
Igreja
Paciência: O Fruto Da Perseverança
"Alegrai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, perseverai na oração" (Romanos 12:12).
"Mas tu, ó homem de Deus, foge destas coisas e segue a justiça, a piedade, a fé, a caridade, a paciência, a mansidão" (1 Timóteo 6:11).
A paciência e a perseverança são virtudes cristãs imprescindíveis aos que aguardam a volta de Cristo.
A PACIÊNCIA DOS CRENTES DE TESSALÓNICA
"De maneira que nós mesmos nos gloriamos de vós nas igrejas de Deus por causa da vossa paciência e fé, e em todas as vossas perseguições e aflições que suportais" (2 Tessalonicenses 1:4).
AGUARDAR COM PACIÊNCIA A NOSSA COMPLETA SALVAÇÃO
"Porque em esperança fomos salvos. Ora a esperança que se vê não é esperança; porque o que alguém vê como o esperará? Mas, se esperamos o que não vemos, com paciência o esperamos" (Romanos 8:24-25).
Todos os sofrimentos do momento como enfermidade, dor, calamidades, decepções, pobreza, maus-tratos, tristeza, perseguição e todos os tipos de aflição devem ser considerados insignificantes ante a bênção, os privilégios e a glória que serão concedidos ao crente fiel, na era vindoura.
"Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente" (2 Coríntios 4:17).
Tiago 5:11 A paciência move a bondade e a piedade divinas - "Como sabeis, temos por bem-aventurados os que perseveraram. Ouvistes da paciência de Jó, e vistes o fim que o Senhor lhe deu. O Senhor é cheio de misericórdia e compaixão.
2 Coríntios 1:6 A paciência capacita o crente a suportar a tribulação - "Se somos atribulados, é para vossa consolação e salvação; se somos consolados, para vossa consolação é, a qual se opera suportando com paciência as mesmas aflições que nós também padecemos".
Hebreus 6:13-15 A promessa de Deus é alcançada por meio da paciência - "Quando Deus fez a promessa a Abraão, como não tinha outro maior por quem jurasse, jurou por si mesmo, dizendo: Certamente, abençoando te abençoarei, e multiplicando te multiplicarei. E assim, tendo Abraão esperado com paciência, alcançou a promessa".
Romanos 15:4 A paciência é fortalecida com a leitura das Escrituras - "Pois tudo o que outrora foi escrito, para o nosso ensino foi escrito, para que pela paciência e consolação das Escrituras tenhamos esperança".
TUDO QUE DANTES FOI ESCRITO. As Escrituras do Antigo Testamento são da máxima importância para a vida espiritual do cristão. A sabedoria e as leis morais de Deus, no tocante a cada aspecto da vida, bem como a sua revelação a respeito Dele mesmo, da salvação e da vinda de Cristo, são de valor permanente (2 Timóteo 3:16; Mateus 5:17).
LEITURA BÍBLICA TIAGO 5:7-11 = "Sede, pois, irmãos, pacientes até à vinda do Senhor. Vede que o lavrador espera o precioso fruto da terra, aguardando-o com paciência, até receber as primeiras e as últimas chuvas. Sede vós também pacientes, e fortalecei os vossos corações, porque a vinda do Senhor está próxima. Irmãos, não vos queixeis uns dos outros, para não serdes julgados. O juiz está à porta. Irmãos, tomai como exemplo de sofrimento e paciência os profetas que falaram em nome do Senhor. Como sabeis, temos por bem-aventurados os que perseveraram. Ouvistes da paciência de Jó, e vistes o fim que o Senhor lhe deu. O Senhor é cheio de misericórdia e compaixão.
É atribuído a Tiago, irmão de Jesus. Este discípulo de Cristo é conhecido pela tradição da comunidade cristã como "Tiago, o Justo". Para Tiago, as tentações que provam a fé produzem 'paciência' (Tiago 1:3) e 'maturidade espiritual' (Tiago 1:4). Esta paciência é demonstrada no domínio da língua e da ira (Tiago 1:25), na mansidão, no compromisso com a palavra (Tiago 1:21), na fraternidade cristã (Tiago 1:27), na prática da fé (Tiago 2:14), na santidade (Tiago 4:8), na submissão a Deus (Tiago 4:8); e por fim, na expectativa da vinda de Cristo (Tiago 5:7). Tiago concordaria plenamente com Eclesiastes 7:8: "Melhor é o fim das coisas do que o princípio delas; melhor é o longânimo do que o altivo de coração". O sofrimento dos 'irmãos' não perdurará; teve um início, contudo, o fim será muito melhor (Tiago 5:8), tal qual a paciência e a perseverança de Jó (Tiago 5:11). Portanto, é necessário ser paciente. No original, é possuir 'ânimo longo' (Tiago 5:7-8 e 10) ou ser 'perseverante' ou 'resistente' (Tiago 5:11). De acordo com o original, o termo aflição (Tiago 5:10) significa 'suportar o mal pacientemente' é a mesma palavra traduzida em 2 Timóteo 4:5 por 'sofre as aflições', isto é, 'suporte o mal'.
O exercício da paciência é uma qualidade bastante difícil nos dias em que vivemos, principalmente devido ao corre-corre do nosso dia-a-dia, mas é de imprescindível importância para o crente que deseja ir morar no céu. É nos momentos de maior tensão que somos testados nessa qualidade do fruto do ESPÍRITO que está implantada em nós. É notado e louvado o cristão que consegue ser paciente diante das adversidades que surgem no seu viver terreno. Somente com a ajuda do ESPÍRITO SANTO é que conseguimos exercer paciência e ajudar aos que estão à nossa volta, a passar pelas tribulações do quotidiano.
1. A PACIÊNCIA E OS ASPECTOS DA VIDA CRISTÃ - "Paciência, hyponome, literalmente, 'permanência em baixo de' (formado de hypo, 'em baixo de', e meno, 'ficar'), 'paciência'. 'A paciência, que só desenvolve nas provas (Tiago 1:2), pode ser passiva, ou seja, igual a 'tolerância, resignação', como:
a) nas provas em geral (Lucas 21:19; Mateus 24:13; Romanos 12:12);
b) nas provas que sobrevêm ao serviço no Evangelho (2 Coríntios 6:4; 12:12; 2 Timóteo 3:10);
c) sob castigo, que é a prova considerada a vir da mão de Deus, nosso Pai (Hebreus 12:7);
d) sob aflições imerecidas (1 Pedro 2:20); ou activa, ou seja, igual a 'persistência, perseverança';
e) ao fazer o bem (Romanos 2:7);
f) na produção de frutos (Lucas 8:15);
g) no correr a corrida proposta (Hebreus 12:1).
A paciência aperfeiçoa o carácter cristão (Tiago 1:4), e a participação na paciência de Jesus é, portanto, a condição na qual os crentes virão a ser admitidos a reinar com Ele (2 Timóteo 2:12; Apocalipse 1:9). Para esta paciência, os crentes são 'corroborados em toda a fortaleza' (Colossenses 1:11), 'pelo Seu Espírito no homem interior' (Efésios 3:16)". O maior exemplo conhecido biblicamente como o homem de maior paciência é com certeza Jó (Tiago 5:11). "Como sabeis, temos por bem-aventurados os que perseveraram. Ouvistes da paciência de Jó, e vistes o fim que o Senhor lhe deu. O Senhor é cheio de misericórdia e compaixão).
Salmos 37:7 "Descanse no SENHOR e aguarde por ele com paciência; não se aborreça com o sucesso dos outros, nem com aqueles que maquinam o mal. Aquele que desenvolve a paciência em seu carácter descansa em DEUS e não inveja aos ímpios".
Provérbios 19:11 "A sabedoria do homem lhe dá paciência; sua glória é ignorar as ofensas. Mostremos nossa sabedoria mesmo diante de ofensas.
Provérbios 25:15 "Com muita paciência pode-se convencer a autoridade, e a língua branda quebra até ossos. Não temos medo das autoridades, mas as respeitamos e sabemos como falar-lhes com paciência.
Jeremias 15:15 "Que, pela tua paciência para com eles, eu não seja eliminado. Sabes que sofro afronta por tua causa". Romanos 2:4 "Ou será que você despreza as riquezas da sua bondade, tolerância e paciência, não reconhecendo que a bondade de Deus o leva ao arrependimento?" 2Pedro 3:15 "Tenham em mente que a paciência de nosso Senhor significa salvação, como também o nosso amado irmão Paulo lhes escreveu, com a sabedoria que Deus lhe deu. Respeitemos, oremos e aceitemos a paciência de DEUS para com os ímpios, pois Ele tem em vista a salvação dos mesmos".
