Teologia

A verdade por trás do mito - Revista Superinteressante

A última edição da revista Superinteressante (Nº 312) de 2012 nos deixou inquietos, ao ponto de não pensar duas vezes para esclarecer aos pontos colocados neste material. Vamos então ver abaixo as respostas bíblicas para cada questionamento levantado por esta revista.


Argumento Superinteressante: Jesus não nasceu em Belém, nem no Natal

Verdade bíblica: Jesus nasceu em Belém, conforme podemos confirmar em Mateus 2:1 e 5-6 e Lucas 2:4-7. No entanto, realmente não temos evidência bíblica da data exacta do nascimento do Senhor. A comemoração deste dia vem do período da metade do século III d.C., quando Hipólito, bispo de Roma, escolheu a data de 2 de Janeiro para comemorar o nascimento de Jesus e outros cristãos escolheram outras datas. Em 325 a 354 d.C., o dia 25 de Dezembro foi escolhido e oficializado.

"E, tendo nascido Jesus em Belém de Judéia, no tempo do rei Herodes, eis que uns magos vieram do oriente a Jerusalém" Mateus 2:1.

"E, congregados todos os príncipes dos sacerdotes, e os escribas do povo, perguntou-lhes onde havia de nascer o Cristo. E eles lhe disseram: Em Belém de Judéia; porque assim está escrito pelo profeta: E tu, Belém, terra de Judá, De modo nenhum és a menor entre as capitais de Judá; Porque de ti sairá o Guia Que há de apascentar o meu povo de Israel" Mateus 2:4-6.

"E subiu também José da Galiléia, da cidade de Nazaré, à Judéia, à cidade de Davi, chamada Belém (porque era da casa e família de Davi). A fim de alistar-se com Maria, sua esposa, que estava grávida. E aconteceu que, estando eles ali, se cumpriram os dias em que ela havia de dar à luz. E deu à luz a seu filho primogénito, e envolveu-o em panos, e deitou-o numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na estalagem" Lucas 2:4-7.


Argumento Superinteressante: Os três reis magos não eram reis, nem eram três.

Verdade bíblica: Apontamento correcto. A bíblia nos diz no Evangelho de Mateus 2:1 que se tratavam de "uns magos". A tradição católica é que os apresenta como "os reis magos Gaspar, Melchior e Balthazar", ao ter como base registos históricos que não são comprovados pelas Escrituras.

"E, tendo nascido Jesus em Belém de Judéia, no tempo do rei Herodes, eis que uns magos vieram do oriente a Jerusalém" Mateus 2:1.


Argumento Superinteressante: Ele era moreno, baixinho de cabelo curto.

Verdade bíblica: A Bíblia não descreve as características físicas de Jesus, mas com certeza ele não era loiro de olhos azuis como os filmes sempre o colocam, visto que nenhum judeu possui essas feições. Entretanto, vale ressaltar a profecia de Isaías ao dizer que o Messias não teria aparência, formosura ou beleza que pudesse nos agradar.

"Porque foi subindo como renovo perante ele, e como raiz de uma terra seca; não tinha beleza nem formosura e, olhando nós para ele, não havia boa aparência nele, para que o desejássemos. Era desprezado, e o mais rejeitado entre os homens, homem de dores, e experimentado nos trabalhos; e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum" Isaías 53:2-3.


Argumento Superinteressante: Jesus era só um entre os profetas

Verdade bíblica: Argumento absurdo! Jesus era o Filho de Deus e o próprio Deus. Ele existe desde o princípio e por meio Dele tudo foi criado.

"No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens. E a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam. E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigénito do Pai, cheio de graça e de verdade" João 1:1-5 e 14.

"E sabemos que já o Filho de Deus é vindo, e nos deu entendimento para conhecermos o que é verdadeiro; e no que é verdadeiro estamos, isto é, em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna" 1 João 5:20.


Argumento Superinteressante: Mateus, Marcos, Lucas e João não são os autores dos Evangelhos

Verdade bíblica: Vamos conferir abaixo as descrições de cada um dos livros:

O evangelho de Mateus foi escrito pelo próprio apóstolo no início do período da igreja, provavelmente por volta de 50 d.C., Mateus era cobrador de impostos.

