RESUMO DA BÍBLIA
A Bíblia em Resumo
Este texto foi realizado por mim com um significado evangelístico. Esta ideia surgiu quando ao começar este blogue e ao saber que a Bíblia por algumas pessoas é tida como um livro de difícil compreensão. Por este motivo escrevo este texto para mostrar o tema central da Bíblia: Jesus Cristo, o nosso Senhor. Ao apontar desde o Antigo Testamento das profecias que Deus já tinha indicado ao seu povo de Israel, o cumprimento de todas elas no Novo Testamento, o nascimento e o crescimento da Igreja e, finalmente, as profecias que ainda se irão cumprir: O Apocalipse.
Espero também que este texto possa ajudar na Evangelização de todos os meus amigos e outras pessoas também, para saberem pelo menos o básico do que as Escrituras contêm.

Antigo
Testamento
História
do Povo Escolhido e Profecias acerca do Messias
Introdução
A Bíblia é a revelação de Deus acerca da Sua vontade para os homens. Ele é o verdadeiro autor, apenas inspirou homens que verdadeiramente criam Nele para escreverem na forma como conhecemos. Foram cerca de 40 pessoas de diferentes culturas, intelectos e regiões, a descreverem o mesmo Deus e a utilizarem os mesmos termos, obra humanamente impossível de ser realizada.
A Bíblia revela-nos um Deus trino (Trindade): Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo. Os três são um, e revelam-Se do início ao fim das Escrituras. No Antigo Testamento podemos observar com mais clareza a obra do Pai com a preparação do povo de Israel, no Novo Testamento, a obra do Filho, ao ser enviado para a salvação dos homens, e do Espírito Santo, com a Sua presença constante na Igreja após o retorno de Cristo aos Céus.
Estudo do Velho Testamento - De Génesis a Malaquias
O primeiro relato da Bíblia é sobre a criação do Planeta Terra, dos seres vivos e do homem. O homem foi o único ser formado à imagem e semelhança do próprio Deus e o seu dever era dominar sobre toda a Terra. O Criador apenas deu uma ordem: não comer do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal. Mas o homem (Adão e Eva), seduzido por Satanás, desobedeceu a Deus e comeu do fruto. Nesse momento, o pecado dominou sobre toda a criação de Deus. O homem, que havia sido feito para ser eterno, recebeu a condição de pecador e o seu destino passa a ser a morte. Como consequência deste pecado, Deus não podia mais (devido à Sua santidade), descer ao nível do homem (que está no pecado) e conviver com ele, senão o destruiria. Então, com o Seu infinito amor, Deus determina uma maneira para a aproximação com Ele: o sacrifício de animais. Esta atitude serviria como uma prova concreta de que o homem cria na Sua provisão para ser justificado do pecado.
O homem deveria declarar pela fé que o seu pecado seria passado para o animal e que aquela criatura inocente morreria em seu lugar. A morte era necessária, porque as Escrituras nos ensinam que o salário, ou seja, o pagamento do pecado é a morte (Romanos 6:23). Somente com a morte é possível a justificação. Todo aquele acto do homem com o sacrifício de animais significava fé. Somente através da fé o homem conseguiria agradar ao Senhor.
Essa, na verdade, seria uma maneira provisória, pois o plano de Deus sempre foi enviar um Salvador, um Messias, para assumir a posição do animal sacrificado e pagar de uma vez por todas a dívida do homem. Deus então começa a dar indícios de como enviaria esse Salvador, mas até que Ele surgisse, o homem teria que permanecer a crer nas Suas providências e a cumprir os Seus mandamentos. Essa primeira época da história do homem é chamada de Tempo da Lei.
Profecia: entregue a Adão e Eva
Deus colocou o mundo sob uma maldição por causa do pecado, mas imediatamente pôs em acção um plano para restaurar o homem e toda a criação à sua glória original, ao dar logo no terceiro capítulo da Bíblia a primeira profecia a respeito da vinda de Cristo: Alguém, nascido de mulher, viria para esmagar a cabeça de Satanás.
"Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua semente e a semente da mulher. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar" Génesis 3:15.

Profecia:
entregue a Abraão
Com o tempo, a descendência de Adão e Eva vai se espalhando pela Terra e, com ela, o mal se multiplica: homicídios, desobediência, prostituição... Então, como parte do Seu plano de redenção, Deus chama a Abraão para deixar a terra em que estava para ir até Canaã, ao prometer que através da família dele, iria abençoar todas as nações da Terra. Com essas promessas, Deus tinha três objectivos: formar um povo que receberia a Sua palavra e a guardasse; ter um povo como prova de que Ele existe e separar o povo do qual viria o Messias.
"Disse o Senhor a Abraão: Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai e vai para a terra que te mostrarei; de ti farei uma grande nação, te abençoarei e te engrandecerei o nome. Sê tu uma bênção! Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão benditas todas as famílias da terra" Génesis 12:1-3.

Profecia:
Entregue à Tribo de Judá
Logo após as promessas de Deus a Abraão, a Bíblia mostra a história da sua família: Abraão gera a Isaque, e Isaque a Jacó, e deles a família cresce sobremaneira. A família de Abraão é o povo de Israel. Jacó teve ao todo 12 filhos: Rúben, Simeão, Levi, Judá, Dã, Naftali, Gade, Aser, Issacar, Zebulom, José e Benjamim. A descendência desses filhos é separada como Tribo. Cada filho constituiria uma Tribo de Israel. Deus agora especifica ainda mais de quem viria o Messias: da Tribo de Judá:
"O cetro não se arredará de Judá, nem o bastão de entre seus pés, até que venha Siló; e a ele obedecerão os povos" Génesis 49:10.
Geração de Abraão - José, filho de Jacó
A Bíblia agora foca na história de um dos filhos: José, vendido pelos seus irmãos e levado cativo ao Egipto. Com a inspiração de Deus, José revela o significado de um sonho de Faraó, no qual prevê que a região experimentaria sete anos de grande prosperidade e igual período de seca e fome. Aconselhou a Faraó o armazenamento de comida para os anos de penúria, e este o estabeleceu como governador de todo o Egipto. Devido a escassez de comida, o povo de Israel migra para lá a fim de conseguir alimento e é abençoada através da vida de José. Eles crescem, multiplicam-se e tornam-se um povo forte. Passado um tempo da morte de José, levantou-se uma nova autoridade sobre o Egipto que não o conhecia. Esse homem, ao ver como o povo de Israel estava a ficar próspero e numeroso, e com medo de que crescesse ainda mais, o escravizou. A nação não alcança a terra prometida por Deus a Abraão, e durante muitos anos fica sob o domínio do Egipto.

Geração
de Jacó - Moisés, da tribo de Levi
Deus então levanta Moisés (da Tribo de Levi) para tirar o povo do jugo dos egípcios, manda 10 pragas para que o Faraó libertasse o povo, e depois de libertá-lo, realizou vários milagres para que reconhecessem que Ele é o Senhor. O povo peregrina pelo deserto durante 40 anos rumo à terra de Canaã. Durante o período do deserto, Deus entrega ao povo a Lei (os 10 mandamentos), ensina como deve ser feita a adoração a Ele (todos os rituais tipificam Jesus Cristo) e faz uma Aliança com o povo (Antigo Testamento): se eles permanecessem fiéis a Deus e não seguissem a idolatria das nações ao seu redor, eles iriam prosperar. Se eles abandonassem a Deus e seguissem a falsos deuses, então cairia sobre eles a disciplina (maldições).
Essa questão era extremamente importante, porque Deus precisava de um povo separado, santo e fiel aqui na Terra para enviar o Messias. Mas os israelitas pecam contra o Senhor, fazem deuses de prata e ouro e os adoram, mesmo ao ter contacto directo com Deus. Eles corrompem-se e não crêem no Deus verdadeiro. Por causa dessa desobediência, apenas os filhos daquela geração e dois homens (Josué, sucessor de Moisés, e calebe), que permaneceram firmes na fé, conquistaram a terra prometida.

O
governo dos juízes
Depois da morte de Josué, a Bíblia conta que o povo novamente abandona a Deus. Mas Ele, com a sua infinita bondade, levanta juízes para governar a nação na terra prometida. Esse período é marcado por grandes oscilações na fé do povo. Quando Israel estava sob pressão dos povos inimigos, pediam socorro a Deus; Ele compadecia-se, lembrava da Aliança, e levantava um juiz que, sob a Sua direcção, vencia os inimigos e encaminhava o povo novamente ao Seu encontro. Mas quando morria o juiz, o povo desviava-se novamente, passava a adorar outros deuses e os inimigos dominavam de novo. O livro de Juízes mostra que isso aconteceu várias vezes. Entre os juízes que Deus constituiu temos: Gideão, Débora, Sansão e, por último, Samuel.

O
governo dos reis
Quando Samuel já estava velho, o povo deseja ser como as outras nações da Terra, e pede que seja constituído um rei sobre eles. Esse foi o maior erro de Israel, pois até aquele momento Deus era o seu Rei, que governava através de homens que constituía. Saul então é levantado como o 1º rei. Com o passar do tempo, o seu coração enche-se de orgulho, passa a andar por caminhos errados e desobedece ao Senhor. Após a sua morte, Deus levanta Davi.

