uma casa sobre a terra sem alicerces, e, arrojando-se o rio contra ela, logo desabou; e aconteceu que foi grande a ruína daquela casa" Lucas 6:47-49.
Após Jesus ter escolhido os seus doze discípulos e dar algumas instruções, num certo momento ele pára, e dá essa advertência a eles. Devemos nos perguntar, se temos sido ouvintes e praticantes da palavra de Deus, ou apenas ouvintes. Jesus comparou aquele que pratica a sua palavra a um homem que edificou a sua casa sobre a rocha. Deixamos bem claro que a casa aqui em questão é a nossa fé. Mas como ele edificou? De qualquer maneira? Não! Vamos ver agora como é essa edificação.
Devemos cavar! Orar! Ler a palavra
"É semelhante a um homem que, edificando uma casa, cavou..." Não basta dizer apenas que se tem fé em Jesus e que cremos nele, antes de edificar a nossa casa na rocha devemos cavar, imagine-se que cavar numa rocha não deve ser muito fácil, bom quem é a rocha para colocar a nossa fé? Isaías 26:4 "Confiai no SENHOR perpetuamente; porque o SENHOR DEUS é uma rocha eterna" Jesus não é uma rocha qualquer, ele é a rocha eterna, mas cavar o quê nessa rocha?
Quanto mais fundo cavarmos na rocha mais forte será o nosso alicerce. Quanto mais buscarmos conhecer as profundezas de Deus e o seu ministério, através da palavra oração e jejum, mais forte será a nossa fé, ao ser assim o inimigo não nos conseguirá derrubar. Mas cavar numa rocha não é fácil, há muitas pedras, chão duro, precisa-se de vontade e determinação. Precisamos conhecer a palavra o que implica muita oração, jejum e negar a cada dia o nosso Eu. E aí como está a nossa escavação para construir a nossa casa? Mas porque cavar tão fundo? Porque não edificamos a casa assim mesmo ou vamos cavar só um pouco para quê ir tão fundo? Bom ao continuarmos com o versículo "...cavou, abriu profunda vala e lançou o alicerce sobre a rocha; e, vindo a enchente, arrojou-se o rio contra aquela casa e não a pôde abalar, por ter sido bem construída".
Uma vala é uma escavação longa e larga para receber a água e escoar para algum determinado lugar, bom então já cavamos bem fundo para colocar os alicerces, pois quanto mais fundo for feito um alicerce mais resistente será a casa, e junto foi construída uma profunda vala, para que quando vierem muitas águas ela já tenha um curso determinado assim ao diminuir o efeito sobre a casa. No momento que lemos a palavra, ao orar, jejuar e buscar ao Senhor, começamos a criar valas ao nosso redor, e assim quando a água vier ela já tem um lugar certo para escoar, bem longe da nossa vida, assim essa casa pode receber o temporal que for, vento, chuva, ela não vai cair porque está bem alicerçada na rocha.
E a nossa vida está bem alicerçada em Deus, ou está construída de qualquer maneira até sobre a rocha porém não está alicerçada, assim qualquer temporal nos derruba, muitos cristãos não querem passar por esse esforço de construir algo sólido, até têm fé em Jesus, vão à igreja cantar, mas só isso, cavar fundo, ler a bíblia ao meditar nela, orar e jejuar, isso não. Não é fácil, dizer não à carne, mas só com um alicerce muito firme iremos suportar os temporais da vida, assim pode vir perseguição, crise e desastres, a nossa fé não irá ser abalada, porque nós não depositamos a nossa fé de qualquer maneira no Senhor Jesus, mas sim ouvimos e praticamos tudo o que o Senhor Jesus nos ensinou. Não existe coisa melhor do que saber que o Senhor é o nosso refugio e a nossa fortaleza. Vejamos que lindo versículo este de Isaías 26:3-4 "Tu conservarás em paz aquele cuja mente está firme em ti; porque ele confia em ti. Confiai no SENHOR perpetuamente; porque o SENHOR DEUS é uma rocha eterna".