O evangelho de Marcos não identifica o seu autor. Os pais da igreja primitiva concordam por unanimidade que ele teria escrito. Era um associado do apóstolo Pedro e evidentemente o seu filho espiritual (1 Pedro 5:13). De Pedro ele recebeu informações de primeira mão dos acontecimentos e ensinamentos do Senhor, e preservou essas informações em forma escrita. Foi provavelmente um dos primeiros livros escritos no Novo Testamento, em 57-59 d.C.

O evangelho de Lucas também não identifica o seu autor. Com base em Lucas 1:1-4 e Actos 1:1-3, é evidente que o mesmo autor escreveu ambos Lucas e Actos, ao dirigir os dois ao "excelentíssimo Teófilo", possivelmente um dignitário romano. A tradição desde os primeiros dias da igreja foi que Lucas, um médico e companheiro próximo ao apóstolo Paulo, escreveu tanto Lucas e Actos (Colossenses 4:14; 2 Timóteo 4:11). Isto faria de Lucas o único gentio a escrever um dos livros da Escritura. Foi provavelmente escrito entre 58 e 65 d.C.

Em João 21:20-24 temos a descrição de que se tratava do "discípulo que Jesus amava" e por razões históricas acredita-se que esse seja o apóstolo João, um dos filhos de Zebedeu (Lucas 5:10). Ele era, evidentemente, um dos três apóstolos mais íntimos que Jesus mantinha perto de si em várias ocasiões, tais como na transfiguração (Marcos 9:2), e na ocasião da sua angústia, no jardim de Getsêmani (Mateus 26:36-37). Destes três apóstolos, elimina-se Tiago por ter sido morto por volta de 44 d.C., por Herodes Agripa I. Não existe nenhuma evidência de uma data tão cedo assim da escrita deste Evangelho. Pedro é excluído por ter o seu nome mencionado junto com "o discípulo a quem Jesus havia amado" João 21:20-21.


Argumento Superinteressante: Judas pode não ter sido um traidor

Verdade bíblica: São inúmeros os relatos bíblicos que apontam Judas como o traidor de Jesus. Com um beijo ele entregou Jesus para os soldados, recebeu a recompensa em moedas de ouro, mas arrependido tentou devolver o dinheiro. Pelo remorso, acabou por se enforcar.

"E, comendo eles, disse: Em verdade vos digo que um de vós me há de trair. E eles, entristecendo-se muito, começaram cada um a dizer-lhe: Porventura sou eu, Senhor? E ele, respondendo, disse: O que põe comigo a mão no prato, esse me há de trair. Em verdade o Filho do homem vai, como acerca dele está escrito, mas ai daquele homem por quem o Filho do homem é traído! Bom seria para esse homem se não houvera nascido. E, respondendo Judas, o que o traía, disse: Porventura sou eu, Rabi? Ele disse: Tu o disseste" Mateus 26:21-25.

"Entrou, porém, Satanás em Judas, que tinha por sobrenome Iscariotes, o qual era do número dos doze" Lucas 22:3.

"E Judas Iscariotes, um dos doze, foi ter com os principais dos sacerdotes para lho entregar" Marcos 14:10.

"E, estando ele [Jesus] ainda a falar, surgiu uma multidão; e um dos doze, que se chamava Judas, ia adiante dela, e chegou-se a Jesus para o beijar. E Jesus lhe disse: Judas, com um beijo trais o Filho do homem?" Lucas 22:47-48.

"E a Judas Iscariotes, o que o entregou" Marcos 3:19.

"E Judas, irmão de Tiago, e Judas Iscariotes, que foi o traidor" Lucas 6:16.

"Então Judas, o que o traíra, vendo que fora condenado, trouxe, arrependido, as trinta moedas de prata aos príncipes dos sacerdotes e aos anciãos, dizendo: Pequei, traindo o sangue inocente. Eles, porém, disseram: Que nos importa? Isso é contigo. E ele, atirando para o templo as moedas de prata, retirou-se e foi-se enforcar" Mateus 27:3-5.