Profecia:
Entregue a Davi
Davi é um dos personagens mais impressionantes da Bíblia em matéria de obediência. Ele recebeu o título "homem segundo o coração de Deus", conquistou Jerusalém e a estabeleceu como capital de Israel. A ele, Deus promete que, da sua descendência viria o Messias, que se assentaria no trono eternamente.
"Quando teus dias se cumprirem e descansares com teus pais, então, farei levantar depois de ti o teu descendente, que procederá de ti, e estabelecerei o seu reino. Este edificará uma casa ao meu nome, e eu estabelecerei para sempre o trono do seu reino. Eu lhe serei por pai, e ele me será por filho (...). Porém a tua casa e o teu reino serão firmados para sempre diante de ti; teu trono será estabelecido para sempre" 2 Samuel 7:12-14, 16.
Divisão do reino
Após o reino de Davi, Salomão, o seu filho, assumiu o trono com apenas 20 anos. Ele pediu a Deus sabedoria e por causa desse pedido ficou muito famoso por todo o mundo, a ponto de incomodar outros reis quanto à veracidade do que se falava a respeito da sua sabedoria e riqueza. Mas Salomão transgrediu a lei do Senhor, ao tomar mulheres estrangeiras para si e a construir altares a outros deuses. Deus então determina o juízo no reinado após Salomão: o reino seria dividido: O reino do Sul, com as Tribos de Judá e Benjamim; e o reino do Norte, com as outras dez Tribos. O reino do Sul chamou-se Judá, e o reino do Norte, chamou-se Israel.
A partir da divisão, os dois reinos tornaram-se cada vez mais fracos, afastaram-se da Lei de Moisés e caminharam rumo à inevitável queda. O espírito de rebelião tornou-se a principal marca do Reino do Norte (Israel) que, ao longo de 209 anos teve ao todo 19 reis de dez dinastias diferentes e depois ao cair sob o domínio da Assíria, para onde foram arrastados cativos. O Reino do Sul (Judá) resistiu um pouco mais (345), ao vir finalmente a cair diante da super-potência, Babilónia, que cercou Jerusalém, saqueou o Templo e destruiu a Cidade Santa e levou os judeus para o cativeiro, por cerca de 70 anos. No meio de todo este período Deus levanta profetas para orientar os judeus a arrependerem-se dos seus pecados e importantes declarações a respeito do Messias são dadas:

Profecias: Entregues aos Profetas
Sobre o Seu nascimento:

Malaquias 3:1 - Promessa de um precursor que prepararia a Sua vinda
"Eis que eu envio o meu mensageiro, que preparará o caminho diante de mim; de repente, virá ao seu templo o Senhor, a quem vós buscais, o anjo da aliança, a quem vós desejais; eis que ele vem, diz o Senhor dos Exércitos".
Isaías 7:14-16 - Nasceria de uma virgem
"Portanto, o Senhor mesmo vos dará um sinal: eis que a virgem conceberá e dará a luz um filho e lhe chamará Emanuel".
Isaías 9:1-7 - Seria o próprio Deus
"Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o principado está sobre os seus ombros e; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz".

Miquéias 5:2 - Nasceria em Belém-Efrata
"E tu, Belém-Efrata, pequena demais para figurar como grupo de milhares de Judá, de ti me sairá o que há de reinar em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade".
Daniel 9:24-26 - Nasceria num tempo pré-determinado
"Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar, e para edificar a Jerusalém, até ao Messias, o Príncipe, haverá sete semanas, e sessenta e duas semanas..."
Isaías 60:6 - Receberia presentes
"A multidão de camelos te cobrirá, os dromedários de Midiã e de Efá: todos virão de Sabá; trarão ouro e incenso e publicarão os louvores do Senhor".
Oséias 11:1 - Fugiria para o Egipto
"Quando Israel era menino, eu o amei; e do Egipto chamei o meu filho".

Jeremias 31:15 - Matança dos meninos de Belém
"Assim diz o Senhor: Ouviu-se um clamor em Ramá, pranto e grande lamento; era Raquel chorando por seus filhos e inconsolável por causa deles, porque já não existem".
Sobre o Seu ministério:

Isaías 42:1 - Receberia o Espírito de Deus
"Eis aqui o meu servo, a quem te sustento; o meu escolhido, em que minha alma se compraz; pus sobre ele o meu Espírito e ele promulgará o direito aos gentios".

Isaías 9:1-2 - Estaria na Galileia
"Mas para os que estavam aflitos não haverá mais obscuridade. No passado ele envileceu a terra de Zebulom e a terra de Naftali, mas nos últimos a enobreceu junto ao caminho do mar, além do Jordão, a Galileia das nações. O povo que andava em trevas viu uma grande luz; sobre os que habitavam na região da sombra da morte resplandeceu a luz".

Isaías 35:5-6 - Realizaria Milagres
"Então, se abrirão os olhos dos cegos e se desimpedirão os ouvidos dos surdos; os coxos saltarão como cervos e a língua dos mudos cantará; pois águas arrebentarão no deserto e ribeiro, no ermo".
Isaías 6:9-10 - Falaria por Parábolas
"Então disse ele: Vai e dize a este povo: ouvi, ouvi e não entendais; vede, vede, mas não percebais. Torna insensível o coração deste povo, endureça-lhes os ouvidos e fecha-lhes os olhos, a ouvir com os ouvidos e a entender com o coração e se converta, e seja salvo".

Zacarias 9:9 - Entraria em Jerusalém montado num jumentinho
"Alegra-te muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de Jerusalém: eis aí te vem o teu Rei, justo e salvador, humilde, montado num jumento, num jumentinho, cria de jumenta".
Sobre a Sua morte:

Zacarias 11:12 - Seria vendido por trinta moedas de prata
"Eu lhes disse: Se parece bem aos vossos olhos, dai-me o que me é devido, se não deixa-o. Pesaram pois o meu salário, trinta moedas de prata".
Isaías 50:6 - Seria golpeado e cuspido
"As minhas costas dei aos que me feriam, as minhas faces aos que me arrancavam os cabelos, não escondi a minha face dos que me afrontavam e me cuspiam".
Isaías 53:3 - Seria desprezado por parte dos judeus
"Era desprezado e o mais indigno entre os homens, homem de dores e experimentado no sofrimento. Como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado e não fizemos dele caso algum".

Isaías 53:5 - Seria açoitado e ferido
"Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados".
Isaías 53:7 - Permaneceria em silêncio quando fosse acusado
"Ele foi oprimido e humilhado, mas não abriu sua boca, como cordeiro foi levado ao matadouro e como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu sua boca".
Salmo 22:18 - As suas roupas seriam repartidas e sorteadas
"Repartem entre si as minhas vestes e lançam sortes sobre minha túnica".
Isaías 53:12 - Seria crucificado com os malfeitores
"Foi contado com os transgressores, contudo levou sobre si o pecado de muitos...".
Isaías 53:12 - Intercederia pelos seus algozes
"...levou sobre si o pecado de muitos e pelos transgressores intercedeu".
Salmo 69:21 - Sentiria sede e receberia vinagre e fel
"Por alimento me deram fel e na minha sede me deram a beber vinagre".
Amós 8:9 - Haveria trevas sobre a Terra
"Sucederá que naquele dia, diz o Senhor Deus, farei o sol se ponha ao meio-dia e entenebrecerei a terra em dia claro".
Salmo 22:1 - Se sentiria abandonado por Deus
"Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?".
Salmo 31:5 - Entregaria o Seu Espírito a Deus
"Nas tuas mãos entrego o meu espírito; tu me remiste, Senhor, Deus da verdade".
Salmo 34:20 - Os seus ossos não seriam quebrados
"Ele lhe preserva todos os seus ossos, nem sequer um deles será quebrado".
Isaías 53:9 - Seria sepultado como rico
"Deram-lhe sepultura com os ímpios, mas com o rico esteve na sua morte, embora nunca tivesse cometido injustiça, nem houvesse engano na sua boca".
Sobre a Sua Ressurreição:
Salmo 16:10 - O Seu corpo não experimentaria a corrupção
"Pois não deixarás a minha alma na morte, nem permitirás que o teu Santo veja corrupção".
Salmo 49:15 - Seria liberto do túmulo
"Mas Deus remirá a Minha alma do poder da sepultura, pois Me receberá".
Período Interbíblico - Os 400 anos de Silêncio
Após todo esse tempo de importantes revelações a respeito do Messias, e de insistentemente os profetas clamarem para o povo voltar os seus olhos para Deus, Israel passou por um período muito turbulento. Deus fica em profundo silêncio durante 400 anos, sem levantar profeta para falar com a nação, pois o povo estava em completa rebeldia, pois havia-se entregue às graças da Babilónia, da promiscuidade, da adoração a falsos deuses e, por isso, o Senhor permitiu que os esforços dos homens, na resolução dos problemas espirituais, falhassem; que a filosofia se esmigalhasse, que o poder material enfadasse as almas, que a imoralidade religiosa desiludisse a todos; que a corrupção crescesse, ao mostrar assim ao homem a inutilidade de tais sistemas e instituições. Depois de duras provas, o povo retornou a Jerusalém, reedificou a cidade e prosseguiu a sua história, cujo término se verificou no domínio romano. Herodes foi nomeado por Roma como rei da Judeia e passou a governar um grande território. Neste cenário, o Messias é enviado:
Novo Testamento
Cumprimento da Profecia acerca do Messias e certeza da Sua volta
No Novo Testamento entra o ponto culminante da Palavra de Deus: o Messias é enviado. Esse período da história é chamado de Tempo da Graça.
1ª Parte - Vinda de Cristo - Evangelhos Mateus, Marcos, Lucas e João
Informações prévias sobre Jesus Cristo
Jesus (no hebraico Y'shua, significa "O Senhor Salva") é a segunda pessoa da Trindade, o Deus Filho. Como vimos, Ele é o próprio Deus, por isso estava presente em todos os eventos da humanidade, como também na criação de todas as coisas.
"No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e sem ele, nada do que foi feito se fez (...). O Verbo estava no mundo, o mundo foi feito por intermédio dele (...). E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos sua glória, glória como do unigénito do Pai" João 1:1-14.
Jesus precisava resolver o problema do pecado do homem. Ele veio para iniciar uma nova raça, pois Adão havia "estragado" o plano original da criação. Veio para começar tudo de novo, viver o que o homem vive, mas ao passar por tudo sem pecado. Desta forma, assim como por Adão o mundo inteiro se tornou pecador, através de Cristo, e somente por meio Dele, todo o mundo se tornaria justificado diante de Deus. Jesus substituiu o sacrifício de animais, Ele tomou sobre si todo o pecado da humanidade e, pelo Seu sangue [pagamento do pecado], todos os que crêem passam a ter os seus pecados perdoados pelo Pai.
"Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram (...). Se pela ofensa de um só, morreram muitos, muito mais a graça de Deus e o dom pela graça de um só homem, Jesus Cristo, foram abundantes sobre muitos" Romanos 5:12 e 15.