2Coríntios 1:6 "Se somos atribulados, é para consolação e salvação de vocês; se somos consolados, é para consolação de vocês, a qual lhes dá paciência para suportarem os mesmos sofrimentos que nós estamos padecendo. Em nossa paciência ajudamos os outros a serem pacientes também em suas tribulações".
Tiago 5:7-9 "Portanto, irmãos, sejam, pacientes até a vinda do Senhor. Vejam como o agricultor aguarda que a terra produza a preciosa colheita e como espera com paciência até virem as chuvas do outono e da primavera. Sejam também pacientes e fortaleçam o seu coração, pois a vinda do Senhor está próxima. Irmãos, não se queixem uns dos outros, para que não sejam julgados. Esperemos com paciência a volta de nosso Senhor e Salvador JESUS CRISTO".
**Do Latin patientia, Resignação; conformidade em suportar os males ou os incómodos sem se queixar; perseverança tranquila; calma na continuação de qualquer tarefa ainda que esta seja difícil ou muito demorada; tranquilidade com que se espera aquilo que tarda. Há forte relação entre a paciência e os outros aspectos da vida cristã. A seguir, consideraremos algumas delas à luz das Escrituras.
1. Paciência e sofrimento. O sofrimento pode ser causado por diversos factores, perseguição religiosa, inveja, discussões, inimizades, perda de emprego, morte de alguém da família, etc...; até mesmo por sofrimento alheio podemos sofrer, porém, uma coisa é certa, ninguém passa por esta vida sem ter momentos de sofrimento. Sabemos que o sofrimento faz com que analisemos o modo de vida que estamos a levar e a tomarmos novos rumos e mais seguros para não sofrermos mais, funciona como estimulador à prevenção. As provações podem ser comparadas ao trabalho de cães guardadores de ovelhas; mantê-las perto do pastor. As provações funcionam como disciplina do Pai divino e amoroso em prol da nossa santidade (Hebreus 12:7-11). Vamos observar as ilustrações seguintes:
a) O exemplo da planta. Uma planta nova, submetida a intensos ventos, desenvolve raízes fortes e profundas. Assim como carregar peso, faz com que os nossos ossos fiquem fortes e não tenhamos osteoporose, assim também o sofrimento nos treina para sermos fortes.
b) O exemplo da cruz. Muitos textos bíblicos nos revelam que o caminho rumo ao céu inclui uma cruz. Mateus 10:38 "e quem não toma a sua cruz e não me segue, não é digno de mim". JESUS chama-nos a atenção para a cruz que certamente virá para aqueles que o querem seguir, portanto, devemos nos esforçar por tomar este trabalho o menos sofrível possível, mas ao saber que teremos que passar por aflições.
2. Paciência e perseverança. Para alcançar uma meta ou objectivo, devemos buscar com todas as nossas forças e ainda pedirmos auxílio a DEUS para nos fortalecer nesta jornada, porém nunca conquistaremos o triunfo sem sabermos esperar a hora certa para então louvarmos a DEUS por mais uma batalha ganha!
3. Paciência, alegria e esperança. Em Romanos 5:3-4, constatamos a relação entre os seguintes termos: sofrimento, alegria, paciência e esperança. Como uma rosa a desabrochar, cada etapa é descrita por Paulo, talvez ao analisar a sua vida cristã e o seu crescimento espiritual. Não devemos nos conformar diante de situações difíceis, mas buscar a solução em DEUS para tais situações; o cristão foi chamado para guerrear contra o reino das trevas e não existe paz sem haver guerra; o crente que vive em paz é aquele que guerreia constantemente contra Satanás e as suas hostes.
4. Paciência e sabedoria. As palavras de Provérbios 14:29 declaram: "O longânimo é grande em entendimento, mas o de ânimo precipitado exalta a loucura". Devemos escolher entre "Sofrer para aprender", ou "ver os outros sofrerem e aprender com o seu sofrimento". Aquele que é paciente analisa o motivo do sofrimento alheio e antes que passe pelo mesmo sofrimento, muda o seu proceder; é o famoso "Prevenir para não remediar".
5. Paciência e paz. A paciência é característica natural de quem vive em paz tanto consigo mesmo, quanto com os que o cercam. A paz é conquistada na perspectiva de um futuro que muitas vezes está distante, por isso, é necessário a paciência para que se possa esperar o resultado do nosso plantio, ou semeadura.
6. Paciência e força. A força física só é benéfica se for controlada pelo ESPÍRITO SANTO, assim a hora de se usar a força deve ser a hora ditada pela paciência, pela análise da potência a ser usada e como deve ser usada, pois é melhor e superior a força espiritual do que a física. Com sabedoria se vence uma guerra, porém nem sempre vence o mais forte, mas sempre vence o mais sábio.
7. Paciência e perdão. Dizem que o tempo sara as feridas, realmente a paciência tem mostrado que o adiamento da discussão traz benefícios ao futuro bom relacionamento. Cada pessoa tem o direito de pensar diferente de nós e de julgar diferente de nós, devemos esperar que o ESPÍRITO SANTO convença a outra pessoa da verdade e assim a união e a paz sejam restabelecidas.
8. Fé acrescida de paciência. A fé nos impulsiona, a paciência nos controla para fazermos certo. A fé é um poder transformador enquanto a paciência é um controlador dessa força, ao dosar de acordo com a necessidade, cada aplicação dessa fé. A fé, a paciência e as promessas de Deus estão relacionadas na bela passagem de Hebreus 6:11-12 "Queremos que cada um de vocês mostre essa mesma prontidão até ao fim, para que tenham a plena certeza da esperança, de modo que vocês não se tornem negligentes, mas imitem aqueles que, por meio da fé e da paciência, recebem a herança prometida).
2. O TRÍPLICE ASPECTO DA PACIÊNCIA - A paciência de Deus: um aspecto importante do seu amor.
Sabemos que Deus é amor (1 João 4:8) e que o amor é paciente (1 Coríntios 13:4). Sem dúvida alguma, a paciência ou longanimidade é um aspecto importante do amor de Deus. É uma qualidade divina mencionada várias vezes no Antigo Testamento. Êxodo 34:6-7 descreve Deus nestes termos: "SENHOR, SENHOR Deus compassivo, clemente e longânimo e grande em misericórdia e fidelidade; que guarda a misericórdia em mil gerações, que perdoa a iniquidade, a transgressão e o pecado, ainda que não inocenta o culpado, e visita a iniquidade dos pais nos filhos e nos filhos dos filhos, até à terceira e quarta geração!" Em Naum 1:3, encontramos este comentário sobre a paciência e a justiça de Deus: "O SENHOR é tardio em irar-se, mas grande em poder e jamais inocenta o culpado; o SENHOR tem o seu caminho na tormenta e na tempestade, e as nuvens são o pó dos seus pés".
Passagens como estas esclarecem o sentido da paciência de Deus. Quando a Bíblia afirma que Deus é longânimo, está a dizer que ele demora a irar-se. A longanimidade não sugere injustiça. Deus ainda exige o castigo merecido pelo pecado, mas nem sempre castiga na hora da transgressão. Vamos examinar este assunto mais profundamente.
O que a Bíblia diz sobre a paciência de Deus?
Deus demorou em castigar o povo desobediente de Israel para manter a honra do seu próprio nome: "Por amor do meu nome, retardarei a minha ira e por causa da minha honra me conterei para contigo, para que te não venha a exterminar" (Isaías 48:9). Se Deus tivesse praticado a justiça na hora, a primeira vez que Israel pecou, ele nunca teria cumprido a promessa de oferecer salvação para todos nós através do descendente de Abraão (Génesis 12:3). No Novo Testamento, Paulo usa a palavra longanimidade para descrever essa demora em castigar. Ele diz em Romanos 9:22-24 "Que diremos, pois, se Deus, querendo mostrar a sua ira e dar a conhecer o seu poder, suportou com muita longanimidade os vasos de ira, preparados para a perdição, a fim de que também desse a conhecer as riquezas da sua glória em vasos de misericórdia, que para glória preparou de antemão, os quais somos nós, a quem também chamou, não só dentre os judeus, mas também dentre os gentios?" A justiça aplicada sem longanimidade teria resultado na condenação de todos, até de nós! Deus temporariamente poupou um povo para salvar muitos outros.