Argumento Superinteressante: O reino dos céus era na Terra

Verdade bíblica: A Bíblia nos diz que todo aquele que se converter verdadeiramente, crer no Senhor Jesus e fazer a vontade de Deus entrará no reino dos céus. Jesus nos afirmou que na Casa do Pai há muitas moradas e que Ele iria preparar lugar para os que permanecessem fiéis (João 14:2), mas os que fossem infiéis seriam lançados no fogo (Marcos 9:47). Em Apocalipse temos a consumação de toda a profecia. Deus irá julgar os que não forem achados escritos no livro da vida e os lançará no lago de fogo (Apocalipse 20:15), e as nações dos salvos herdarão o novo céu e a nova terra (Apocalipse 21:1), onde habitará a justiça e não haverá mais dor. Todos habitarão para sempre com Deus (Apocalipse 21:24).

"Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar" João 14:2.

"Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! Entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E em teu nome não expulsamos demónios? E em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade" Mateus 7:21-23.

"E, se o teu olho te escandalizar, lança-o fora; melhor é para ti entrares no reino de Deus com um só olho do que, tendo dois olhos, seres lançado no fogo do inferno" Marcos 9:47.

"E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo" Apocalipse 20:15.

"Porque, eis que eu crio novos céus e nova terra; e não haverá mais lembrança das coisas passadas, nem mais se recordarão" Isaías 65:17.

"E vi um novo céu, e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe" Apocalipse 21:1.

"E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas" Apocalipse 21:4.

"E as nações dos salvos andarão à sua luz; e os reis da terra trarão para ela a sua glória e honra" Apocalipse 21:24.

"E ali não haverá mais noite, e não necessitarão de lâmpada nem de luz do sol, porque o Senhor Deus os ilumina; e reinarão para todo o sempre" Apocalipse 22:5.

A Figueira Secou

 Partes de um sermão de Charles Haddon Spurgeon, traduzidas e adaptadas pelo Pr. Silvio Dutra.

"Ora, de manhã, ao voltar à cidade, teve fome; e, avistando uma figueira à beira do caminho, dela se aproximou, e não achou nela senão folhas somente; e disse-lhe: Nunca mais nasça fruto de ti. E a figueira secou imediatamente. Quando os discípulos viram isso, perguntaram admirados: Como é que imediatamente secou a figueira?" (Mateus 21:18-20).

Isto é um milagre e uma parábola. É um milagre singular, e é uma parábola impressionante. É uma parábola viva, em que o nosso Senhor nos dá uma lição objectiva. Ele coloca a verdade diante dos olhos dos homens, nesta passagem, para que a lição possa fazer uma impressão profunda na mente e no coração. Vai insistir-se muito sobre a observação de que esta é uma parábola, pois, se nós não olharmos para ela sob esta luz, podemos interpretá-la mal.

O Nosso Senhor quis ensinar aos seus discípulos sobre a destruição de Jerusalém. A recepção dada a ele em Jerusalém estava cheia de promessas, mas das quais nada viria. Os seus altos hosanas iriam mudar para: "Crucifica-o!"

Quando Jerusalém seria destruída por Nabucodonosor, no tempo oportuno, os profetas não só tinham falado, mas eles tinham usado sinais instrutivos. Mais uma vez, os juízos de Deus estavam às portas da cidade culpada. As Palavras de Jesus tinham sido desperdiçadas, e até mesmo as lágrimas do Salvador tinham sido derramadas em vão, então havia chegado a hora de ser dado um sinal do juízo que estava às portas.