João Baptista, o precursor da vinda do Salvador
Antes do nascimento de Jesus, a Bíblia mostra a história de um sacerdote chamado Zacarias, cuja mulher Isabel era estéril. Eles eram justos diante de Deus e cumpriam todos os mandamentos. Certo dia, Zacarias estava estava a orar no Templo e um anjo do Senhor apareceu a ele a anunciar que em breve Isabel teria um filho, e este menino iria preparar o caminho do Messias (profecia: Malaquias 3:1). O seu nome seria João. João Baptista cresceu e, conforme o anjo havia falado, começou a pregar ao povo, ao clamar para que se arrependesse dos seus pecados e fosse baptizado, pois o Messias estava a chegar.

O nascimento e infância de Jesus
Após alguns meses que havia avisado a esposa de Zacarias, Deus envia o anjo Gabriel até Maria, prima de Isabel, menina virgem (profecia: Isaías 7:14) que estava noiva de José, um descendente de Davi (profecias: Génesis 12:1-3; 2 Samuel 7:12; Génesis 3:15). O anjo fala-lhe que o Senhor havia achado graça nela, e que por isso, ela daria à luz ao Filho de Deus. Ele seria concebido pelo Espírito Santo e o Seu nome seria Jesus. José ficou chocado com a gravidez de Maria e resolveu abandoná-la secretamente, mas um anjo apareceu-lhe em sonho, explicou a situação e o instruiu a casar-se com ela como planeado. José não consumou o casamento enquanto Maria não deu à luz. Jesus nasceu em Belém (profecia: Miquéias 5:2) e foi adorado por pastores e uns magos que haviam sido avisados por Deus do Seu nascimento. Esses magos entregaram ouro, incenso e mirra como presente (profecia: Isaías 60:6). Quando o rei Herodes ficou a saber, alarmou-se, porque essa criança renovaria a esperança dos judeus de serem libertos, pois estavam a ser escravizados e a pagar altos tributos a Roma. Deus, ao saber dos planos malignos no coração do rei, avisa José em sonho para fugirem ao Egipto (profecia: Oséias 11:1). Herodes manda matar todos os meninos de Belém e dos seus arredores, de dois anos para baixo (profecia: Jeremias 31:15). Somente após a sua morte, Deus envia um anjo para avisar José para irem até às regiões da Galileia. Lá José exerceu a profissão de carpinteiro e Jesus cresceu cheio de sabedoria e da graça de Deus.
Ministério de Jesus
Jesus cumpriu todas as ordenanças da Lei dada por Deus ao povo e, provavelmente iniciou o seu ministério aos 30 anos, porque um dos requisitos da Lei era ter a partir dessa idade para exercer qualquer cargo no sacerdócio. Caso tivesse iniciado o seu ministério antes, provavelmente nem seria ouvido pelos judeus. Jesus foi baptizado por João Baptista mesmo ao não precisar arrepender-se de qualquer transgressão, isto porque Ele precisava cumprir toda a justiça e dar o exemplo ao homem. Cristo jamais pede ao ser humano para realizar qualquer coisa que Ele mesmo não tenha feito.
A Trindade manifestou-se no Baptismo. A Bíblia mostra-nos que se ouviu a voz de Deus ao dizer "Esse é o meu filho amado, em ti me comprazo" e o Espírito Santo desceu sobre Jesus em forma de pomba (profecia: Isaías 42:1). Aqui Jesus deixa de deixa de ser "o menino que nasceu" para ser "o filho que foi dado" (Isaías 9:1-7). Ele claramente tira o vínculo com a Sua família na Terra e passa a enfatizar e focalizar que o Pai o enviou para a salvação dos homens:
"Foram ter com ele sua mãe e seus irmãos, e não podiam aproximar-se dele por causa da multidão. Foi-lhe dito: Tua mãe e teus irmãos estão lá fora e querem ver-te. Respondeu ele: Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a palavra de Deus e a executam" Lucas 8:19-21.
"O Pai ama o Filho, e todas as coisas tem confiado às suas mãos. Por isso, quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus" João 3:35-36.

A tentação no deserto
O Espírito Santo guiou Jesus ao deserto e ali Ele permaneceu sem alimentar-se durante 40 dias. Ao aproveitar o momento em que Cristo estava enfraquecido pela fome, o diabo veio e procurou tentá-Lo de várias maneiras. Jesus lutou conta os Seus próprios desejos e necessidades e venceu Satanás, ao não se deixar influenciar por nada. É necessário compreender que Jesus precisava passar por esta batalha para nos mostrar que é possível resistirmos ao diabo, assim como Ele mesmo o fez. Por isso, para seguir a Cristo é necessário lutar contra todo o tipo de desejo e pecado que Satanás oferece para nos desviar do caminho. E esta luta só pode ser vencida com a ajuda de Jesus.
Após a tentação no deserto, Jesus voltou para a Galileia, mas ao ouvir que João Baptista havia sido preso, deixa Nazaré e vai morar na cidade de Cafarnaum, situada à beira mar, nos confins de Zebulom e Naftali (profecia Isaías 9:1-2). Desde então começou a pregar.

O chamado dos discípulos
Jesus escolheu 12 homens que O acompanhassem nas Suas viagens. Eles teriam a responsabilidade de espalhar o Evangelho depois que Cristo voltasse para o Céu. Jesus fez desses homens líderes vigorosos e porta-vozes capazes de transmitir com clareza a fé cristã.
Os doze foram:
- Os irmãos e pescadores André e Simão Pedro;
- Tiago (Filho de Zebedeu) e João, também irmãos;
- Filipe, homem que Jesus chamou individualmente.
- Filipe apresentou Natanael (Bartolomeu) a Cristo e este também foi chamado para segui-Lo;
- Mateus, colector de impostos;
- Tiago (Filho de Alfeu), cujos Evangelhos fazem pequenas referências;
- Tomé, pouca coisa se sabe sobre o seu passado e família;
- Simão Zelote, a Bíblia não indica quando foi convidado;
- Judas (não o Iscariotes);
- Judas Iscariotes, colocado sempre no fim da lista dos discípulos, por ter sido o traidor de Jesus. Foi substituído depois por Matias.

Os ensinamentos
Jesus percorreu toda a Galileia, Decápolis, Jerusalém, Judeia e além do Jordão, ao ensinar nas sinagogas e a realizar muitos milagres e sinais (profecia: Isaías 35:5-6), que autenticavam ser Ele o Messias prometido. Ele curava toda a sorte de enfermidades entre o povo e a Sua fama correu por toda a Síria. Muitos traziam os seus doentes e endemoninhados para serem curados. Numerosa multidão passou a segui-Lo. Quando Jesus começou a falar sobre o Reino dos Céus, todo aquele povo começou a ficar confuso, pois até aquele momento estavam acostumados com os ensinos religiosos que eram passados pelos escribas e fariseus (o típico religioso, cheio de dogmas e regras, mas cujo coração está longe de Deus), esses homens colocaram as tradições no lugar da verdadeira Palavra. Jesus então começou a quebrar todos aqueles rituais e tradicionalismos, ao mostrar que Deus estava preocupado com o interior do homem, pois o exterior é apenas um reflexo do que está em abundância no seu coração.