O apóstolo Paulo serve como outro exemplo bom. Pela longanimidade de Deus ele deixou de ser perseguidor e passou a ser pregador das boas novas (1 Timóteo 1:16). Jesus usou a palavra "paciente" para descrever a atitude da pessoa que espera para receber o que lhe é devido (Mateus 18:26, 29).
É fácil perder um aspecto importante da longanimidade do Senhor. Às vezes, pessoas acham que Deus simplesmente decidiu perdoar pecados, e que a dívida não foi paga. Mas as Escrituras deixam bem claro que não foi assim. Deus adiou a cobrança, mas jamais deixou de ser justo e exigente em relação à dívida do pecado. Um texto que ajuda a entender esse facto é Romanos 3:25-26 "...a quem Deus propôs, no seu sangue, como propiciação, mediante a fé, para manifestar a sua justiça, por ter Deus, na sua tolerância, deixado impunes os pecados anteriormente cometidos; tendo em vista a manifestação da sua justiça no tempo presente, para ele mesmo ser justo e o justificador daquele que tem fé em Jesus". Estes versículos estão entre os mais ricos do Novo Testamento. Deus tolerava pecado durante algum tempo, ao saber que a justiça seria satisfeita pelo sacrifício de Jesus. Assim, ele é justo (ao exigir o pagamento pelo pecado) e o justificador (ao oferecer o seu próprio Filho para pagar a dívida dos outros; comparece-se em Efésios 1:7).
Deus é longânimo quando ele dá tempo para o pecador se arrepender.
Deus seria perfeitamente justo se ele castigasse o pecador na hora, mas ele escolhe ser paciente. A longanimidade de Deus é vista nos dias de Noé, ao dar tempo para os homens se arrependerem (1 Pedro 3:20). Na época de Neemias, o povo reconheceu que Deus tinha sido muito paciente com os seus antepassados (Neemias 9:29-30). Podemos ver esta mesma longanimidade nas nossas vidas. Se Deus castigasse cada pessoa no momento do seu primeiro pecado, o que teria acontecido connosco. Nós não estaríamos vivos para escrever este artigo, e quem estaria aqui na Terra para o ler? A longanimidade não adianta se não houver arrependimento.
O propósito de Deus em mostrar a paciência é de nos conduzir ao arrependimento. "Ou desprezas a riqueza da sua bondade, e tolerância, e longanimidade, ignorando que a bondade de Deus é que te conduz ao arrependimento?" (Romanos 2:4). No intervalo entre o pecado e a cobrança, precisa haver arrependimento. Se o pecador não aproveitar a sua oportunidade para se converter, a paciência de Deus não tem valor nenhum. As pessoas que continuam no pecado, ao não se arrependerem enquanto há esperança, conduzem-se à perdição. Salmos 7:12-13 diz: "Se o homem não se converter, afiará Deus a sua espada; já armou o arco, tem-no pronto; para ele preparou já instrumentos de morte, preparou suas setas inflamadas".
Devemos usar a oportunidade que Deus nos oferece.
A paciência de Deus oferece-nos a oportunidade de nos arrepender e fazer a vontade Dele. Não devemos deixar esta oportunidade escapar, e jamais devemos achar que a longanimidade de Deus dá permissão para pecar mais. Jesus não voltou ainda por causa do desejo de Deus de que todos se arrependam (2 Pedro 3:9). "Por essa razão, pois, amados, esperando estas coisas, empenhai-vos por serdes achados por ele em paz, sem mácula e irrepreensíveis, e tende por salvação a longanimidade de nosso Senhor..." (2 Pedro 3:14-15).
A paciência de Deus pede a volta do pecador. Isaías ensinou este princípio há 2.700 anos, quando falou ao povo de Judá: "Buscai o SENHOR enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto. Deixe o perverso o seu caminho, o iníquo, os seus pensamentos; converta-se ao SENHOR, que se compadecerá dele, e volte-se para o nosso Deus, porque é rico em perdoar" (Isaías 55:6-7). Deus está disposto a perdoar, mas Ele não força ninguém a arrepender-se, pois a Sua paciência tem limite.
Embora muitas pessoas agem como se a paciência de Deus não tivesse limites, a Bíblia mostra que haverá um ponto final na longanimidade do Senhor. Deus colocou um ponto final nos dias de Noé: "...o SENHOR fechou a porta" (Génesis 7:16). Na vida de cada pessoa, a morte marca o fim da oportunidade de se arrepender e receber o benefício da misericórdia de Deus. A pessoa que morre despreparada não terá outra oportunidade (Lucas 12:20-21; 16:24). Hebreus 9:27 assegura-nos que o julgamento vem depois da morte. Seremos julgados pelas coisas feitas no nosso único corpo (2 Coríntios 5:10). Doutrinas de purgatório e reencarnação, que oferecem uma outra oportunidade para se arrepender ou se aperfeiçoar após a morte são doutrinas falsas que contradizem as Escrituras.
Devemos ouvir a voz de Deus hoje
Cada vez que o nosso coração bate, estamos a chegar um pouco mais perto do fim da nossa vida aqui na Terra. Ou a nossa morte ou a volta de Cristo vai pôr um ponto final na nossa oportunidade de nos prepararmos para o julgamento. Deus tem sido muito longânimo connosco, mas a longanimidade Dele não é eterna! Ou aceitamos o preço do resgate pago por Jesus, ou ficamos com uma eterna dívida que nunca será possível pagar. Em Hebreus 3 e 4, cita o exemplo dos israelitas para ensinar uma lição importante aos servos de Cristo. Uma geração rebelde perdeu a sua oportunidade e não entrou na Terra prometida. Repetidamente, o autor convida-nos a ouvir a voz de Deus hoje (Hebreus 3:7, 15; 4:7). A longanimidade de Deus deu-nos todos os minutos da nossa vida até ao presente momento, mas não dá garantia de mais nenhum. Se deixarmos a nossa oportunidade passar, pode ser tarde demais. No mesmo trecho onde Paulo nos relembra que todos seremos julgados por Cristo, ele diz: "E por isso que também nos esforçamos...para lhe sermos agradáveis" (2 Coríntios 5:9).
2. O Cristão e a Paciência
O PODER DA PACIÊNCIA
"O amor é paciente" (1 Coríntios 13:4)
Quando nos relacionamos com as pessoas em busca de grandes, saudáveis e crescentes relacionamentos, a primeira coisa que precisamos é ser pacientes. Como Deus sabia disso? Bem, Ele possui milhares de anos de experiência em lidar com as pessoas. Ele precisou ter paciência. A palavra no grego, literalmente significa: "levar muito tempo até ferver". Falamos sobre uma pessoa que tem pavio curto; isto significa a necessidade de se ter um pavio comprido. Esta palavra é usada na Bíblia exclusivamente para pessoas. Nós precisamos levar um longo tempo para ferver quando se relaciona com as pessoas.
O amor é paciente, pois significa que é amável ser paciente. É muito grosseiro ser impaciente. Quando somos pacientes com os nossos filhos, somos amáveis. Quando somos pacientes com os nossos cônjuges, somos amáveis, mas quando somos impacientes somos muito grosseiros.
POR QUE A PACIÊNCIA É TÃO VITAL NOS RELACIONAMENTOS?
Por que Deus começou por falar de paciência, dentre muitas outras virtudes, quando deu as primeiras instruções sobre grandes relacionamentos? Qual é a sua importância?
PORQUE CADA PESSOA É DIFERENTE
1 Coríntios 12:6 diz: "Há diferentes formas de actuação, mas é o mesmo Deus quem efetua tudo em todos". Ele diz que cada pessoa é original. Quer sejamos pais de três filhos ou mais sabemos muito bem disso. É incrível como os nossos filhos são diferentes uns dos outros. Da mesma família, filhos diferentes. Deus nos criou com um molde especial. Há cinco factores que nos fazem ser diferentes de outras pessoas. Eles identificam como Deus nos moldou, assim como:
Dons Espirituais - As habilidades, as habilidades especiais que Deus nos deu para O servir e estabelecer relacionamento com Ele;
O nosso Coração - Nós somos motivados de forma diferente. Temos interesses diversos. Coisas que nos motivam não motivam outros e vice-versa. Temos batimentos cardíacos diferentes;
Habilidades - Temos diferentes habilidades, talentos naturais, capacidades;
Personalidade - Todos nós temos personalidades diferentes. Diferentes percepções e valores. Pessoas tímidas e outras salientes, as que gostam de rotina e as que gostam de variar, as que são introvertidas e as que são extrovertidas;
Experiências - Todos temos diferentes origens, diferentes necessidades. Todos nós somos diferentes. Porque somos diferentes, precisamos ser pacientes... Porque somos diferentes e nenhum de nós é igual, isso cria mal-entendidos. Muitas vezes não conseguimos entender um ao outro. Não sabemos de onde as pessoas estão a vir.