Devemos confiar no Senhor sempre, fazer alicerces firmes que iremos superar as adversidades da vida e sermos chamados mais que vencedores em Cristo Jesus. E Ele conduzirá a nossa vida em paz.
Fé na areia
"Mas o que ouve e não pratica é semelhante a um homem que edificou uma casa sobre a areia sem alicerces, e, arrojando-se o rio contra ela, logo desabou; e aconteceu que foi grande a ruína daquela casa" Lucas 6:49.
Jesus também falou que existem aqueles que edificam a sua fé sobre a areia, pois quando se constrói uma casa num solo muito arenoso e ainda sem alicerces, o que se espera?
Aparentemente ela talvez tenha um lugar de destaque, lugar alto, pareça um lugar muito lindo, a princípio não há problema algum, mas espere-se chegar a primeira tempestade, espere-se a primeira correnteza do rio chegar, ela vai varrer aquela linda duna de areia, e com ela tudo o que tiver presa. Mas no mundo de hoje o que seria a areia? Existem duas coisas que exemplificam bem quem é a areia, as duas estão lá em Jeremias, a primeira está em Jeremias 17:5 "Assim diz o SENHOR: Maldito o homem que confia no homem, e faz da carne o seu braço, e aparta o seu coração do SENHOR". Não são poucas as pessoas que estão a depositar a sua fé mais no homem que é falho, do que em Deus, não estamos a falar de confiança no sentido de amizade, alguém em quem confiamos um segredo, etc. Não é este sentido de confiança, a confiança que falamos, é que pessoas, por muitas vezes, depositam toda a sua esperança no pastor, no pai, no patrão ou no amigo, como por exemplo, o crente tem um sonho de pregar, cantar ou de ter outro ministério na igreja, e é todo do pastor, porque achamos que é o pastor que vai dar o cargo, ou que ele é o exemplo de pessoa e ai de quem falar mal dele, é o homem perfeito, aí num belo dia o querido pastor cai, falha como qualquer ser humano, e o crente que tinha toda a sua fé depositada no pastor vai por água abaixo, para ele agora já não existe mais ministério, acabaram os seus sonhos, caiu na sua fé e até já saiu da igreja, porque o homem que ele tinha como modelo caiu, e ele foi juntamente com ele, assim como aquela casa em que falamos antes, isso não se aplica somente na igreja, mas no trabalho, ao acharmos que o patrão é que nos vai dar a grande promoção, ou um grande salário, e também em muitas outras áreas da vida que achamos que é o homem que vai resolver o nosso problema, é bem verdade que todas essas pessoas têm um papel fundamental e são elas que nos dirão, se fomos promovidos, que agora temos um grande cargo na empresa, mas quem age e quem planeia tudo, e de quem vem a resposta certa é do Senhor, ele vai usar quem quiser para nos abençoar até muitas vezes aquele ímpio que tanto nos importuna. Devemos ter a nossa fé sempre firme em Jesus, porque este não falha, este não nos decepciona, se a nossa fé estiver firmada na rocha Jesus, pode o mundo ou o pastor que for, pode estar a dar tudo errado, mas permanecemos firmes e confiantes que a bênção vai chegar.