1. O Sermão do Monte (Mateus 5-7)
Nesse discurso Jesus mostrou quais deveriam ser as características das pessoas que herdarão o Reino dos Céus. Aqui Ele não está a falar de como ser salvo, mas como devem ser aqueles que já O aceitaram como Salvador. Nenhum ser humano sozinho tem a capacidade de ser da maneira como Cristo mostrou, somente aqueles que verdadeiramente O seguem e possuem o Espírito Santo dentro de si. Não devemos desanimar ao lermos as características, devemos aceitar a Jesus primeiro, que Ele nos ajudará a cumpri-las.
Os humildes de espírito: Aqueles que sabem e reconhecem humildemente que em si mesmos não há recurso, não há como conquistar a salvação. Cuja justiça excedia a dos escribas e fariseus (com esta declaração Jesus começou a ser perseguido pelos religiosos, pois estava a expor a falsa doutrina ensinada, ao mostrar serem erróneos e hipócritas).
Os que praticam a justiça: Muitas pessoas acreditam que por não matar ou roubar são dignas do Céu. Aqui Jesus ensina que isto não basta. Ele fala sobre tudo aquilo que desagrada a Deus e condena o homem (o adultério, falsos juramentos, a vingança, falta de amor pelos inimigos, os que ficam a divulgar as suas boas acções, a adorarem a vários deuses...). Jesus também explica como vencer a todas essas coisas e ainda ensina que a oração não deve ser feita com vãs repetições, mas como uma conversa com Deus, que o jejum deve ser feito entre a pessoa e Deus, jamais deve ficar a divulgar aos outros a sua prática; Alerta sobre os falsos profetas e declara que nem todos os que O chamam de Senhor herdarão o Reino; E Jesus já nos adianta: a porta que conduz à salvação é estreita, difícil de entrar. Tem que haver renúncia das coisas do mundo. Mas larga é a porta que conduz ao inferno, onde tudo é permitido.
Os que estão firmados na Rocha (Jesus): Jesus encerra o Sermão do Monte ao dizer que todo aquele que ouvir as Suas palavras será comparado com um homem que edificou a sua casa sobre a rocha, onde mesmo ao passar por chuvas e ventos, esta não cairá. Agora, todo aquele que não ouvir, será comparado com um homem que edificou a sua casa sobre a areia que, ao passar por chuvas e ventos, esta desabará. Jesus é a Rocha! Ele estava a ilustrar que todas as pessoas que seguirem a qualquer tipo de doutrina religiosa que não O vê como único e suficiente Salvador serão destruídas. Os firmados na Rocha sabem em Quem crêem.
2. As Parábolas (Mateus 13)
Com todas as declarações de Jesus, os fariseus ficaram completamente irados e tentavam de toda a maneira incriminá-Lo, mas nada encontravam para que isso acontecesse. Jesus continuou a curar e a instruir os apóstolos, ao dizer que aqueles que O seguissem passariam por grandes dificuldades, pois teriam que negar até mesmo as suas famílias para cumprir a Palavra, mas a recompensa seria eterna. Jesus também ensinou por meio de parábolas (profecia: Isaías 6:9-10), pois assim, aqueles que não cressem não entenderiam a mensagem, mas os que cressem entenderiam claramente:
A parábola do semeador: Nesta parábola Jesus fala sobre a ministração do Evangelho. Ele diz que muitas pessoas entenderão as Escrituras, crerão e viverão essa nova vida, esse novo nascimento, enquanto que outras ouvirão superficialmente, de maneira que a Palavra não entrará nos seus corações, ao fazer com que rapidamente se esqueçam do que ouviram falar. Jesus descreve que essas pessoas que não compreenderem a mensagem, o Maligno (Satanás) irá retirar todo o indício do que havia sido semeado e, por isso, vai ser como se nunca tivessem ouvido, ao não causar qualquer mudança nas suas vidas.
A parábola do trigo e do joio: Embora essa também fale de semeadura, o enfoque aqui é outro. Aqui Jesus ensina que o Seu Evangelho (trigo) será plantado no mundo, mas no meio dele, Satanás irá plantar o falso (joio), as duas sementes crescerão juntas, as do Evangelho de Cristo e as sementes do Maligno, mas no final, o joio será colhido e lançado no fogo, mas a boa semente herdará o Reino dos Céus.
A parábola da rede: Aqui Jesus fala mais uma vez do destino eterno dos que crerem e dos que não crerem. Os justos serão separados, enquanto que os ímpios serão lançados na fornalha de fogo, e ali haverá choro e ranger de dentes.
A parábola do rico e do mendigo (Lucas 16:19-31): Aqui Jesus ensina sobre o mundo após a morte. Ele descreve que só existem dois destinos para o homem: o céu ou o inferno, e que esses lugares jamais poderão ser alterados após a morte (sejam por orações de intercessão pelos mortos, oferendas ou sacrifícios, nada disso muda o destino da pessoa). Da mesma maneira, um morto não pode voltar a esta vida, quer como guia, para atender às invocações do espiritismo, quer como santos, para atender às súplicas do povo.
A história: Jesus conta a história de dois homens: um rico e um mendigo; um em gozo e fartura e outro em sofrimento e penúria. Ambos, porém, morreram. Foram sepultados. Quando morreram, Lázaro foi para o céu e o rico para o inferno. Lázaro no gozo e o rico em tormento.
O rico suplica ao pai Abraão (Deus) que Lázaro molhe a ponta do dedo e lhe refresque a língua, pois está atormentado nas chamas. Deus respondeu-lhe que isso não era possível, pois havia um grande abismo entre os dois, de maneira que os que quisessem passar do céu para o inferno não poderiam, nem os do inferno para o céu.
O rico então implorou a Deus que mandasse Lázaro a casa dos seus familiares para contar como era o inferno, para que eles não fossem para lá. Mas Deus falou que isso era impossível, e que eles tinham as palavras de Moisés e dos profetas (Bíblia) para conhecer os dois lugares e como ir para um e para o outro. Mas o rico insistiu ao alegar que se os seus familiares vissem a Lázaro ressurrecto dentre os mortos, se arrependeriam. E Deus encerra ao falar que se eles não davam crédito às palavras de Moisés e dos profetas também não se deixariam persuadir ainda que alguém ressuscitasse dentre os mortos (analogia feita por Jesus a Ele mesmo, que ressuscitaria).
Pontos que podemos observar com este texto:
- a.
A salvação da alma só é possível nesta vida e somente aqui.
- b.
Depois da morte não há salvação; se houvesse, Deus teria atendido
o rico.
- c.
Lázaro foi para o céu, porque cria na Palavra dos Profetas e não
por ser pobre. O rico foi para o inferno, porque não creu na
Palavra.
- d.
Há somente dois lugares na eternidade: céu e inferno. Se há apenas
dois lugares, segue-se que não há purgatório e nem reencarnação.
- e.
Ao deixar este mundo, cada um seguirá o seu destino, já traçado
nesta vida.
- f.
Jesus e as Escrituras dizem que existem dois lugares distintos, o
paraíso e o inferno.
- g.
Do céu ninguém volta à terra e nem do inferno; também do céu
ninguém passará para o inferno e nem do inferno para o céu.
- h.
Céu e inferno são eternos.
A Bíblia ensina o caminho para o céu (Jesus).
Jesus começou a predizer aos discípulos que necessariamente Ele deveria seguir para Jerusalém e sofrer muitas coisas dos principais sacerdotes e escribas, de maneira que seria morto, mas ao terceiro dia ressuscitaria. E declara que aqueles que o seguissem deveriam negar as suas próprias vidas por amor ao Evangelho.
"Porquanto, quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a vida por minha causa achá-la-á; Pois que aproveitará o homem se ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Ou que dará o homem em troca da sua alma? Porque o Filho do Homem há de vir na glória de seu Pai, com os seus anjos, e, então, retribuirá a cada um conforme as suas obras" Mateus 16:25-27.
Quando Jesus, os discípulos e a multidão se aproximaram de Jerusalém, Cristo entrou na cidade montado num jumentinho (profecia: Zacarias 9:9). A maior parte do povo reconheceu a profecia e clamou: "Hosana ao Filho de Davi! Bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana nas maiores alturas".