O Nosso Senhor viu uma figueira, que por um capricho da natureza, estava coberta com folhas num momento em que, no curso normal das coisas, não deveria estar assim; pois as figueiras somente se cobrem de folhas quando já têm dado os seus frutos. O Nosso Senhor viu nisso uma oportunidade para uma lição muito boa para os seus discípulos. Quando ele viu que não havia qualquer figo naquela figueira, ele ordenou que ela ficasse infrutífera para sempre, e imediatamente começou a secar. A figueira arruinada era uma comparação com o Estado judeu. A nação havia prometido grandes coisas para Deus. Quando todas as outras nações eram como árvores sem folhas, sem fazer prova de fidelidade ao verdadeiro Deus, a nação judaica estava coberta com a folhagem da profissão religiosa abundante, mas sem qualquer fruto. O Nosso Senhor tinha olhado para o interior do templo, e tinha encontrado a casa de oração senão como um covil de ladrões. Ele condenou portanto, a igreja judaica a permanecer como uma coisa inútil sem vida, e assim foi. A sinagoga permaneceu aberta, mas o seu ensino tornou-se uma forma morta. Israel não tinha nenhuma influência sobre as nações. A raça judaica tornou-se, durante séculos, uma árvore seca: não tinha nada, senão aparência externa, ao exibir uma pomposa folhagem, mas sem frutos, quando Cristo veio, e essa aparência mostrou-se impotente para salvar, mesmo a cidade santa. Cristo não destruiu a organização religiosa dos judeus ao deixá-la permanecer, mas esta se secou a partir da raiz, até que vieram os romanos, e com as suas legiões arrancaram o tronco infrutífero. Que lição esta para as nações! As nações podem ser adornadas com toda a folhagem da civilização e da arte, e do progresso, e da religião, mas se não há vida interior de piedade, e nenhum fruto de justiça, elas permanecerão por um tempo, e depois irão desaparecer. Que lição para as igrejas! Há igrejas que têm sido destaque em número e influência, mas a fé, e amor, e santidade não foram mantidos, e o Espírito Santo deixou-os para a exibição vã de um trabalho infrutífero; e há igrejas, com o tronco da organização, e os ramos amplamente estendidos, mas estão mortos, e todos os anos eles se tornam cada vez mais deteriorados. Podemos ter um grande número de pessoas que vêm para ouvir a Palavra, e um considerável corpo de homens e mulheres que dizem ser convertidos, mas a menos que a piedade vital esteja no interior deles, que são estas congregações e igrejas? Podemos ter um ministério valorizado, mas o que seria esse sem o Espírito de Deus? Podemos ter grandes serviços, mas o que são eles sem o espírito de oração, o espírito de fé, o espírito de graça e de consagração? Há pessoas que parecem desafiar as estações do ano. Ainda não era o momento de figos, mas eles são como esta figueira coberta com aquelas folhas que geralmente indicavam figos maduros. Quando uma figueira está cheia de folhas, esperamos encontrar figos nela, e se não os encontrarmos é porque ela não vai ter qualquer figo nessa temporada. Esta árvore era uma aberração da natureza, e não um resultado saudável de verdadeiro crescimento. Tais aberrações da natureza ocorrem nas florestas e nas vinhas, e podem ser encontradas também no mundo moral e espiritual.

Alguns homens e mulheres parecem muito excelentes antes daqueles ao redor deles, e nos surpreendem pelas suas virtudes especiais externas. Eles são melhores do que o melhor, mas somente na aparência. Elas são pessoas muito superiores, cobertas com virtudes, como esta figueira com folhas.

Observe-se, que eles saltam por cima da regra normal de crescimento. Como já se disse, a regra é, em primeiro lugar, o figo, e depois as folhas da figueira, mas temos visto pessoas que fazem uma carreira antes de terem produzido o menor fruto para justificá-la.

Estas pessoas participam de um encontro de avivamento, e declaram-se salvas, embora não tenham sido renovadas no coração, e não possuem nem arrependimento, nem fé. Eles vêm para a frente para confessar uma mera emoção. Eles não têm nada melhor do que uma resolução. Não nos opomos à rapidez da conversão, pelo contrário, a admiramos, se é verdadeira, mas não podemos julgar até que vejamos o fruto e as evidências na vida. Se a mudança de conduta é distinta e verdadeira, não nos importamos o quão rápido o trabalho é feito, mas temos de ver a mudança.

Onde aqueles que são proeminentes vêm a ser tudo o que eles professam ser, eles são uma grande bênção. Teria sido bom se naquela manhã houvesse figos naquela figueira. Teria sido um grande refrigério para o Salvador se tivesse sido alimentado pelo seu fruto.

O primeiro Adão veio à figueira para procurar folhas, mas o segundo Adão procura figos. Ele examina a nossa personalidade por completo, para ver se há alguma fé verdadeira, qualquer amor verdadeiro, qualquer esperança viva, qualquer alegria que é fruto do Espírito, qualquer paciência, qualquer auto-negação, qualquer fervor na oração, qualquer caminhada com Deus, qualquer habitação do Espírito Santo, e se ele não vê essas coisas, ele não fica satisfeito - ir à igreja, reuniões de oração, comunhões, sermões, leituras da Bíblia, pois tudo isso pode não ser mais do que folhagem. Se o Senhor não vê o fruto do Espírito em nós, ele não fica satisfeito connosco, e a sua inspecção levará a medidas severas. Observe-se que o que Jesus procura não é as nossas palavras, as nossas resoluções, as nossas confissões, mas a nossa sinceridade, a nossa fé interior, o que está a ser de facto produzido pelo Espírito de Deus para trazer os frutos do seu reino.