Porém outra areia em que muitas vezes construímos a nossa casa é em nós mesmos, está lá em Jeremias também em Jeremias 17:9 "Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá?", é isso mesmo muitas vezes seguimos mais o nosso coração, a nossa emoção, o nosso extinto, do que a nossa fé e a voz do Espírito Santo, confiamos no nosso extinto, mas a palavra de Deus é bem clara em que o nosso coração é enganoso, pior ainda, também perverso, ao ir a seguir todo o nosso instinto para ver onde vamos parar, o nosso coração leva-nos para ciladas pois ele é movido pela perversidade da carne, por isso que Paulo alertou lá em Romanos 7:18-20 "Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; e, com efeito, o querer está em mim, mas não consigo realizar o bem. Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero, esse faço. Ora, se eu faço o que não quero, já o não faço eu, mas o pecado que habita em mim". No nosso coração, na nossa carne não habita bem algum, pois não devemos confiar nela, devemos sim seguir a direcção de Jesus somente. No versículo seguinte de Jeremias Deus dá a resposta "...Quem o conhecerá? Eu, o SENHOR, esquadrinho o coração e provo os pensamentos; e isto para dar a cada um segundo os seus caminhos e segundo o fruto das suas acções". Se seguirmos o nosso coração, as nossas obras serão perversas e Deus nos dará o fruto disso. Devemos deixar o Senhor sondar e provar os nossos pensamentos, para que veja onde temos que ser mudados e como devemos agir, devemos orar como o salmista Davi orou: "Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece os meus pensamentos. E vê se há em mim algum caminho mau, e guia-me pelo caminho eterno" Salmo 139:23-24. "Confia ao SENHOR as tuas obras, e teus pensamentos serão estabelecidos" Provérbios 16:3. Devemos pedir para o Senhor sondar os nossos desejos para que ele verifique o que há de errado e nos dê o caminho certo. No momento que confiarmos no Senhor, mas somente Nele, se depositarmos a nossa fé na rocha e não em outros homens e muito menos no nosso "instinto", os nossos caminhos, os nossos pensamentos serão estabelecidos pelo Senhor. Caso contrário quando vier as tempestades da vida nós não iremos conseguir resistir. Como se percebe a tempestade, os ventos, os rios vêm sobre todos, mas depois que tudo passar vamos ver quem realmente estava com a sua fé bem alicerçada na rocha, porque os outros vão estar desabados, mas aqueles que construíram a sua casa na rocha e fizeram alicerces fundos, estes não cairão, pois souberam edificar a sua casa. Devemos agora reflectir e analisar onde estamos a construir a nossa, se notarmos que estamos a construir em alguma coisa errada e de maneira errada, é tempo de parar tudo e mudar o nosso projecto de construção, começar a firmar em Deus, ao "cavar" fundo na palavra, procurar conhecer cada vez mais este Deus maravilhoso que se entregou no nosso lugar. E devemos viver uma vida triunfante ao sobreviver a todas as tempestades.
Entender os nossos sonhos
Os sonhos sempre foram motivo da atenção de diversos povos desde a antiguidade, e hoje tomam especial espaço entre os adeptos do neo-paganismo, especialmente entre adeptos da Nova Era e filosofias orientais. Foram também a menina dos olhos do criador da Psicanálise, Sigmund Freud. Para psicanalistas e psicólogos, os sonhos vêm do interior do homem, são produção da mente e reflectem assuntos que o homem mantém escondidos nos recônditos da memória.
Os sonhos fazem parte das Escrituras e são apresentados como a ter três origens: da alma humana, do reino das trevas e de Deus. Cada origem nos apresenta sonhos com características simbólicas que podem ser compreendidas pela mente racional. Porém, racionalizar o simbolismo dos sonhos é como observar o quadro A Monalisa, de Leonardo Da Vinci, e concluir que, pela moldura, o artista devia ser um exímio marceneiro. Podemos entender o esboço do sonho mas a sua real interpretação não é alcançada pela mente racional, que é linear e não abarca de uma vez toda a dimensão simbólica do espírito humano. O sonho é basicamente uma linguagem do espírito do homem e a interpretação verdadeira dos sonhos vem do Senhor - Génesis 40:8.