1 Coríntios 2:11 diz: "...quem conhece os pensamentos do homem, a não ser o espírito do homem que nele está?" Ninguém pode entender o nosso cônjuge ou o nosso chefe. Será que ouvimos ou falamos algumas das seguintes frases nestes últimos trinta dias?
Eu não entendo a maneira dele agir, porque ele faz coisas assim! Ela não me entende! Ele vive noutro mundo! Ela não faz qualquer sentido. Como podes pensar essas coisas? Os meus pais são de outro planeta! Por que preciso repetir 48 vezes a mesma coisa para puderes fazê-la bem? Por que não falaste comigo? Por que ficas tão sensível?
1 Tessalonicenses 5:14 diz: "Sejam pacientes para com todos". Como podemos ser pacientes com todos? A razão de sermos impacientes com as pessoas vem de mal-entendidos e mal-entendidos das nossas falsas suposições. Como fazemos isso? Deus manda, pois Ele não diz: "Eu sugiro que sejam pacientes para com todos". Ele diz: "Faça assim. Seja paciente com todos". Deus nunca nos manda fazer algo sem nos mostrar como o fazer.
COMO SER MAIS PACIENTE COM AS PESSOAS?
1. Devemos nos lembrar o quanto Deus tem sido paciente para connosco.
"Mas por isso mesmo alcancei misericórdia, para que em mim, o pior dos pecadores, Cristo Jesus demonstrasse toda a grandeza da sua paciência, usando-me como um exemplo para aqueles que nele haveriam de crer para a vida eterna" (1 Timóteo 1:16).
"Aceitem-se uns aos outros, da mesma forma que Cristo os aceitou, a fim de que vocês glorifiquem a Deus" (Romanos 15:7).
2. Devemos aprender pelo ouvir.
"A sabedoria do homem lhe dá paciência" (Provérbios 19:11).
"O homem paciente dá prova de grande entendimento" (Provérbios 14:29).
Se não procuramos entender as pessoas, não vamos ter paciência com elas. Se não entendemos as pessoas, não vai haver relacionamento, porque relacionamentos são baseados em entendimento. Se não nos conseguirmos entender uns com os outros, que tipo de relacionamento poderemos ter? Este é um ponto fundamental, pois sem entendimento não há relacionamento. O entendimento é o alicerce para os relacionamentos e os mal-entendidos destroem relacionamentos.
Como ouvir as pessoas? A Bíblia diz: "Quem responde antes de ouvir comete insensatez e passa vergonha" (Provérbios 18:13). Isto é bem claro! Não devemos avaliar o que as pessoas fazem ou o que ouvimos até ouvirmos tudo. Deus deu-nos dois ouvidos e uma boca - o que significa que devemos ouvir duas vezes mais do que falar.
Qual tem sido o nosso índice de ouvir? Numa escala de 0 a 10, que nota nos daríamos a nós mesmos como ouvintes? A maioria de nós pensa que é bom ouvinte. Podemos escutar bem sem sermos bons ouvintes.
As pesquisas mostram que apenas 7% do que realmente dizemos é comunicado em palavras. 43% do que queremos dizer dá-se através da maneira como dizemos - tom de voz, emissão, volume, dicção. Os restantes 50% aparecem nas expressões não-verbais - expressão facial, gestos manuais, linguagem corporal. É por isso que quando estamos ao telefone somos apenas 50% efectivos. Pois não podemos ver o que a outra pessoa está a comunicar através do seu corpo.
Isto significa que os nossos olhos são tão importantes no ouvir como os nossos ouvidos. Por exemplo com os maridos, a esposa já lhe disse: "Porque não olhas para mim enquanto eu falo contigo? Para de ler esse jornal". Ela acertou em cheio! Os nossos olhos são tão importantes quando os nossos ouvidos na comunicação, porque apenas 7% da comunicação está nas nossas palavras. Precisamos aprender a ouvir.
3. Devemos fazer concessões com os outros.
Todas as pessoas têm dias maus. De vez em quando ficamos desequilibrados, numa hora do dia, da semana, do mês. A Bíblia diz que devemos fazer concessões aos outros. "Sejam completamente humildes e dóceis, sejam pacientes, suportando uns aos outros com amor" (Efésios 4:2). A Bíblia diz em Provérbios 12:16: "O homem prudente ignora o insulto". Todos passamos dias maus e ficamos um pouco desequilibrados.
4. Devemos tratar os outros da maneira que queremos ser tratados.
Isto não é uma novidade, pois esta é uma regra muito importante. "Assim, em tudo, façam aos outros o que vocês querem que eles lhes façam" (Mateus 7:12). Este único versículo pode salvar muitos casamentos. É fácil de entender, mas difícil de praticar. Se pudéssemos praticar preveniríamos a maioria dos divórcios.
Filipenses 2:4-5 diz: "Cada um cuide, não somente dos seus interesses, mas também dos interesses dos outros. Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus". Devemos prestar atenção nas necessidades dos outros. Devemos olhar, ouvir, descobrir em que estão interessados. Será que podemos descrever quais são os 4 ou 5 principais interesses de cada membro da nossa família? Algumas vezes ficamos tão preocupados connosco mesmos e prisioneiros no nosso próprio mundo. A Bíblia recomenda que olhemos os interesses dos outros. A palavra grega é scopos - como telescópio - estar atento para. Se nos preocupamos, ficamos atentos e devemos ter consideração pelos outros.
"Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus". Este é o segredo real da paciência, pois não é natural para nós sermos pacientes para com todos. É preciso o poder de Deus na nossa vida, pois em cada semana, seja no trabalho, escola, supermercado, vamos nos defrontar com situações de confronto. Deus diz para sermos pacientes para com todos, mas como podemos ser pacientes com todos? Devemos ter a mesma atitude de Jesus Cristo, pois somente com Jesus Cristo na nossa vida podemos tratar as pessoas da maneira como Ele tratou, este sim é o segredo da paciência.
Em Actos 16, temos um grande exemplo de portas fechadas: Paulo e Timóteo foram para a Ásia fazer a Obra de Deus no meio de um povo que precisava de Deus, ao terem sido impedidos pelo Espírito Santo, então seguiram para Bitínia, porém o Espírito Santo também não os permitiu... uma porta foi fechada. Eles, apesar da porta fechada, esperaram e confiaram em Deus, pois ao dormir, Paulo teve uma visão: estava ali em pé um homem da Macedónia, que lhe rogava: Passa à Macedónia e ajuda-nos. Porém tão somente entenderam que uma grande porta foi aberta, onde igrejas foram edificadas e a cada dia cresciam em número. Temos aqui um grande exemplo onde foi depositada em Deus a confiança de que uma porta, ainda maior, seria aberta. Se uma porta se fechou, existe uma razão para isso. É só confiar!
Os três pontos para esperar a porta se abrir:
1- Entender que Deus é soberano. A responsabilidade e a Autoridade é Dele!
2- Se é Ele quem está no controle, podemos confiar!
3- Se uma porta se fechou, é por que por esses dias vai abrir-se uma ainda maior!
As
aparências enganam

Texto Básico: Mateus 7:15-23
Introdução
A História da Igreja relata os nomes de inúmeros líderes que, apesar de um início promissor e cheio de boas intenções, terminaram por trazer grande prejuízo para o povo de Deus. Alguns ficaram conhecidos por formarem uma seita, outros por praticarem imoralidade. Está a ficar cada vez mais comum aparecerem líderes assim nas páginas policiais dos jornais, envolvidos em fraudes financeiras e fiscais. Eles trazem escândalo para o evangelho e desviam muitas pessoas sinceras do caminho da fé. O que o povo de Deus deve fazer para se precaver contra esses impostores?
1. NÃO SE DEIXEM LEVAR PELAS APARÊNCIAS
Na Palestina do primeiro século, a criação de ovelhas era feita em pastagens abertas. O lobo era um dos seus inimigos naturais, e elas ficavam totalmente indefesas diante do feroz predador. Por outro lado, "ovelha" é também uma metáfora comum para Israel no Antigo Testamento (Salmos 74:1; 78:52; 79:13; 95:7; e também Mateus 10:6), e o Novo Testamento igualmente a aplica à igreja (Mateus 25:31-32; João 10:14-16; 21:17).