3. O Sermão Profético (Mateus 24-25)
Este é o maior discurso sobre o Reino dos Céus dito por Cristo. Os discípulos já sabiam que Ele seria morto, mas que ressuscitaria ao terceiro dia, e que retornaria a esta Terra para resgatar os Seus. Então, eles questionam a Jesus (em particular) sobre quais sinais seriam dados de que estaria a aproximar-se a Sua vinda e a consumação do século. Jesus então faz um resumo de como sucederão as coisas, um resumo do Apocalipse.
O princípio das dores: Jesus fala sobre enganadores que dirão serem "o Cristo" em quem muitos acreditarão; guerras e rumores de guerras; nações seriam levantadas contra nações, reino contra reino; fomes; terremotos em vários lugares; os cristãos serão atribulados e mortos; haverá multiplicação da iniquidade, ao fazer com que o amor de muitos esfriasse; falsos profetas a enganar a muitos; a pregação do Evangelho por todo o mundo, para testemunho a todas as nações, então virá o fim.
A grande tribulação: Haverá uma grande tribulação, como nunca houve desde o princípio do mundo. Ela será intensa, universal, marcada pela apostasia. Jesus alerta sobre o Anticristo, com os seus falsos profetas, ao operarem grandes sinais e prodígios para enganar.
A vinda do Filho do Homem: Após a tribulação, o sol e a lua escurecerão, as estrelas cairão, e os poderes dos céus serão abalados. Então Ele retornará nas alturas, com grande poder e glória, e todo o olho O verá. Estará acompanhado dos anjos e todos verão a Sua glória.
Exortação à vigilância: Jesus diz que quando acontecerem estas coisas, o fim estará próximo. Porém ninguém saberá o dia, somente Deus. Aqui Cristo exorta para que todos fiquem atentos, pois as coisas acontecerão e muitos não irão perceber. E declara: "vigiai, porque não sabeis em que dia vem o vosso Senhor".
O grande julgamento: Aqui Jesus diz que quando vier e Se assentar no Seu trono de glória, todas as nações serão reunidas em sua presença e Ele separará uns dos outros, os que creram dos que não creram. Para os que perseveraram nas Suas palavras até ao fim Ele dirá: "Vinde benditos de meu Pai! Entrai na posse do reino que vos está preparado desde a fundação do mundo"; Para os que não O seguiram, Ele dirá: "Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos", e irão para o castigo eterno, enquanto os justos para a vida eterna.
"E Jesus clamou, dizendo: (...) Eu vim como luz para o mundo, afim de que todo aquele que crê em mim não permaneça nas trevas. Se alguém ouvir as minhas palavras e não as guardar, eu não o julgo; porque eu não vim para julgar o mundo, e sim para salvá-lo. Quem me rejeita e não recebe as minhas palavras tem quem o julgue; a própria palavra que tenho proferido, essa o julgará no último dia. Porque eu não tenho falado por mim mesmo, mas o Pai, que me enviou, esse me tem prescrito o que dizer e o que anunciar. Eu sei que o seu mandamento é a vida eterna" João 12:44-50.
Morte e Ressurreição de Jesus
A Prisão
Quando Jesus terminou todos esses ensinamentos, avisou os discípulos que dali a dois dias seria Páscoa, e Ele seria entregue para ser crucificado. Enquanto essas coisas aconteciam, Judas Iscariotes (um dos discípulos) foi aos principais sacerdotes e disse que entregaria Jesus por trinta moedas de prata (profecia: Zacarias 11:12). Jesus manda preparar a Ceia na casa de um homem. Quando entardeceu, Ele sentou-se à mesa com os discípulos e ensinou a prática da Santa Ceia. Quando não estivesse mais aqui, todos deveriam reunir-se em Sua memória, e lembrar que o pão representava o Seu corpo e o vinho o Seu sangue. Esse sangue representava a Nova Aliança. Jesus também declarou que um deles O trairia.
Em seguida, eles foram para um lugar chamado Getsêmani e Jesus pediu para que todos ficassem a vigiar, porque sabia que naquela noite seria entregue para a condenação. Neste momento observamos como Jesus, mesmo ao ser Deus, passou pelas aflições humanas, e por isso nos entende tão bem. A Bíblia diz que Ele ficou angustiado e com medo, ao pedir a Deus que se fosse possível, que passasse Dele aquele cálice, mas que se cumprisse a vontade do Pai. Quando Jesus parou de orar e foi ver os discípulos, todos estavam a dormir. Ele então recriminou a falta de vigilância deles, pois havia chegado a hora de ser entregue nas mãos dos pecadores, e o traidor estava a chegar. Enquanto ainda falava, Judas apareceu, deu-lhe um beijo como sinal de que Ele era o Cristo para os escribas, e eles O prenderam. Pedro, movido pelo instinto de proteger Jesus, cortou a orelha de Malco, o servo do sumo sacerdote. Jesus então o recrimina, diz que se quisesse, pediria ao Pai e Ele enviaria mais de doze legiões de anjos para O proteger, mas que era necessário que se cumprissem as Escrituras. Jesus cura então a orelha de Malco e é levado.

O Julgamento de Jesus
Jesus primeiro foi levado para a casa de Ceifás, o sumo sacerdote, onde estavam reunidos os escribas e fariseus. Eles procuravam algum testemunho contra Jesus para O condenarem à morte, mas não conseguiram, mesmo ao levar testemunhas falsas. Então, o sumo sacerdote lhe perguntou: "Eu te conjuro pelo Deus vivo que nos diga se tu és o Cristo, o Filho de Deus". E Jesus respondeu: "Tu o disseste. Entretanto, eu vos declaro que, desde agora, vereis o Filho do Homem assentado à direita do Todo Poderoso e vindo sobre as nuvens do céu".
Então, o sumo sacerdote declarou que as afirmações de Jesus eram uma blasfémia e que o tornavam digno de morte. Eles cuspiram em Seu rosto, deram-lhe murros e O esbofetearam (profecia: Isaías 50:6). Todos os principais sacerdotes então entraram em conselho para o matarem, O amarraram e levaram até ao governador Pilatos. Judas Iscariotes, ao ver que Jesus fora condenado, ficou com grande remorso e tentou devolver o dinheiro aos sacerdotes. Ao não aguentar o peso da culpa, enforcou-se. Ao chegar até Pilatos, Jesus foi interrogado, mas o governador não achou nele crime algum. Ao saber que era Páscoa, e que durante essa Festa era de costume soltar ao povo um dos seus presos, Pilatos deu a opção de os judeus soltarem Jesus ou um salteador chamado Barrabás, mas eles gritaram para que o bandido fosse liberto. Pilatos tentou persuadir o povo a não condenar Jesus, mas quanto mais tentava, havia maior tumulto. Atemorizado, então diz que estava inocente do sangue de Jesus e O entregou aos judeus que diziam "caia sobre nós o seu sangue e sobre os nossos filhos" (profecia: Isaías 53:3).
Os soldados levaram Jesus para o pretório, reuniram toda a corte, tiraram as Suas vestes, O cobriram com um manto escarlate, colocaram uma coroa de espinhos na Sua cabeça e na Sua mão direita um caniço e ajoelhavam-se diante de Jesus e O escarneciam, ao dizer "Salve, rei dos judeus". Cuspiram Nele e com o caniço batiam na Sua cabeça (profecia: Isaías 50:6 - Isaías 53:5). Depois de terem-no escarnecido, tiraram o manto, colocaram em Jesus as suas próprias roupas e o levaram para ser crucificado. Jesus, porém, nada dizia para que a Sua sentença fosse mudada (Isaías 53:7), pois sabia que esse sofrimento era necessário para a salvação do homem.

A Crucificação
Jesus carregou a Sua cruz, que possuía os dizeres "Jesus Nazareno, O Rei dos Judeus" (escritos por Pilatos) até ao Calvário, onde os soldados tiraram as Suas roupas, ao repartir em quatro partes, e as sortearam entre o povo (profecia: Salmos 22:18). Jesus foi levantado no madeiro com mais dois malfeitores (profecia: Isaías 53:12), ao ficar Ele no meio deles. Mesmo nesse momento de imensurável dor, Jesus pediu ao Pai para que perdoasse o povo, pois não sabiam o que estavam a fazer.
Um dos malfeitores blasfemava, mas o outro creu, ao pedir para que Jesus se lembrasse dele no Céu. Cristo então afirma que naquele mesmo dia se encontrariam no Paraíso (profecia: Isaías 53:12). Enquanto Cristo estava pendurado na cruz, a Bíblia descreve que o sol escureceu, ao haver trevas sobre toda a terra (profecia: Amós 8:9), e Ele se sentiu abandonado por Deus, ao dizer: "Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?" (profecia: Salmos 22:1). Ao ver que tudo já estava consumado, Jesus pediu água, mas os soldados embebedaram de vinagre uma esponja e colocaram na Sua boca (profecia: Salmos 69:21). Quando bebeu, disse: "Está consumado" e ao inclinar a cabeça clamou em alta voz: "Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito" (profecia: Salmos 31:5). E morreu. Naquele momento, o véu do santuário se rasgou em duas partes de alto a baixo, a terra tremeu e as rochas se fenderam. As Escrituras ainda descrevem que muitos salvos que já estavam mortos foram ressuscitados. O centurião e os outros soldados que estavam a observar a crucificação, ao ver o terremoto e tudo o que se passava, ficaram apavorados e declararam: "Verdadeiramente este era o Filho de Deus". Ao saber que no outro dia seria sábado (dia sagrado para os judeus por causa da Lei do Senhor), pediram a Pilatos para quebrar as pernas dos que estavam a ser crucificados e os tirassem dali. E assim fizeram com os dois malfeitores, mas ao verem que Jesus já estava morto, não lhe quebraram as pernas (profecia: Salmos 34:20).
O sepultamento
Quando já era final da tarde, um homem rico, bom e justo, que seguia a Jesus, chamado José de Arimateia, pediu a Pilatos o corpo de Cristo, e O retirou da cruz, envolvendo-O em um pano limpo de linho, e colocou-O em seu túmulo novo (profecia: Isaías 53:9), que havia aberto na rocha, e fechou a entrada com uma grande pedra. Maria, Maria Madalena e as mulheres que seguiam Jesus viram tudo o que se passava.
Os principais sacerdotes e os fariseus reuniram-se e foram até Pilatos para falar que, como Jesus havia dito que no terceiro dia ressuscitaria, colocasse seguranças na porta do sepulcro para que os discípulos não roubassem o corpo e depois dissessem que havia ressuscitado. Pilatos consentiu e colocou uma escolta na frente do túmulo.