Este brevíssimo estudo vem para facilitar a compreensão inicial de algo que os cristãos precisam saber com segurança para enfrentarem o período de juízos que se avizinham. Vários profetas têm anunciado que o Senhor está para disciplinar a sua igreja, que se tem desviado da Luz ao misturar doutrinas de homens e demónios à Sua Palavra. Contudo, o Senhor também tem avisado aos de coração recto, que andam com Ele em verdade e amor, que receberão instruções para serem verdadeiramente Luz do Mundo e Sal da Terra, ao criar e ao inovar em meio à tempestade com instruções que vêm directamente do Criador. Vejamos que Jacó sonhou com as varas descascadas e alcançou vitória sobre as maquinações de Labão:
"E sucedeu que, ao tempo em que o rebanho concebia, eu levantei os meus olhos e vi em sonhos, e eis que os bodes, que cobriam as ovelhas, eram listrados, salpicados e malhados. E disse-me o anjo de Deus em sonhos: Jacó! E eu disse: Eis-me aqui. E disse ele: Levanta agora os teus olhos e vê todos os bodes que cobrem o rebanho, que são listrados, salpicados e malhados; porque tenho visto tudo o que Labão te fez. Eu sou o Deus de Betel, onde tens ungido uma coluna, onde me fizeste um voto; levanta-te agora, sai-te desta terra e torna-te à terra da tua parentela" (Génesis 31:10-13).
Assim, esperamos contribuir para com aqueles que amam verdadeiramente o Senhor e andam segundo a sua palavra, que não só entendam como Deus fala connosco mas o que ele quer que façamos nestes dias de juízo e de disciplina. Devemos pesquisar John Jackson na Internet, com especial atenção para "The Perfect Storm" (A tempestade perfeita), quando ele explica as visões e revelações do Senhor para os nossos tempos.
Devemos desenvolver respeito saudável por sonhos
Deus fala sempre, e aqueles com coração tenro e ensinável têm o privilégio de ouvir a sua voz. Deus é sobrenatural e comunica-se com o seu povo por todos os meios, inclusive os sobrenaturais. A Escritura:
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menciona anjos mais de 300 vezes;
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refere-se a sonhos e visões mais de 200 vezes;
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há pouca diferença entre sonho e visão na língua e na cultura hebraicas. Ambos são considerados modos que Deus escolhe para falar à humanidade.
"E disse: Ouvi agora as minhas palavras; se entre vós houver profeta, eu, o SENHOR, em visão a ele me farei conhecer, ou em sonhos falarei com ele" (Números 12:6).
Cultura Judaica - Sonhos espirituais tinham o valor de um encontro real com Deus. Os judeus, ao deitar-se, tinham o costume de incluir o convite para que Deus falasse com eles em sonhos. Visitação de anjos, sonhos, visões ou mesmo profecia eram considerados comunicação sobrenatural com Deus.
Referências na Escritura
No final iremos encontrar diversas referências a sonhos e visões presentes nas Escrituras. Para se ter uma idéia de como o Senhor fala em sonhos com os homens, devemos nos lembrar de José, o pai terreno de Jesus. Ele teve, no mínimo, quatro sonhos nos quais Deus o orientou para escapar da perseguição e cumprir as profecias a respeito do Messias. Mas será que Deus fala em sonhos com todos os homens?
Sim, Deus fala com todos, indistintamente. A diferença ocorre em nós: quem ouve e quem não ouve, e até mesmo em quem ouve e não entende, e nem busca entender. Até a mulher de Pilatos teve um sonho a respeito de Jesus:
"E, estando ele assentado no tribunal, sua mulher mandou-lhe dizer: Não entres na questão desse justo, porque num sonho muito sofri por causa dele" (Mateus 27:19).
Descrentes
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Abimeleque - Génesis 20
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Copeiro e o padeiro do Faraó - Génesis 40:15
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O próprio Faraó - Génesis 41:1-5
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Soldado do exército midianita - Juízes 7:13-14
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Nabucodonosor - Daniel 2:1 e 4:36
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Sábios do Oriente - Mateus 2:12
Crianças
Samuel - 1 Samuel 3
Na história depois de Cristo
Os primeiros historiadores e teólogos - Justino Mártir, Irineu - bispo de Lyon, Clemente de Alexandria, Tertuliano, Agostinho, Tomás de Aquino, John Newton (compositor da canção Amazing Grace - Graça Extraordinária), para nomear uns poucos. Deus está sempre a falar à humanidade, ao testificar da sua presença e amor. Os sonhos são apenas uma das maneiras que Ele escolhe para falar aos perdidos e ao mundo que está a morrer. Deus sempre se revela a si mesmo através de mensagens claras, sem simbolismos.