1. De acordo com os textos citados acima, por que o termo "ovelha" é usado para se referir ao povo de Israel e à igreja?
Lobo disfarçado de ovelha (Mateus 7:15, literalmente: "que vêm a vocês em roupas de ovelha") refere-se a elementos perigosos que parecem pertencer ao povo de Deus. O apóstolo Paulo predisse que, depois da sua partida de Éfeso, "lobos vorazes" invadiriam o rebanho dos discípulos (Actos 20:29-30) surgidos dentre a própria liderança da igreja, donde podemos deduzir que estavam tão bem disfarçados como parte do rebanho que nem mesmo Paulo podia identificá-los claramente naquele momento. Por isso mesmo são os piores inimigos do rebanho, do povo de Deus.
Esses "lobos" são referidos como "falsos profetas". De acordo com a profecia de Jesus, "falsos profetas" surgirão e enganarão a muitos nos últimos tempos (Mateus 24:11, 24). É evidente que jamais terão êxito caso se mostrem como são de facto, por isso fingem ser cristãos. Dificilmente desviariam as ovelhas se chegassem a rosnar contra Deus e o seu povo; pelo contrário, eles têm de balir suavemente por algum tempo, até conquistar a confiança delas, para somente então mostrar as presas.
2. Como podemos conceituar o poder ilusório dos falsos profetas, de acordo com Mateus 24:24?
Provavelmente devemos entender a expressão "falsos profetas" de maneira mais abrangente: não apenas homens que se digam profetas, mas líderes religiosos (inclusive não ordenados oficialmente) que aparentam pertencer ao povo de Deus e que se apresentam para conduzi-lo com o objectivo de desviá-lo para a perdição. O salvador já demonstrara como os pecados podem se ocultar sob a aparência de justiça: o assassino pode se ocultar no desprezo, o adúltero no olhar cobiçoso, a soberba na oração e no jejum (Mateus 5:21-32; 6:5-18). Em outra ocasião, ele tomara escribas e fariseus como modelos da religiosidade hipócrita, feita de aparências, para impressionar aos homens, mas sem vida com Deus (Mateus 23:27-28). Jesus ordena que os seus discípulos estejam alertas contra esses perigos. Eles não devem se deixar levar pelas aparências, pois elas enganam muito, especialmente no que concerne à vida espiritual.
2. NÃO SE ILUDAM COM A BELEZA DO DISCURSO
Jesus também descreve algo da fala desses falsos profetas. Eles têm um discurso superficialmente ortodoxo, repetidamente ao chamá-lo com aparente respeito e devoção - "Senhor, Senhor!" (Mateus 7:21-22). O pronome "Senhor" tinha uma aplicação bastante larga: referia-se ao dono da casa em relação aos seus servos, era um título endereçado ao Imperador, considerado divino no Império Romano, ou simplesmente um vocativo respeitoso; mas a repetição pode indicar um tratamento mais íntimo e pessoal (Génesis 22:11; 1Samuel 18:33; Lucas 22:31). Ao considerar que no contexto imediato esses homens são identificados com os profetas falsos e com os lobos disfarçados (Mateus 7:15), podemos deduzir que, durante a sua vida terrena, eles invocaram o Senhor e usaram o seu nome (Mateus 7:21), mas sem dar a ele a devida honra; antes, buscaram a sua própria glória (Filipenses 3:18-19). Entretanto, agora que são retratados "naquele dia" (Mateus 7:22), o dia do juízo, encaram o Santo Juiz e o seu clamor denuncia o reconhecimento tardio e aterrorizado da sua divindade (Mateus 24:30); e procuram atrair a empatia do juiz, ao sugerir ter tido alguma intimidade com ele.
3. O comportamento descrito em Filipenses 3:18-19 é compatível com o dos falsos profetas? Por quê?
As caracterizações do falso profeta no Antigo Testamento são constantemente relacionadas com a sua fala. O falso profeta é alguém que fala como se tivesse a autorização divina, quando, na verdade, Deus não o enviou; assim, ele anuncia a sua própria mensagem. É aquele que incitava o povo contra a lei de Deus, especialmente ao levá-lo à idolatria (Deuteronómio 13:1-2); ou que trazia uma mensagem de conforto, quando Deus estava irado e prestes a castigar (Jeremias 6:14; 8:11; Ezequiel 13:10). Em ambos os casos, dar ouvidos ao falso profeta significaria destruição. Mas lembremos de que esses lobos estão disfarçados: o seu uivo imita o balido. Se a falsidade da sua mensagem fosse óbvia, ninguém seria enganado. A igreja de Corinto, por exemplo, encantou-se com o discurso pomposo de falsos apóstolos que se instalaram, após a partida de Paulo. Aos poucos, ela foi abandonando a pureza do evangelho e voltando-se contra o apóstolo, que, segundo os novos líderes, não tinha uma oratória refinada o bastante (2Coríntios 11:3-6); 1Coríntios 2:1-5). As igrejas da Galácia, por sua vez, ficaram fascinadas pelo ensino aparentemente piedoso de alguns líderes judaizantes, chegados de Jerusalém. As suas subtilezas haviam levado aqueles irmãos a abandonar a cruz de Cristo como o centro da fé, em troca de guardar preceitos da lei judaica (Gálatas 1:6-7; 5:2-4).
Judaizantes são pessoas que, ao não serem geneticamente israelitas, nem ao terem passado por uma conversão informal ao judaísmo, seguem partes da religião e tradição judaicas ao serem consideradas seitas pelo judaísmo autêntico.
4. De acordo com 2Coríntios 11:3-6, que tipo de problema Paulo parece indicar que os Coríntios passaram a ver nele?
Devido à capacidade que os falsos profetas têm de usar as suas palavras para destruir o rebanho de Deus, a igreja sempre deve conferir o discurso deles com as Escrituras, para se precaver da sua influência maligna (Actos 17:11; Isaías 8:20; Gálatas 1:8-9). A mensagem dos mestres deve estar de acordo com a instrução apostólica original, especialmente quanto à encarnação de Cristo, ao reconhecer assim a sua pessoa divino-humana e a redenção por meio da sua cruz (1João 2:22-23; 4:3; 2João 1:7).
3. NÃO CONFIEM EM SINAIS
Curiosamente, Jesus não nega a alegação dos falsos profetas de que, em seu nome, realizaram grandes e maravilhosos sinais: profetizaram, expulsaram demónios, fizeram muitos milagres (Mateus 7:22). Como é possível falsos profetas realizarem sinais milagrosos?
a) Apostasia. Jesus pode estar a descrever homens que haviam experimentado a Palavra de Deus e os poderes espirituais depositados na igreja, mas que apostataram (Hebreus 6:4-6). A sua profissão de fé fora correcta, porém superficial; deram ouvidos às mentiras de Satanás, e então se desviaram da fé genuína (1Timóteo 4:1-2; Lucas 8:11-14). Os seus sinais foram concedidos pelo verdadeiro Espírito de Deus para proveito do seu povo, mas isso não significa que eles eram de facto ovelhas de Deus. Assim como Saul, foram instrumentos impuros e temporários na obra de Deus (1Samuel 10:10-11).
Apostasia significa a acção de renegar algo, normalmente relacionado com a renúncia de uma religião ou da fé religiosa.
b) Engano carnal. Falsos profetas podem imitar as realizações divinas, de modo que pareçam milagres verdadeiros. O mágico Simão iludia o povo de Samaria com truques de magia (Actos 8:9-11); exorcistas tentaram usar o nome de Jesus para expulsar demónios (Actos 19:13-16); os magos egípcios não conseguiram copiar a terceira praga (Êxodo 8:7, 18-19). Cada um deles fingia ter algum poder sobrenatural até ser frustrado.
c) Poder satânico. No intuito de influenciar os homens contra Deus, Satanás pode executar grandes sinais por meio de falsos profetas, os seus ministros (2Coríntios 11:13-15). E conforme se aproximam os últimos dias, Satanás agirá de maneira ainda mais aberta com poder, sinais e prodígios, por meio dos seus enviados, de maneira a, se possível fosse, enganar os próprios eleitos de Deus (Apocalipse 13:11-14).
d) Permissão divina. Deus pode permitir que Satanás realize coisas impressionantes, como fogo a cair do céu e vento impetuoso, além de incitar roubos e enfermidades (Jó 1:12-19; 2:6-7). O próprio apóstolo Paulo foi atingido fisicamente pela actuação satânica, sob permissão de Deus (2Coríntios 12:7-9). Na lei de Moisés, se um profeta tivesse a predicção concretizada, mas incitasse o povo à idolatria, isso era sinal de que Deus havia concedido a realização da sua profecia a fim de testar a fidelidade de Israel, diante de um falso profeta (Deuteronómio 13:1-5).