A Ressurreição
No domingo de madrugada, foram as mulheres ao sepulcro. E houve então um grande terremoto, pois um anjo do Senhor desceu do céu, removeu a pedra do túmulo e se sentou sobre ela. A Bíblia descreve que esse anjo era como um relâmpago e a sua roupa alva como a neve. Os guardas, ao vê-lo ficaram petrificados pelo medo e o anjo disse às mulheres para que não temessem, porque Jesus não estava mais lá (profecia: Salmos 16:10 - 49:15), havia ressuscitado como tinha dito e as mandou falar aos discípulos e avisar para irem à Galileia, pois ali O veriam. Jesus então apareceu, e elas O abraçaram e O adoraram.
Os guardas foram até à cidade e contaram aos principais sacerdotes o que havia acontecido. Eles reuniram-se em um conselho e deram muito dinheiro aos soldados para que eles dissessem que o corpo de Jesus havia sido roubado enquanto dormiam. Maria, Maria Madalena, Joana e também as demais mulheres que estavam com elas, anunciaram tudo o que havia acontecido aos onze discípulos, mas eles não acreditaram. Mas Pedro correu ao sepulcro e viu que estava apenas o pano que cobrira o corpo de Cristo lá e ficou maravilhado. No mesmo dia, dois seguidores de Jesus estavam a ir até uma aldeia chamada Emaús, e a conversarem sobre as coisas que haviam acontecido. Então Jesus apareceu a eles, mas foram impedidos de reconhecê-Lo. E eles contaram a Jesus como se fosse uma pessoa desconhecida a tristeza dos seus corações, porque haviam crucificado o Mestre e a respeito dos testemunhos das mulheres. Eles convidaram Jesus para comer com eles, pois já estava tarde, e no meio da Ceia os seus olhos foram abertos e eles reconheceram Cristo e, naquele momento, Jesus desapareceu. Na mesma hora se levantaram e voltaram a Jerusalém para falar o que havia acontecido. Lá encontraram os discípulos reunidos, com as portas da casa trancadas, pois estavam com medo dos judeus, e enquanto ainda conversavam Jesus apareceu, mas todos ficaram apavorados. Ele então lhes mostrou as Suas mãos e pés, e pediu para que O tocassem e vissem que não era um espírito, mas tinha carne e ossos. Os discípulos muito se alegraram e naquele dia Jesus comeu com eles. A Bíblia descreve ainda outras vezes que Cristo apareceu a eles.
A explicação de Jesus sobre o que havia acontecido
Jesus explica a eles que era necessário que se cumprisse tudo o que estava escrito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos. Ele deveria padecer e ressuscitar dentre os mortos no terceiro dia e que em Seu nome se pregasse o arrependimento para a remissão dos pecados a todas as nações e eles seriam as testemunhas dessas coisas. Ele então os orienta a ficarem na cidade, pois eles seriam revestidos de poder. Jesus levou-os até Betânia, os abençoou e se retirou deles, ao ser elevado ao Céu. Eles então voltaram a Jerusalém a adorar ao Senhor com grande alegria e estavam sempre no Templo, a louvar a Deus.
2ª Parte - Estabelecimento da Igreja
Após a ressurreição de Cristo, passamos para a segunda parte do Novo Testamento, onde a Igreja surge. Começaremos a ver o ministério do Espírito Santo com mais clareza. Apesar de termos observado a Sua presença no decorrer de toda a Escritura, a Sua obra aqui é exposta explicitamente.
Informações prévias sobre o Espírito Santo
O Espírito Santo é a terceira pessoa da Trindade, Ele é o Próprio Deus e todos os Seus atributos revelam isso: Ele é Eterno (Hebreus 9:14), Omnipotente (Lucas 1:35; Actos 1:8), Omnipresente (Salmos 139:7-10), Omnisciente (1 Coríntios 2:10-11), Amoroso, Fiel (Gálatas 5:22), Verdadeiro (1 João 5:7), Santo. Ele foi a própria inspiração de Deus para que a Bíblia fosse escrita (2 Pedro 1:20-21). Com a ascensão de Jesus ao Céu, o Espírito Santo é derramado na Igreja para habitar nela. Ele é a presença de Deus constante naqueles que seguem a Jesus.
Livro de Actos dos Apóstolos - A História da Igreja

A descida do Espírito Santo
Jesus havia determinado que ninguém saísse de Jerusalém, mas esperassem a promessa do Pai e fossem baptizados com o Espírito Santo, ao receberem poder e ao serem as Suas testemunhas até aos confins da Terra. Eles obedeceram, ao perseverarem em oração. Pedro então propõe aos discípulos que escolhessem outro dentre eles para assumir o lugar que anteriormente era de Judas Iscariotes. Todos oraram, e o nome de Matias foi o escolhido.
Os apóstolos permaneceram em Jerusalém ao aguardarem a promessa. Passados 10 dias da ascensão de Jesus, durante a Festa de Pentecostes (comemoração feita 50 dias depois do domingo de Páscoa), eles estavam reunidos e, de repente, um som como um vento impetuoso encheu a casa onde o grupo estava. Línguas de fogo pousaram sobre cada um deles e começaram a falar em línguas estranhas, conforme o Espírito Santo os capacitava. Visitantes estrangeiros ouviram e ficaram perplexos, pois cada um ouvia falar em sua própria língua. Outros zombaram, ao dizerem que deviam estar embriagados, mas Pedro os fez calar e explicou que estavam a dar testemunho do derramamento do Espírito Santo, que havia sido predito também no Antigo Testamento pelo profeta Joel, e que cada um deles deveria se arrepender dos seus pecados para receberem também esse dom. Naquele dia, cerca de três mil pessoas aceitaram a Jesus.
A igreja primitiva
As pessoas iam aceitando a Jesus e a perseverarem na doutrina passada pelos apóstolos. Em cada pessoa havia temor, e muitos prodígios e sinais eram feitos por eles. Todos os que creram estavam juntos e tinham tudo em comum, ao esperarem que Cristo voltasse muito em breve.
Os cristãos de Jerusalém repartiam todos os seus bens, vendiam as suas propriedades e davam para distribuir os recursos ao grupo. Iam ao templo para orar, mas começaram a partilhar a Ceia ensinada por Jesus nos seus próprios lares, como uma lembrança da Aliança. Deus operava milagres de cura por intermédio deles. Pessoas enfermas reuniam-se no templo para que fossem tocadas pelos apóstolos no seu caminho para a oração. Esses milagres convenceram muitos de que os cristãos estavam verdadeiramente a servir a Deus.
As autoridades do templo, para suprimir o interesse das pessoas na nova religião, prenderam os apóstolos, mas Deus enviou um anjo para libertá-los, o que provocou mais excitação. A igreja crescia com tanta rapidez que os apóstolos tiveram que nomear sete homens para distribuir as tarefas. O dirigente desses homens era Estevão, a pessoa cheia de fé e do Espírito Santo. Certo dia, um grupo de judeus apanhou Estevão, ao acusá-lo de blasfémia, e levou-o ao conselho do sumo sacerdote. Estevão fez uma eloquente defesa da fé cristã, ao explicar como Jesus cumpriu as antigas profecias referentes ao Messias que libertaria o seu povo da escravidão do pecado, ao denunciar os judeus como traidores e assassinos do Filho de Deus. Ele ergueu os olhos para o céu e falou que estava a ver Jesus em pé, à direita de Deus. Isso enfureceu os judeus, que o levaram para fora da cidade e o apedrejaram até à morte. Este facto deu início a uma onda de perseguição contra a igreja em Jerusalém, ao fazer todos, excepto os apóstolos, serem dispersos pelas regiões da Judeia e Samaria.