Entender os nossos sonhos
A Origem dos Sonhos
Os nossos sonhos podem vir de uma dessas três fontes:
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Dos principados satânicos
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Sonhos escurecidos, embaçados - Ânimo e disposição em baixa, depressão, melancolia, as coisas estão fora de ordem, algo não está bem definido e ainda parece errado ou fora do centro. Sonhos escurecidos, embaçados, com cores apagadas, sem brilho, pálidas. Cores como preto, cinza e verde pálido são abundantes nesse tipo de sonho.
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Medo ou pânico - Pesadelos, na sua maioria, especialmente pesadelos infantis estão nesta categoria. Primeiramente devemos repreender o autor do sonho - e até o sonho mesmo - e invocar o nome do Senhor e a sua presença. Se os sonhos persistirem, devemos perguntar ao Senhor qual a razão da repetição. Geralmente, em tais casos, há algo a ver com maldades cometidas pelos nossos ancestrais que estão a influenciar a vida da criança numa linhagem hereditária. Nós não recebemos apenas o material genético dos nossos antepassados, recebemos também as influências espirituais deles e os nossos descendentes também as percebem em nós. A boa notícia é que podemos - e devemos - rejeitar toda e qualquer influência que venha deles, pois temos o Livre Arbítrio 24/7 (24h/dia; 7 dias/semana). Não é tão simples quanto parece, mas, uma vez entendidas e rejeitadas, os nossos descendentes estarão livres delas - Êxodo 20:6.
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Crianças - Devemos equipar os nossos filhos com ferramentas espirituais das Escrituras. Devemos ensiná-los a repreender Satanás e os seus anjos malignos desde a mais tenra idade em nome de Jesus Cristo. Que saibam a Palavra de Deus para repeti-la aos espíritos malignos que as podem atormentar. Elas podem até retornar a um sonho e derrotar o inimigo ali mesmo.
NOTA: As crianças têm privilégios espirituais com Cristo que os adultos fizeram questão de deixar de lado - Lucas 18:17. A nossa mente racional procura tomar a atenção e, por ser limitada e linear, não consegue entender a infinita dimensão do espírito que as crianças entendem muito bem desde a concepção. Os anjos que acompanham as crianças vêem a face de Deus todo o tempo - Mateus 18:10. Com amor, devemos fazer com que aprendam as porções da Escritura que tratam do assunto, para que se sintam seguras e aprendam a invocar o nome do Senhor desde a mais tenra idade, principalmente depois que se sabe estar uma nova vida a caminho. Desde o ventre materno as crianças aprendem espiritualmente e sentem-se muito felizes por saberem que os seus pais também amam a Luz que as criou e as ensina a fazer o mesmo. Nós veremos os resultados maravilhosos depois que nascerem, e pela sua vida fora.
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Sonhos fraudulentos e enganosos - Tais sonhos criam imagens, impressões e pensamentos que afastam as nossas mentes de Deus e da sua verdade absoluta. Transformam a Luz em trevas, mudam o certo em errado, a ordem em caos, confundem e embaralham os pensamentos. Áreas comuns de ataque são: doutrina, sexualidade, finanças, relacionamentos, escolhas na vida e carreira profissional, e até mesmo áreas a envolver a própria identidade - a pessoa pensa que é uma coisa mas é outra, como homossexuais por exemplo.