5. O que 2Coríntios 12:7-9 nos ensina sobre a permissão de Deus para a actuação de Satanás?
Na verdade, quaisquer manifestações ou actuações malignas contra o povo de Deus serão resultado da combinação entre o pecado humano e a malícia de Satanás, debaixo da soberana vontade do Senhor. Mas isso não isenta a igreja de estar alerta contra essas investidas.
4. OBSERVEM OS FRUTOS TERRENOS
Na sua pedagogia, o Salvador não apenas avisa os seus discípulos contra os falsos profetas, mas também os orienta sobre como discerni-los - e o faz na tão familiar forma de parábola agrícola. Assim como o sentido da analogia da árvore e dos seus frutos era claro para os ouvintes dos dias de Jesus, ainda hoje é óbvio que não se colhem uvas dos espinheiros, nem figos dos abrolhos; percebe-se um contraste proposital no qual frutos muito apreciados são procurados em plantas completamente imprestáveis (Mateus 7:16-20). A ilustração tem um significado inequívoco, repetido objectivamente no início e no fim: Pelos frutos se conhece uma árvore - e também um profeta.
Apesar de não podermos contemplar o interior do coração de outra pessoa, podemos deduzir o que há no seu interior a partir do que se manifesta do lado de fora (Mateus 12:34-35). Com a nossa fala, nós expressamos o que há no nosso coração, de maneira que, se temos guardado bons princípios e valores, isso se manifestará quando abrimos a nossa boca; a grande questão é que se pode guardar coisas boas ou más (Lucas 6:45-46). Más palavras e más atitudes implicam um mau coração.
6. Como podemos relacionar o texto de Mateus 12:34-35 aos falsos profetas?
É claro que, no caso dos lobos disfarçados de ovelhas, os frutos serão enganosos. Isso não quer dizer que o princípio bíblico de examinar os frutos seja invalidado pelos falsos profetas. Mas significa que, em alguns casos, será necessário esperar um pouco para ter o real discernimento dos frutos. O apóstolo Paulo orientou os jovens pastores que tutelava a observar o ministério desses homens, para ver se o seu ensino produziu fé ou descrença, se a sua actuação conduziu a igreja à paz ou à discórdia, se o seu exemplo motivou os homens à santificação ou à imitação do mundo, se a sua liderança aproximou as pessoas de Deus ou as manteve ligadas a si mesmas - em suma, se edificam ou destroem o rebanho de Deus (1Timóteo 1:4; 6:4-5; 2Timóteo 2:23). Da mesma maneira, Jesus nos ensina a nos perguntarmos que efeitos os ensinamentos desses homens estão a produzir na igreja. Por vezes, a falsidade de um ensino pode não aparecer claramente, a partir de uma análise do seu conteúdo; em algum tempo, os resultados demonstrarão que não eram genuínos servos de Deus.
5. AGUARDEM O JULGAMENTO DIVINO
Falsos profetas têm aparência traiçoeira, fala mentirosa, operam os sinais que podem iludir muito bem e, por vezes, os resultados dos seus enganos não se mostram em tempo hábil. Daí a importância dos elementos escatológicos do texto.
Escatologia é uma teoria relativa aos acontecimentos do fim do mundo e da humanidade, ou seja, as últimas coisas que devem acontecer antes e depois da extinção da vida na Terra.
Primeiramente, há o "fogo" (Mateus 7:19), pois Jesus promete que a árvore infrutífera será lançada ao fogo, uma expressão que aponta para o julgamento final; o Filho do Homem lançará no fogo todos aqueles que trouxeram escândalo e praticaram iniquidade, colocados à esquerda do Grande Rei (Mateus 13:40-42; 25:41-46). Em seguida, a referência "àquele dia" (Mateus 7:22): nesse contexto, "o dia" é uma referência bíblica inconfundível ao grande dia do juízo final (Isaías 2:11-17; Sofonias 1:7-16; Lucas 10:12; 1Tessalonicenses 5:1-4). É importante lembrar que será também um dia de recompensa para aqueles que fizeram a vontade do Senhor e creram no seu nome (2Timóteo 4:8). Por fim, o vocativo "Senhor" (Mateus 7:22) que, como já dissemos, está a indicar mais do que um pronome de tratamento respeitoso, mas a posição exaltada ocupada por Jesus no dia de julgamento.
7. Ao tomar por base o texto de Mateus 13:40-42, vamos fazer o paralelo entre lobos e ovelhas, joio e trigo.
Cristo estará a exercer o papel de Juiz supremo, ao declarar aos incrédulos a sua condenação eterna e aos justificados a sua bem-aventurança eterna (Mateus 25:31-33; 2Coríntios 5:10) e o seu senhorio será reconhecido por todas as criaturas, inclusive aqueles que nunca se submeteram a ele em vida. Note-se que eles argumentam directamente contra ele, e ele "diz explícita mente" (literalmente: "declararei") que não os conhece, o que sugere que o critério do julgamento é o relacionamento estabelecido com Jesus pela fé (João 3:18-19, 36). É por meio de Jesus que Deus julga todos os habitantes da Terra.
A Sua sentença final sobre os falsos profetas e lobos disfarçados inclui desmascaramento e castigo. Jesus declara que nunca os conheceu (Mateus 7:23); isso certamente não significa que Cristo não saiba quem são aqueles homens, já que ele é o Juiz deles, e sabe muito bem quem são, quais os seus frutos e até as suas motivações. Na Bíblia, o conhecimento do homem por Deus refere-se à aprovação divina e comunhão; Deus conhece tudo sobre todos, ainda assim, é o caminho dos justos que ele "conhece", não o do ímpio (Salmo 1:5-6). Cristo não os conhece porque eles "praticam a iniquidade", isto é, vivem alienados da justiça divina. Essas declarações públicas do Juiz servem para desmascarar o disfarce de ovelha desses lobos, que passaram a vida a falar em nome de Deus, mas são obreiros da iniquidade (Mateus 7:23). Por fim, os falsos profetas recebem a sua pena, nas duras palavras do Juiz: "Apartai-vos de mim" (Mateus 7:23). Nesse contexto escatológico, a ordem para se apartar significa uma terrível sentença de que não terão mais oportunidade de se achegar a Deus nem entrar no céu, preparado para os justos: a porta se fechou, ao restar apenas a horrorosa existência reservada aos ímpios, de "choro e ranger de dentes" (Lucas 13:27-28).
8. O que implica a expressão "choro e ranger de dentes", de Lucas 13:27-28, para os falsos profetas?
CONCLUSÃO
Jesus alertou à sua igreja para que testasse aqueles que se levantam como profetas, líderes e mestres no seu meio. As aparências enganam, bem como o discurso, mas somente o Espírito de Deus poderá dar frutos espirituais ao ministério de alguém. Se não houver esses frutos, tais líderes devem ser rejeitados pelos discípulos. De todo modo, a confiança dos fiéis reside na confiança nas promessas das Escrituras, de que "naquele dia", tudo que está encoberto será revelado e julgado pelo Senhor da igreja.
Antes E Depois Da Cruz
Hebreus 9:15-17 "Por isso mesmo, Ele é o Mediador da nova aliança, a fim de que, intervindo a morte para remissão das transgressões que havia sob a primeira aliança, recebam a promessa da eterna herança aqueles que têm sido chamados. Porque, onde há testamento, é necessário que intervenha a morte do testador; Pois, um testamento só é confirmado no caso de mortos; visto que de maneira nenhuma tem força de lei enquanto vive o testador".
Fora da graça de Deus, existe judaísmo, se um gentio, ou seja, uma pessoa que não tem sangue de Israel nas suas veias, começar a viver como um judeu cristão, na realidade, vive uma vida de escravidão. Lido acima que Jesus, é o mediador de uma Nova Aliança. Hebreus 8:6 "Agora, com efeito, obteve Jesus ministério tanto mais excelente, quanto é Ele também Mediador de superior aliança instituída com base em superiores promessas".
O que Paulo quer dizer com isto?
Que tudo o que Jesus conquistou, consumou na cruz é melhor, é superior a qualquer lei ou regulamento instituído por Moisés.