A perseguição e conversão de Saulo
Todos os que foram dispersos, iam a pregar o Evangelho por toda a parte. Filipe desceu à cidade de Samaria e anunciou a Cristo. Multidões atenderam à Palavra e foram baptizadas, assim como muitos foram curados e libertos de espíritos malignos. Ao saberem disto, os apóstolos que estavam em Jerusalém enviam Pedro e João para que impusessem as mãos sobre eles e todos fossem baptizados com o Espírito Santo.
Um grande perseguidor da igreja primitiva foi Saulo, um fariseu, que conhecia profundamente o Antigo Testamento, as tradições do seu povo e a língua hebraica. Ele era tão bem versado no meio religioso de Israel, que recebeu dos principais sacerdotes autorização para perseguir os discípulos de Cristo que estavam em Damasco. Quando ele e os seus companheiros estavam próximos da cidade, foram envolvidos por uma luz do céu muito forte, ao fazer todos cair por terra. E Saulo viu Jesus e Ele lhe falou em hebraico. Os outros não conseguiram ver ninguém, mas ouviram a Sua voz. Jesus falou "Saulo, Saulo, por que me persegues? (...) Eu sou Jesus, a quem tu persegues; mas levanta-te e entra na cidade, onde te dirão o que te convém fazer". Os seus auxiliares o levaram até Damasco, onde ele permaneceu três dias, totalmente cego, sem comer e sem beber.
Enquanto isso, o Senhor apareceu a um discípulo chamado Ananias que morava em Damasco e o orientou a ir até uma casa e perguntasse por Saulo. Quando ele chegou lá, ao vê-lo impôs as mãos sobre ele e confirmou o chamado de Jesus em sua vida, e ele foi baptizado com o Espírito Santo. Imediatamente Saulo passou a enxergar. Ele então passou a testemunhar de Cristo a todos nas sinagogas de Damasco. Este acto perturbou muitos judeus e eles passaram a planear a sua execução. Mas os discípulos em Jerusalém o resgataram. Ele então vai com Barnabé para Tarso e de lá para a Antioquia, onde ensinaram na igreja durante um ano.
A obra missionária
Até ao momento, o Evangelho era pregado apenas aos judeus, mas Pedro ao receber uma visão do Senhor, hospeda em sua casa os gentios, povo não circunciso segundo a Lei, e começou a falar o Evangelho a eles também e, enquanto ainda falava, todos receberam o Espírito Santo. Desta forma eles entenderam que o Evangelho deveria ser pregado a todas as nações. Então, os que haviam sido dispersos por causa da perseguição, se espalharam até à Fenícia, Chipre e Antioquia ao anunciar as boas novas. Em Antioquia, os cristãos colectaram dinheiro para enviar Barnabé e Saulo a uma viagem missionária à Ásia Menor, essa foi a primeira de três que Saulo, agora chamado de Paulo, fez para levar o Evangelho aos recantos longínquos do Império Romano. Paulo foi preso, mas mesmo dentro do cárcere pregava o Evangelho e pessoas aceitavam. Quando liberto, continuava a obra missionária por toda a parte.
O governo eclesiástico
A princípio os seguidores de Jesus não viram a necessidade de desenvolver um sistema de governo da Igreja, pois esperavam que Cristo voltasse em breve por isso, tratavam os problemas internos à medida que surgiam. Paulo então escrevia cartas às igrejas para orientá-las, mas conforme elas cresciam, ao obter grande número de convertidos, viram a necessidade de divisão das tarefas, para atender a todos. Assim foram instituídos presbíteros para presidir os negócios de cada congregação. Líderes foram ordenados para o ministério. Paulo e os demais apóstolos reconheceram que o Espírito Santo concedia habilidades especiais de liderança a certas pessoas, assim conferiam um título oficial ao irmão ou irmã. Ao tempo em que Paulo escreveu as suas epístolas, os cristãos reconheciam a importância de preservar os ensinos de Jesus por intermédio de ministros que se consagravam e estudavam a Palavra.
A igreja primitiva realizava os cultos aos domingos, pois era o dia em que Jesus havia ressuscitado dentre os mortos. Eles reuniam-se no templo em Jerusalém, nas sinagogas ou nos lares. Nos cultos as pessoas ouviam o Evangelho, conforme aceitavam a Jesus eram baptizadas e participavam dos cânticos, dos testemunhos e palavras de exortação. Eles tomavam a refeição simbólica da Ceia do Senhor, ao celebrar o modo como Jesus havia liberto do pecado, e expressavam a sua esperança pelo dia que Cristo voltaria. Paulo descreve a igreja como "um só corpo de Cristo", onde todos estão unidos a Ele pelo Espírito Santo mediante a fé, ao personificar o reino de Deus no mundo.
Cartas às igrejas - Epístolas Paulinas e Gerais
O período que estamos a viver é exactamente este: a instituição da igreja e o ministério do Espírito Santo em todo aquele que aceita e segue a Jesus Cristo como o seu único e suficiente Salvador. As Epístolas que estão após o livro de Actos são instruções a todo o povo de Deus. Elas trazem de maneira bem simples e prática a vontade do Senhor para nós, não em forma de regras, mas de princípios.
A Igreja, diferentemente do que muitos pensam, não é uma instituição, ou um templo feito de tijolos, a Igreja de Cristo é todo aquele que verdadeiramente entregou a sua vida para ser um testemunho vivo na Terra. A Igreja é chamada de "noiva" de Jesus, pois aguarda todos os dias a volta do Mestre, ao ter a convicção, pela fé, que Deus irá cumprir a Sua promessa.
O templo da igreja é um local para se pregar o Evangelho e instruir os que aceitam a Jesus a como seguir os Seus passos. É um local de adoração, onde o crente aprende a Palavra e adora ao Senhor por tudo o que Ele tem feito, ao exercer os seus dons na obra.
Como aceitar a Jesus
Aceitar a Jesus é reconhecer o seu estado de pecador e a sua necessidade de salvação. Os padrões morais de Deus são altíssimos, por isso, não basta apenas não roubar, matar ou fazer qualquer mal. Para Deus todos são pecadores, porque estão sob a condição que Adão e Eva deixaram ao desobedecer, para Ele não há níveis de pecados. Se a pessoa não aceitou Jesus, ela pode ser um serial killer, como um pai de família, ambos são pecadores e estão condenados ao inferno.
Aceitar a Jesus é crer que Ele veio a este mundo para retirar a condição de pecador do homem e salvá-lo da condenação eterna. O Seu sangue na cruz foi vertido para justificar todo aquele que O tem como Seu único Senhor e Salvador.
Aceitar a Jesus é andar como Ele andou, ao falar do Seu amor e do Seu Evangelho, ao ser Sua testemunha 24 horas por dia a todas as pessoas, seja em casa, no trabalho ou no lazer. É renunciar as coisas do mundo, os falsos prazeres, para viver com Ele. No início tudo parece muito difícil, duro, pois os nossos prazeres e desejos estão nas coisas do mundo, mas quando abrimos o nosso coração a Deus e nos colocamos dispostos a mudar, a receber uma nova vida, começamos a ser capacitados. Mesmo que compreendamos tudo o que foi escrito neste resumo da Bíblia, sozinhos somos incapazes de realizar as coisas que estão escritas. Mas quando, sinceramente, aceitamos a Jesus e nos colocamos dispostos a mudar de vida, o Espírito Santo passa a habitar em nós e então começa uma acção sobrenatural de Deus, ao nos modificar aos poucos.
Esta modificação é feita pela graça de Deus, que nos capacita a viver da maneira que Ele deseja para nós. Esta graça é recebida através da oração que, como aprendemos com Jesus, não se trata de frases decoradas, mas de um diálogo com o Senhor, onde expomos os nossos medos, anseios e pensamentos, onde humildemente nos colocamos diante Dele, ao reconhecer que não há nada que nos capacite para fazer a Sua obra ou seguir a Sua vontade.
"Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós outros. Purificai as mãos, pecadores; e vós que sois de ânimo dobre, limpai o coração. Afligi-vos, lamentai e chorai. Converta-se o vosso riso em pranto, e a vossa alegria em tristeza. Humilhai-vos na presença do Senhor, e ele vos exaltará" Tiago 4:6-10.
Não devemos perder tempo para aceitar a Jesus. Ninguém tem o controle de quando será o seu último dia de vida. Se morrermos sem aceitá-Lo, o nosso destino será a morte, o lago de fogo com o diabo e os seus anjos. Devemos aceitar o dom gratuito de Deus: a Salvação por meio do Senhor Jesus e receber a vida eterna! Devemos nos ajoelhar diante de Deus e orar, falar que cremos e queremos viver com Ele. Deus então nos capacitará.
"Quando éreis escravos do pecado, estáveis isentos em relação à justiça. Naquele tempo, que resultados colhestes? Somente as coisas de que, agora, vos envergonhais; porque o fim delas é a morte. Agora, porém, libertos do pecado, transformados em servos de Deus, tendes o vosso fruto para santificação e, por fim, a vida eterna. Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor" Romanos 6:20-23.
3ª Parte - Apocalipse - Profecias acerca dos últimos tempos
O último livro da Bíblia é o Apocalipse, ele apresenta um Cristo glorioso a reinar. Os Evangelhos apresentaram Jesus como Salvador, que veio para levar a maldição do pecado, mas este livro mostra a Sua vitória completa e descreve o castigo e derrota de Satanás. O Apocalipse é o drama de todos os tempos. O enredo é pleno de tensão do começo ao fim, a sua cena final é a volta gloriosa de Jesus. Antes de falarmos (bem por alto) o que o livro do Apocalipse mostra, precisamos entender o que estará a acontecer, ou seja, o futuro da Igreja de Cristo.

Informações prévias ao livro - O Arrebatamento da Igreja
Paulo na sua carta aos Tessalonicenses apresentou revelações sobre a segunda vinda de Jesus, ao alertar a igreja para estar vigilante e em santificação, pois o Seu Salvador voltaria como havia prometido. Paulo descreve que um dia Jesus virá buscar a Sua Noiva, mas que não será visto pelo resto do mundo. Como um piscar de olhos, Ele arrebatará todos aquele que perseveraram na fé. Os mortos em Cristo ressuscitarão e os que estiverem vivos terão os seus corpos transformados, juntos serão levados ao encontro do Senhor nos ares e terão os seus corpos glorificados. Há teorias sobre isso acontecer antes, durante ou depois da Tribulação descrita no Apocalipse, mas o tempo não é o relevante, o que se deve ter certeza é que acontecerá e devemos estar preparados para esse dia.
O Livro das Revelações
O livro do Apocalipse é a revelação de Jesus dada a João, em 90 ou 96 anos d.C. Divide-se em 3 partes:
Passado - "As coisas que vistes" (Apocalipse 1:1-18)
Apocalipse inicia com o último quadro de Jesus apresentado no Novo Testamento: "Aquele que nos ama e, pelo seu sangue, nos libertou de nossos pecados (...) Aquele que é, que era e há de vir, o Todo Poderoso". João descreve Jesus de pé entre sete castiçais de ouro, que representam as igrejas (eles provam que a Igreja deve ser um luzeiro, como Jesus falou "Vós sois a luz do mundo"), e detalha a aparência de Cristo:
- "Com
vestes talares" (símbolo de dignidade e honra);
- "Cabelos
brancos como a alva lã" (Ele é o Ancião de dias);
- "Olhos
como chamas de fogo" (inteligência, ao trazer a luz às coisas
ocultas);
- "Pés
semelhantes ao bronze polido" (o bronze simboliza julgamento);
- "Voz
como voz de muitas águas" (poder e majestade);
- "Mão
direita" (Guarda nela os seus mistérios);
- "Boca
de onde saía uma espada afiada de dois gumes" (que pronunciava o
julgamento);
- "Rostos
brilhavam como o sol na sua força"
Presente - "As coisas que são" (Apocalipse 1:20 - 3:22)
Nos capítulos 2 e 3 de Apocalipse encontramos as cartas de amor de Cristo às igrejas. João descreve Jesus a ditar essas cartas aos ministros (anjos) das sete igrejas, às quais endereçou as cartas, ao dar palavras de louvor, repreensão, exortação e promessa. As igrejas mencionadas realmente existiam no tempo de João, mas ao tratar com elas, Jesus parece estar a dar, em sete períodos, uma breve história da Igreja, desde o primeiro século:
- Éfeso:
a
igreja do primeiro amor - A Igreja Apostólica: A igreja
reincidente, persistente no serviço, estrita na disciplina, mas ao
esfriar-se no amor.
- Esmirna:
a
igreja perseguida - De Diocleciano a Constantino: A igreja pobre,
mas verdadeiramente rica, que enfrenta um período de perseguição.
- Pérgamo:
a
igreja sob o favor imperial - Sob Constantino: A igreja num
ambiente perverso, firme, mas infectada com heresia.
- Tiatira:
a igreja papal - A Idade Média: A igreja de boas obras, mas que
tolera uma falsa profetisa.
- Sardes:
a
igreja da reforma - O Protestantismo dos séculos: A igreja
moribunda.
- Filadélfia:
a
igreja missionária - Iniciada com o movimento puritano: A igreja
fraca, mas fiel.
- Laodiceia:
a
igreja rejeitada - A igreja da apostasia final: A igreja morna,
satisfeita consigo mesma, que se orgulha da sua riqueza, mas que é
miserável, pobre, cega e nua.
Futuro - "As coisas que hão de acontecer" (Apocalipse 4:1 - 22:21)
A grande revelação propriamente dita desvenda-se com o som das trombetas. Em primeiro lugar aparece o trono de Deus, esse trono fala de julgamento (o trono da graça não aparece mais). A cena é de um tribunal. Na Cátedra está o Juiz de toda a Terra, com 24 anciãos, que constituem o corpo de jurados; os sete espíritos de Deus, como promotor; e os quatro seres viventes, como assistentes do tribunal, prontos para executar a vontade do Juiz.