Introdução a Administração Eclesiástica

Introdução

A administração eclesiástica é o conjunto das principais normas e funções que tem por finalidade ordenar todos os factores para conseguir melhores resultados. Através de uma boa administração as responsabilidades são melhor distribuídas, o trabalho é simplificado e facilitado, ao levar as pessoas a executar melhor as suas tarefas, ao envolvê-las ainda mais na actividade e ao impedir que alguém faça tudo sozinho.

Ao contrário do que muitos pensam, a organização não impede a actuação do Espírito Santo na igreja, pelo contrário, é no sistema organizado que Ele tem liberdade para agir.

Atenção: Administrar é delegar poder


Exemplos da administração na Bíblia

Deus sempre dá a revelação e a administração dela ao povo.

a. Noé ao receber orientação divina para construir a arca antes do dilúvio.

"Então, disse Deus a Noé: Resolvi dar cabo de toda a carne, porque a terra está cheia de violência dos homens; eis que farei perecer juntamente com a terra. Faze uma arca de tábuas de cipreste; nela farás compartimentos e a calafetarás com betume por dentro e por fora. Deste modo a farás: de trezentos côvados será o comprimento; de cinquenta, a largura; e a altura de trinta. Farás ao seu redor uma abertura de um côvado de altura; a porta da arca colocarás lateralmente; farás pavimentos na arca: um em baixo, um segundo e um terceiro" Génesis 6:13-16.


b. José soube interpretar o sonho do Faraó e administrou o período de 7 anos de fome.

"Agora, pois, escolha Faraó um homem ajuizado e sábio e o ponha sobre a terra do Egipto. Faça isso Faraó, e ponha administradores sobre a terra, e tome a quinta parte dos frutos da terra do Egipto dos sete anos de fartura.

Ajuntem os administradores toda a colheita dos bons anos que virão, recolham cereal debaixo do poder de Faraó, para mantimento nas cidades, e o aguardem. Assim, o mantimento será para abastecer a terra nos sete anos da fome que haverá no Egipto, para que a terra não pereça de fome" Génesis 41:33-37.


c. O rei Davi organizou os turnos dos sacerdotes e levitas

"Sendo, pois, Davi velho e farto de dias, constituiu a seu filho Salomão rei sobre Israel. Ajuntou todos os príncipes de Israel, como também os sacerdotes e levitas. Foram contados os levitas de trinta anos para cima; seu número, contados um por um, foi de trinta e oito mil homens. Destes, havia vinte e quatro mil para superintenderem a obra da Casa do Senhor, seis mil oficiais e juízes, Quatro mil porteiros e quatro mil para louvarem o Senhor com instrumentos que Davi fez para esse mister. Davi repartiu os turnos, segundo os filhos de Levi" 1Crónicas 23:1-6.


d. Os primeiros diáconos foram eleitos pelo Espírito para organizar os cultos.

"Ora, naqueles dias, crescendo o número dos discípulos, houve uma murmuração dos gregos contra os hebreus, porque as suas viúvas eram desprezadas no ministério quotidiano. E os doze, convocando a multidão dos discípulos, disseram: Não é razoável que nós deixemos a palavra de Deus e sirvamos às mesas.

Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete homens de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais constituamos sobre este importante negócio. Mas nós perseveraremos na oração e no ministério da palavra.

E este parecer contentou a toda a multidão, e elegeram Estêvão, homem cheio de fé e do Espírito Santo, e Filipe, e Prócoro, e Nicanor, e Timão, e Parmenas e Nicolau, prosélito de Antioquia; E os apresentaram ante os apóstolos, e estes, orando, lhes impuseram as mãos.

E crescia a palavra de Deus, e em Jerusalém se multiplicava muito o número dos discípulos, e grande parte dos sacerdotes obedecia à fé" Actos 6:1-7.


e. Paulo organizou as igrejas - doutrinas, santa ceia, dons espirituais...