Hebreus 8:13 "Quando ele diz Nova, torna antiquada a primeira. Ora, aquilo que se torna antiquado e envelhecido está prestes a desaparecer".
Porque é antiquada e envelhecida? Jesus veio trazer um novo e vivo caminho; não é mais o envelhecido e antiquado; a lei de Moisés com sacrifícios, purificações, obrigações, forma de viver aquém da proposta de Deus. Jesus torna antiquado o envelhecido. O velho à luz da Bíblia Sagrada, que é a lei de Moisés, tem que desaparecer porque deve haver uma reforma, conforme Hebreus 9:10 "Os quais não passam de ordenanças da carne, baseadas somente em comidas, e bebidas, e diversas abluções, impostas até ao tempo oportuno de reforma.
Paulo anunciou que quando houvesse a reforma, a lei iria desaparecer da vida dos gentios. Ele iniciou essa reforma; mas quando morreu a reforma acabou. Em 1525, Martinho Lutero, reiniciou a reforma de Paulo, João Calvino deu continuidade, e outros o seguiram, mas a verdade é que essa reforma foi apagada. Urge, agora, uma reforma no seio da Igreja Protestante, como houve no seio da Igreja Católica. Este ministério está empenhado nisto.
O que Paulo trouxe como Reforma?
A compreensão da genuína Graça de Deus que liberta o povo da ilusão de liberdade que a lei promove, mas a lei escraviza o povo de Deus. Há uma Nova Aliança, nós não podemos viver da velha aliança. Ninguém imagina a guerra pública que o Ministério Cristo Vive trouxe ao mundo; de um lado, o Espírito diz: "é por Graça"; do outro, o sistema diz: "é por lei"; temos que definir dentro do nosso coração qual é a mensagem que nos serve; a mensagem libertadora, ou a mensagem escravizadora. Hebreus 7:18-19 "Portanto, por um lado, se revoga a anterior ordenança, por causa de sua fraqueza e inutilidade (pois a lei nunca aperfeiçoou coisa alguma), e, por outro lado, se introduz esperança superior, pela qual nos chegamos a Deus".
Por que os pregadores da Palavra não lêem esta Palavra e não a aplicam? Se foi revogada a anterior ordenança, ela não pode mais ser trazida ao Altar! Tudo o que se fizer: lamber o chão, ficar horas de joelhos, fazer vigílias, pagar o preço, é inútil e fraco, por que insistir nisto? Mas o inimigo das nossas almas que não pode mais nos tocar, nem penetrar na nossa vida, tem utilizado a lei para que, em vez de haver uma Igreja feliz e liberta, vai continuar a haver um sistema escravizador, que é o sistema protestante.
Qual é a esperança superior que foi introduzida?
A Graça de Deus! Ora, se temos uma mensagem que é uma esperança superior, por que vamos viver do que é inferior?! Se temos uma mensagem que é Espírito e vida, porque vamos viver de uma mensagem que é inferior e inútil? Vamos levantar 21 itens para salientar o que a graça nos mostra:
1º A questão do pecado.
Antes da Cruz havia pecado. João 1:29 "No dia seguinte, viu João a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!"
Depois da cruz. Hebreus 9:26 "Ora, neste caso, seria necessário que ele tivesse sofrido muitas vezes desde a fundação do mundo; agora, porém, ao se cumprirem os tempos, se manifestou uma vez por todas, para aniquilar, pelo sacrifício de si mesmo, o pecado". O pecado foi aniquilado.
2º Antes da cruz havia a lei de Moisés.
Mateus 5:17 "Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim para revogar, vim para cumprir". Lá, vigia a lei de Moisés.
Depois da cruz. Romanos 10:4 "Porque o fim da lei é Cristo, para justiça de todo aquele que crê". Antes da cruz a Lei, depois da cruz a fé.
3º Antes da cruz havia morte.
Diz em Romanos 5:17 "Se, pela ofensa de um e por meio de um só, reinou a morte, muito mais os que recebem a abundância da graça e o dom da justiça reinarão em vida por meio de um só, a saber, Jesus Cristo".
Depois da cruz: a Graça.
4º Antes da cruz se vivia de obras.
Diz Romanos 10:5 "Ora, Moisés escreveu que o homem que praticar a justiça decorrente da lei viverá por ela".
Depois da cruz. Romanos 1:17 "visto que a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé, como está escrito: O justo viverá por fé". O viver é por fé e graça.
5º Antes da cruz, Jesus era chamado Jesus de Nazaré.
1 João 2:6 "Aquele que diz que permanece nele, esse deve também andar assim como Ele andou". Isto era antes da cruz, e muitos crentes ainda andam assim.
Depois da cruz, Jesus Ressuscitado. Romanos 7:4 "Assim, meus irmãos, também vós morrestes relativamente à lei, por meio do corpo de Cristo, para pertencerdes a outro, a saber, aquele que ressuscitou dentre os mortos, a fim de que frutifiquemos para Deus".
6º Antes da cruz, possibilidade do inferno.
Mateus 18:9 "Se um dos teus olhos te faz tropeçar, arranca-o e lança-o fora de ti; melhor é entrares na vida com um só dos teus olhos do que, tendo dois, seres lançado no inferno de fogo". Nas 14 epístolas de Paulo, não se vê uma única vez, ele a falar de inferno, porque o inferno não é para os filhos de Deus, é para o diabo e os seus seguidores. Paulo não falou de inferno. Apocalipse 20:15 "E, se alguém não foi achado inscrito no Livro da Vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo".
Quem não tem o nome no livro da vida, sim vai para o lago de fogo e enxofre, mas nós temos o nome inscrito no Livro da Vida e ninguém o pode apagar. Será que acreditamos que Deus nos fez para o lago de enxofre?
7º Antes da cruz havia 12 apóstolos.
Mateus 10:1-4 "Tendo chamado os seus doze discípulos, deu-lhes Jesus autoridade sobre espíritos imundos para os expelir e para curar toda sorte de doenças e enfermidades. Ora os nomes são... e Judas Iscariotes, que foi quem o traiu".
Depois da cruz um único apóstolo, Paulo. 1 Coríntios 4:15 "Porque, ainda que tivésseis milhares de preceptores em Cristo, não teríeis, contudo, muitos pais; pois eu, pelo evangelho, vos gerei em Cristo Jesus". Fomos gerados pelo Evangelho da Graça. A mensagem para a igreja gentílica vem do Apóstolo Paulo, e à mensagem da Graça de Deus.
8º Antes da cruz, ministério da circuncisão.
Gálatas 2:6-7 "E, quanto àqueles que pareciam ser de maior influência (quais tenham sido, outrora, não interessa; Deus não aceita a aparência do homem), esses, digo, que me pareciam ser alguma coisa nada me acrescentaram; antes,... o evangelho da incircuncisão me fora confiado, como a Pedro o da circuncisão".
Depois da cruz, o evangelho da incircuncisão.
9º Antes da cruz se dizia: Deus te abençoe.
Números 6:24-27 "O SENHOR te abençoe e te guarde; o SENHOR faça resplandecer o rosto sobre ti e tenha misericórdia de ti; o SENHOR sobre ti levante o rosto e te dê a paz. Assim, porão o meu nome sobre os filhos de Israel, e eu os abençoarei". Isto é o velho pacto.
Depois da cruz, Novo Pacto. Efésios 1:3 "Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo". A Bíblia diz que Cristo já nos abençoou!
10º Antes da cruz Satanás estava vivo, dominante.
João 12:31 "Chegou o momento de ser julgado este mundo, e agora o seu príncipe será expulso". Não tinha sido expulso ainda. Deus disse: vai ser expulso. O que aconteceu com Satanás? Foi destruído. 1 João 3:8 "Aquele que pratica o pecado procede do diabo, porque o diabo vive pecando desde o princípio. Para isto se manifestou o Filho de Deus: para destruir as obras do diabo". Hebreus 2:14 "Visto, pois, que os filhos têm participação comum de carne e sangue, destes também ele, igualmente, participou, para que, por sua morte, destruísse aquele que tem o poder da morte, a saber, o diabo". Se o Diabo foi expulso, foi destruído, por que as igrejas trazem o diabo para dentro delas?
11º Antes do Novo Pacto, antes da cruz, a mensagem era de arrependimento.
Mateus 4:17 "Daí por diante, passou Jesus a pregar e a dizer: Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus". Era a mensagem.
Depois da cruz, mensagem reconciliadora, ministério da Reconciliação. 2 Coríntios 5:18-20 "Ora, tudo provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação... De sorte que somos embaixadores em nome de Cristo, como se Deus exortasse por nosso intermédio. Em nome de Cristo, pois, rogamos que vos reconcilieis com Deus".