IMPORTANTE: Se temos participado de actividades pecaminosas enquanto sonhamos é fundamental que não nos identifiquemos com aqueles pecados, como se dissesse "eu sou isso mesmo". Se pudermos fazer isso enquanto sonhamos, devemos fazer; se não, devemos fazer assim que acordarmos. Devemos orar para separar a identidade do sonho da identidade real. Devemos observar que haverá sempre "dois eus" nessa questão. Devemos ficar sempre com aquele que foi lavado pelo sangue de Jesus, que anda na Luz e não nas trevas. O inimigo usa sonhos enganosos para nos tentar, ao fazer-nos concordar com ele a respeito de quem nós somos. Por exemplo: se um menino entende que o seu pai é mau e quer ser como a mãe, tenderá à homossexualidade (ainda que o pai seja bom ele pode entender errado pois também nasce sob o peso do pecado). Assim que Satanás percebe esse condicionamento espiritual, dará sonhos no sentido de arrastar o menino para mais longe da identidade real dada por Deus. Satanás está sempre a tentar vencer-nos, ao fazer-nos pensar que não tem mais jeito, que estamos em trevas eternamente e que nenhuma mudança pode ser feita na nossa vida. Não devemos aceitar essa mentira e não devemos concordar com ele, jamais!!
DEVEMOS ENTRAR EM GUERRA - COMBATER - Devemos rejeitar o sonho através de oração. É bem possível que já tenhamos feito isso enquanto sonhávamos. Caso ainda não o tenhamos feito, devemos assumir que não somos "aquilo" que Satanás quer que sejamos, mas que somos quem Deus diz que somos: nascidos de novo, justos, limpos pelo sacrifício de Cristo e vivos pela sua ressurreição; nós não estamos em trevas, mas na Luz do Senhor.
Como o maligno fala - a voz do mal
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Acusativa
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Viola ou distorce a Palavra de Deus
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Conduz pessoas para longe do Salvador
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Procura arrastar as pessoas para longe da justificação e da justiça que há em Cristo
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É frustrante, enganosa, sempre apela para a carne com as suas paixões e desejos desenfreados
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Traz morte e destruição, ainda que se pareça belo e formoso no sonho
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Provoca aflição e medo
NOTA: O medo é semelhante à fé, só que em sentido contrário - a certeza aponta para a direcção oposta à da fé. Nós reforçamos o que tememos - Jó 3:25. Devemos observar que temer a Deus tem a mesma conotação: se tememos a Deus, reforçamos a presença Dele em nós, porque tememos nos ver longe dele - este é o sentido de temer a Deus. Satanás não teme mais a Deus porque já está separado de Deus. A expressão "não temas" está presente 57 vezes nas Escrituras.
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Do homem natural
Sonhos do corpo - Geralmente reflectem algum aspecto da condição física de uma pessoa, mostram realidades físicas. Sonhar que estamos doentes ou que estamos a ficar doentes. Uma pessoa deprimida pode ter sonhos que expressem o seu estado mental. Uma mulher pode sonhar que está grávida: se teve contactos sexuais há pouco tempo é bem provável que esteja pois o novo ser foi gerado no dia da concepção e a mãe é sensível em seu espírito.
Sonhos "químicos" - Também chamados de sonhos hormonais, podem resultar de alterações químicas devido a medicamentos, substâncias psicoactivas ou mesmo alguma enfermidade que altere as hormonas do corpo como hiper ou hipotireoidismo, hipo ou hiperglicemia são capazes de alterar o estado físico ao provocar esse tipo de sonho. Contudo, também podem indicar algum tipo de aviso.
Da Alma
Tais sonhos reflectem as nossas necessidades e desejos pessoais. Podem tanto reflectir desejos carnais quanto necessidades espirituais tais como santificação e arrependimento. O homem tem em si os parâmetros divinos para reger a sua vida, e quando não se orienta por eles termina por sentir algo que o avisa do desvio, o que provoca sonhos de aviso. Nesses casos é a própria pessoa a sentir o que deixou de fazer correctamente ou que fez algo contrário às leis divinas dentro dela. Tais sonhos são de grande valor pois nos mostram coisas que dificilmente perceberíamos quando acordados. Quanto mais espiritualmente madura é uma pessoa, menos sonhos deste tipo terá.