A abertura dos selos
A abertura dos selos dá início ao que Jesus chamou lá no Sermão Profético de "A Grande Tribulação", como um tempo de tribulação como nunca houve antes. Durante este período, Deus permitirá que o pecado desenvolva os seus trágicos resultados. A mão do Senhor se retirará tanto do homem como do animal. A terra se encherá de guerras, fome e pestilência. O julgamento cairá sobre todos os que tenham rejeitado Jesus.

Os quatro cavaleiros
Quando os selos se rompem, são retiradas as restrições que até então barravam o mal na Terra. O homem colherá aquilo que semeou. A angústia e o horror desse período serão resultado da ambição, do ódio e da crueldade humana. Primeiro vemos chegar o cavalo branco, que representa o governo do anticristo, ao fazer um pacto de paz; Em seguida, o cavalo vermelho, que desencadeia no mundo uma guerra universal, quando a paz é retirada da Terra; Depois, o cavalo preto, da fome e da escassez e, por último, o cavalo amarelo, da peste e da morte.
As sete trombetas
Na 1ª trombeta a terça parte da terra, das árvores e de toda a erva verde é queimada; Na 2ª trombeta, é lançado no mar algo como um grande monte a arder em fogo, que mata a terça parte dos seres marítimos; Na 3ª trombeta, uma grande estrela, a arder como uma tocha, cai sobre a terça parte dos rios e fontes das águas; Na 4ª trombeta, a terça parte do sol, da lua e das estrelas é afectada. Apesar dos juízos destas quatro trombetas serem tremendos, vem um aviso de que as três últimas serão ainda piores, são chamadas de "ais".
Na 5ª trombeta, João descreve uma "estrela caída do céu para quem foi dada a chave do poço do abismo" ela significa Satanás. Ele abrirá o poço do abismo de onde sairá uma grande fumaça que escurecerá o sol e o ar, dela sairá gafanhotos que deverá atingir todos os homens que não tiverem o selo de Deus na fronte, ao atormentá-los sobremaneira, mas sem os matar. Os homens tentarão se matar, mas não conseguirão; Na 6ª trombeta a terça parte da humanidade será exterminada. Mesmo com todo este juízo, os homens que estarão vivos não se arrependerão das suas obras, irão continuar a adorar demónios e ídolos de ouro, prata, cobre, pedra e pau, que não podem ver, nem ouvir ou andar. Não se arrependerão dos seus assassínios, feitiçarias, prostituições e furtos. Na 7ª trombeta vozes vindas do céu anunciam que o reino do mundo tornou-se de Jesus, e Ele então reinará pelos séculos dos séculos.
"Graças te damos, Senhor Deus, Todo Poderoso, que és e que eras, porque assumiste o teu grande poder e passaste a reinar. Na verdade, as nações se enfureceram; chegou porém a tua ira, e o tempo determinado para serem julgados os mortos, para se dar o galardão aos teus servos, os profetas, os santos e aos que temem o teu nome, tanto os pequenos como aos grandes, e para destruirdes os que destroem a terra" Apocalipse 11:15-18.

As sete taças de ouro
Deus libera o Seu poder contra Satanás, ao derramar os últimos juízos sobre a Terra. No 1º flagelo, os homens que tinham a marca da besta e que adoravam o Maligno recebem cóleras; No 2º flagelo, o mar torna-se em sangue ao matar todo o ser vivente; No 3º flagelo, os rios e fontes de água também se tornam em sangue; No 4º flagelo, os homens são queimados, e permanecem a blasfemar o nome de Deus, ao não se arrependerem dos seus maus caminhos; No 5º flagelo, o reino da besta torna-se em trevas, e os homens remordiam a língua por causa da dor, mas continuavam a blasfemar contra o Senhor; No 6º flagelo, as águas do rio Eufrates secam-se, ao preparar o caminho para a Batalha do Armagedon; No 7º flagelo, sobrevêm relâmpagos, vozes e trovões, ao ocorrer um grande terremoto como nunca houve igual, de maneira que as ilhas e montes se perdem. Cai sobre os homens chuva de pedras, e eles continuam com as suas blasfémias.
A queda da Babilónia
Deus começa a destruir todo o sistema que rege o mundo, "a grande Babilónia" com a sua promiscuidade, glutonarias, bebedices, prostituições e luxúrias. Os governantes da Terra choram pela sua destruição, não porque são pessoas boas que ficaram tristes com a situação, mas porque a sua fonte de lucro cessou.

As Bodas do Cordeiro
Com a destruição da Babilónia mostra-se a festa que ocorre no Céu, pois este sistema serviu como arma para Satanás seduzir todos os reis da Terra. Agora, o império do Maligno estava destruído. Louvores tremendos são entoados com alegria contínua e exultação.
A festa das "Bodas do Cordeiro" começa a ser realizada. O coro de "Aleluias" anuncia a vinda do Rei há muito prometido, o Senhor Jesus, herdeiro do trono de Davi. Os santos do Senhor [santo na Bíblia significa todo aquele que verdadeiramente segue a Cristo, aquele que está separado do mundo] são recompensados nos ares, de acordo com as suas obras.
Reino Milenar de Cristo e a prisão de Satanás
Aqui acontece a volta definitiva de Jesus à Terra, seguido pelos exércitos que estão no Céu, compostos pelos salvos do Antigo Testamento, a Igreja de Cristo e os salvos do período da Tribulação. Jesus julgará as nações e implantará o Seu reino.
A tribulação ainda não acabou, a Babilónia foi julgada, mas o anticristo e os reis da Terra continuam no poder. A Bíblia então descreve uma matança geral, tanto de comandantes, como escravos ou livres, pequenos ou grandes, pois o pecado do povo que os unificam, sujeitam e determinam para a ira de Deus. O anticristo e o falso profeta são lançados ao lago de fogo e os seus exércitos são mortos e derrotados. Jesus prende Satanás, ao lançá-lo no abismo. Durante mil anos, Cristo regerá a Terra, juntamente com os seus santos, e o diabo permanecerá preso durante todo o Reinado. Haverá paz e alegria por todo esse tempo.
Condenação de Satanás e julgamento dos ímpios
Quando termina o período milenar de Cristo, Satanás é solto da prisão e ainda seduz muitas nações, que com ele marcham contra os santos do Senhor. Mas fogo do Céu é lançado contra todos eles, e os exterminam. Satanás então é lançado no lago de fogo, onde já o anticristo e o falso profeta estão, onde serão atormentados de dia e de noite pelos séculos dos séculos. João descreve um trono branco, e aquele que nele se assenta, começa a julgar todos os homens, trazidos à sua presença. Todos são julgados segundo as suas obras e todo aquele que não achou o seu nome escrito no Livro da Vida foi lançado no lago de fogo (segunda morte).
A nova Jerusalém
Aparece então a cidade Santa, a esposa do Cordeiro (tipo da Igreja). Deus habitará com o seu povo e "enxugará de seus olhos toda a lágrima, e a morte não mais existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram". A característica da esposa é: celestial, radiante, separada, protegida, acessível, firme, inabalável, formosamente adornada, iluminada por Deus, glorificada, livre de manchas.
O paraíso destruído no início da criação do mundo, agora é restaurado, com a árvore da vida, mas sem maldição. Aqui estará o trono de Deus e do Cordeiro, então "não haverá noite, pois o Senhor brilhará sobre todos e reinarão pelos séculos dos séculos".
Este é o final da história: a felicidade eterna de todos os que confiaram no Senhor e permaneceram firmes. Satanás não triunfou na sua tentativa de separar o homem da comunhão de Deus. O Senhor habita com o Seu povo, todo o propósito é realizado, e toda a promessa é cumprida. As últimas palavras de Cristo são "Certamente venho sem demora". E a resposta de todo aquele que crê e o segue deve ser sempre: "Ora vem, Senhor Jesus!"