12º Antes da cruz, o importante para servir a Deus, era adorar.
João 4:24 diz: "Deus é espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade".
Depois da cruz: Efésios 1:5-6 "Nos predestinou para Ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade, para louvor da glória de sua graça, que Ele nos concedeu gratuitamente no Amado". Agora, não é mais adoração, é louvor e glória a Deus.
13º Antes da cruz, cristão judaizante.
Gálatas 2:14 "Quando, porém, vi que não procediam correctamente, segundo a verdade do evangelho, disse a Cefas, na presença de todos: se, sendo tu judeu, vives como gentio e não como judeu, por que obrigas os gentios a viverem como judeus?" Pedro obrigava os gentios a viverem como os judeus. Hoje, a igreja tradicional obriga os gentios a viverem como judeus.
Depois da cruz, cristianismo: Actos 11:25-26 "E partiu Barnabé para Tarso à procura de Saulo: tendo-o encontrado, levou-o para Antioquia. E, por todo um ano, se reuniram naquela igreja e ensinaram numerosa multidão. Em Antioquia, foram os discípulos, pela primeira vez, chamados cristãos". Foi lá que surgiu a nomenclatura cristianismo.
14º Antes da cruz, batismo em águas, para arrependimento de pecados.
Mateus 3:6 e 11 "...e eram por ele batizados no rio Jordão, confessando os seus pecados. Eu vos batizo com água, para arrependimento; mas aquele que vem depois de mim é mais poderoso do que eu, cujas sandálias não sou digno de levar. Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo".
Depois da cruz, Batismo com Espírito Santo. "Mas depois de mim vem um mais poderoso, ele vos batizará com Espírito Santo e com fogo". Efésios 4:5 "Há um só Senhor, uma só fé, um só batismo;" Romanos 6:3 "Ou, porventura, ignorais que todos nós que fomos batizados em Cristo Jesus fomos batizados na sua morte?" Não mais o baptismo de João nas águas, é o baptismo em Cristo, no Espírito Santo.
15º Antes da cruz, Páscoa judaica.
Mateus 26:17 "No primeiro dia da Festa dos Pães Asmos, vieram os discípulos a Jesus e lhe perguntaram: Onde queres que te façamos os preparativos para comeres a Páscoa?"
Depois da cruz, ressurreição, Cristo nossa Páscoa. 1 Coríntios 5:7: "Lançai fora o velho fermento, para que sejais nova massa, como sois, de facto, sem fermento. Pois também Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi imolado".
16º Antes da cruz Shabatum judaico.
Lucas 23:56 "Então, se retiraram para preparar aromas e bálsamos. E, no sábado, descansaram, segundo o mandamento". Esse retirado era o sábado judaico.
Depois da cruz, o repouso. Hebreus 4:9-10 "Portanto, resta um repouso para o povo de Deus. Porque aquele que entrou no descanso de Deus, também ele mesmo descansou de suas obras, como Deus das suas". O Shabatum é Jesus em nós. Cristo em nós é a esperança da glória.
17º Antes da cruz, o velho pacto.
Mateus 5:17 "Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim para revogar, vim para cumprir".
Depois da Cruz, Novo Pacto. Hebreus 10:9-10 "Eis aqui, estou para fazer, ó Deus, a tua vontade".Remove o primeiro para estabelecer o segundo. No velho pacto, 613 mandamentos, sacrifícios, jejuns, batismos, lei, pagar o preço, o diabo... O Novo Pacto, remove o primeiro e estabelece o segundo, tira a lei, coloca a Graça.
18º Antes da cruz, havia lei e os levitas.
Hebreus 7:12 "Pois, quando se muda o sacerdócio, necessariamente, há também mudança de lei". Qual era o sacerdócio no antigo pacto? Moisés e os levitas.
Depois da cruz, Novo Pacto, somos reis e sacerdotes, ministros de uma Nova Aliança.
19º Antes da cruz, a lei era uma sombra.
Hebreus 10:1 "Ora, visto que a lei tem sombra dos bens vindouros, não a imagem real das coisas, nunca jamais pode tornar perfeitos os ofertantes, com os mesmos sacrifícios que, ano após ano, perpetuamente, eles oferecem".
Depois da cruz, Novo Pacto, a realidade de Cristo em nós. A Graça de Deus torna perfeitos, os ofertantes. Na Graça de Deus, nós não temos símbolos, temos o próprio Deus dentro de nós.
20º Antes da cruz, havia fé humana.
Hebreus 2:4 "Dando Deus testemunho juntamente com eles, por sinais, prodígios e vários milagres e por distribuições do Espírito Santo, segundo a sua vontade".
Depois da cruz, a fé é dom, é pela graça. Efésios 2:8 "...pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus".
21º Antes da cruz, as obras mortas.
Hebreus 6:1-2 "Por isso, pondo de parte os princípios elementares da doutrina de Cristo, deixemo-nos levar para o que é perfeito, não lançando, de novo, a base do arrependimento de obras mortas e da fé em Deus, o ensino de batismos e da imposição de mãos, da ressurreição dos mortos e do juízo eterno".
Depois da cruz, servir ao Deus vivo e verdadeiro. 1 Tessalonicenses 1:9 "Pois eles mesmos, no tocante a nós, proclamam que repercussão teve o nosso ingresso no vosso meio, e como, deixando os ídolos, vos convertestes a Deus, para servirdes o Deus vivo e verdadeiro". Na graça, as obras são preparadas de antemão.
Deus está a fazer a reforma desde 1986 no Brasil. A luta travada contra o sistema legalista tem sido constante, mas insistimos na pregação da revelação da Graça de Deus. Ou será que vivemos o Novo Pacto da Graça e nos tornamos crentes libertos das amarras da lei, ou vivemos o Velho Pacto, sujeitos a uma permanente escravidão.
Nós não estamos sozinhos, Deus está connosco
"Eis que vem a hora e já é chegada, em que sereis dispersos, cada um para sua casa, e me deixareis só; contudo, não estou só, porque o Pai está comigo" (João 16:32).
Na escura caverna entre as colinas do Sinai estava escondido o grande profeta Elias. Poucos dias antes, ele havia alcançado grande vitória sobre os profetas de Baal no cume do Monte Carmelo. Num grande desafio, havia orado ao Senhor a pedir fogo do céu sobre o altar. O Senhor, de maneira espectacular, respondera à sua oração. Missão cumprida! Elias vira o povo voltar-se para Deus. A chuva copiosa caíra sobre a terra de Israel depois de três anos e meio de seca terrível. A destruição dos profetas de Baal trouxe uma conotação de purificação e de esperança para a nação.
Entretanto a rainha Jezabel lhe enviara um mensageiro para dizer que, no dia seguinte, estaria morto, assim como ele matara os profetas de Baal. E o profeta de Deus tremeu. A depressão bateu-lhe no peito. Todo o gozo da vitória foi substituído pela auto-compaixão. Solitário, partiu para o deserto. Deitou-se debaixo de um zimbro e pediu a Deus a morte. O Senhor, porém, não desistira do seu profeta. Enviou-lhe um anjo para dar-lhe pão e água. E, com a força dessa comida, Elias caminhou até o monte Horebe e entrou numa caverna.
Elias sentia-se só e abandonado. "O que fazes aqui, Elias?" disse-lhe o Senhor. "Você não está sozinho em Israel! Eu separei para mim sete mil homens que não dobraram os seus joelhos a Baal! Estão ao seu lado; volte, ainda há muito o que fazer!" Hoje, essa palavra do Senhor se aplica ao nosso coração. Às vezes, nos sentimos deprimidos e desencorajados pela intimidação do inimigo. Contudo, temos de nos lembrar de que não estamos sozinhos: o Senhor está connosco! Os seus anjos acampam-se ao nosso redor para nos livrar do mal. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século, disse Jesus (Mateus 28:20). Devemos sair da caverna! Nós não estamos sós! Devemos nos levantar; ainda há muito o que fazer!
PAI CELESTE, OBRIGADO PORQUE ESTÁS SEMPRE CONNOSCO. ABRE OS NOSSOS OLHOS PARA CONTEMPLARMOS ESSA REALIDADE. LIVRA-NOS DA DEPRESSÃO E DA AUTO-COMPAIXÃO E DÁ-NOS UMA VISÃO AMPLA E CLARA DA TUA VONTADE PARA NÓS. AMÉM.