A voz da carne - Busca a si mesmo numa auto procura. Promove uma agenda pessoal sem se importar com as coisas de Deus. Auto exaltação, porém, cheio de insegurança e receios. Devemos ser cuidadosos e não devemos descartar um sonho ao arrastá-lo para a categoria de sonho da alma apenas porque não o entendemos correctamente ou se parece estranho e desajustado à nossa vida espiritual. Muitas vezes o Senhor está a falar algo, mas, devido à falta de discernimento e compreensão descarta-se o sonho e não se dá a devida atenção que ele merece. Devemos levar sempre os nossos sonhos estranhos ao Senhor com coração e ouvidos abertos.
Observação: A falta de compreensão dos sonhos pode vir de diversos factores.
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Cristãos recém-convertidos ou em crescimento espiritual;
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Cristãos desleixados na fé;
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Os que se fecham em ensinos inseguros diante da Palavra por receio de estarem a seguir algo enganoso. Os dois últimos denotam falta de maturidade espiritual, o que não está vinculado à idade cronológica.
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De Deus
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Justos
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Amorosos
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Tratam de salvação
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Recheados de humildade
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Têm autoridade
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Sem condenação
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Verdadeiros e confiáveis
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Concordam com as Escrituras
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Trazem vida, restauram quem sonha (ainda que sejam avisos ou repreensões para correcção), estabelecem segurança.
CRIADOS PARA OUVIR A VOZ DE DEUS
"Nossos pais pecaram e já não estão; nós carregamos suas maldades" - Lamentações 5:7. Por mais que alguns cristãos resistam à idéia de que existem influências ancestrais nos vivos, elas estão presentes em todos os cantos das Escrituras, inclusive anunciadas pelo próprio Deus, Êxodo 20:5. Se assim não fosse, o pecado não passaria de geração em geração. Mesmo assim, Deus proibiu o homem de consultar os que já deixaram a carne (Deuteronómio 18:9 e seguintes). Sofrer influência é uma estrada de lá para cá; consultar é uma estrada daqui para lá. E, se Deus proibiu a consulta é porque ela é possível. Seria até irracional Deus proibir alguém de atravessar paredes de concreto, pois é impossível. Há uma terapia criada por uma psicóloga cristã que trata dos problemas espirituais do homem - Terapia ADI-TIP. Os testemunhos dos pacientes - mais de 150.000 - comprovam que estamos presentes no acto da concepção, quando nos percebemos vindos de uma Luz que nos cria naquele exacto instante (João 1:9). E nunca houve uma só excepção quanto a essa verdade universal em pacientes de várias origens, culturas e religiões, ateus inclusive. Somos únicos, irrepetíveis, não reencarnamos pois nascemos do plano feito por Deus para termos o nosso corpo espiritual semelhante ao nosso corpo físico, originado de um único óvulo e de um único espermatozoide os quais jamais existiram antes nem existirão depois de nós.
Importante: Nem sempre a homossexualidade está ligada a demónios, mas a condicionamentos da própria pessoa feitos a partir de decisões erradas ainda na fase de útero materno. Os demónios podem vir depois. Vide Terapia ADI-TIP.
Assim que nós compreendermos como chegamos ao mundo, vamos entender quem somos e como Deus ama cada criatura que planeou desde a eternidade. Não devemos desistir de ser quem Deus diz que nós somos: há um homem velho que precisa morrer pois já está destruído pelo pecado. Devemos assumir a identidade do homem novo, feito à imagem de Cristo, iluminado portanto. Em sonhos ou visões, ao nos vermos manchados, sujos ou destruídos, sempre devemos procurar olhar atrás de nós - encontramos o homem novo que Satanás procura esconder ao apresentar uma imagem horrível de nós para nós mesmos.