"Porque eu recebi do Senhor o que também vos ensinei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão; E, tendo dado graças, o partiu e disse: Tomai, comei; isto é o meu corpo que é partido por vós; fazei isto em memória de mim. Semelhantemente também, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é o novo testamento no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que beberdes, em memória de mim. Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice anunciais a morte do Senhor, até que venha" 1Coríntios 11:23-26.


A própria bíblia mostra um Deus que se revelou progressivamente ao homem em cada dispensão na história. Quatro aspectos importantes da Administração que podem ser aplicados à igreja:

1. Planear - Significa estabelecer os objectivos da igreja.

2. Organizar - É a forma de coordenar todos os recursos da igreja.

3. Dirigir ou liderar - Formação de líderes que administrem a igreja.

4. Controle ou coordenação - O que não é medido é difícil de ser avaliado, e o que não é cobrado, não é feito.

Domínio próprio (temperança)

INTRODUÇÃO:

O tema de hoje é o domínio próprio, algo necessário em todas as áreas da vida cristã. Esta qualidade é necessária para dominarmos o "velho homem", com todas as suas concupiscências descritas em Gálatas 5:19-21.


DEFINIÇÃO:

A palavra usada no grego é "egkrateia" que significa domínio próprio, autocontrole, temperança. Domínio próprio, portanto, é o mesmo que autocontrole. Este domínio de si mesmo é algo extremamente difícil e somente o Espírito de Deus poderá nos levar a alcançá-lo de modo pleno, no entanto, apesar de difícil, é valioso devido às bênçãos que ele proporciona. O escritor de Provérbios faz uma comparação interessante no capítulo 16, versículo 32 (ler este texto) que mostra a preciosidade desta qualidade.


O DOMÍNIO EM TODAS AS ÁREAS DA VIDA

Sabemos que o ser humano é formado de corpo, alma e espírito, e que no momento da sua conversão o Espírito de Deus vem habitar no seu coração. Deus deseja dominar todas as áreas da nossa vida!

Em 1 Coríntios 7:9, por exemplo, o apóstolo Paulo fala sobre o controle da área sexual. Em 1 Coríntios 9:25 o mesmo apóstolo fala sobre o autocontrole em toda a vida. Este autocontrole nos leva a sermos vitoriosos!

Existem outros exemplos na Palavra de Deus. Em Efésios 6:18 há uma advertência sobre perseverar em oração, isto envolve também o autocontrole, pois a carne não deseja orar! Se realmente não agirmos desta forma, não oraremos, não vamos ler a Bíblia, não teremos uma vida activa, etc..

Vejamos também:

Subjugar a língua (Tiago 3:2, 8). Devemos observar bem o versículo 8; somente Deus pode fazer isto!

Subjugar o corpo (1 Coríntios 9:27).

Devemos pedir ao Espírito Santo que nos dê domínio próprio, pois precisamos querer isto em todas as áreas da nossa vida! A temperança vem de uma vida controlada pelo Espírito Santo em consoante comunhão com o Senhor, e isto, por sua vez, através de oração, leitura da Palavra de Deus e jejum.


ARMAS PARA O DOMÍNIO PRÓPRIO

Obviamente, a temperança é fruto do Espírito e, portanto, somente conseguirá ter domínio próprio aquele que possui o Espírito de Deus. Algumas religiões pregam a "meditação", outras a "concentração", outras os exercícios de "repetição", algumas o jejum e outras o isolamento, para os seus adeptos conquistarem o autocontrole. Claramente estes esforços tornam-se vãos, algumas conquistas podem ser conseguidas na esfera do corpo ou da mente, no entanto, somente Jesus pode trabalhar no coração do homem.

Algumas "armas" auxiliam o cristão a ter o domínio próprio, mas não podemos cair na ilusão de que com os nossos esforços e méritos conseguiremos a temperança. Estas "armas" visam uma maior proximidade com o Senhor para encontrar nele a força para vencer. Vejamos a seguir algumas atitudes que nos vão ajudar:

ORAÇÃO - Através dela falamos com Deus e nos tornamos mais sensíveis à sua voz.

Na Bíblia ler em Mateus 6:5-15.

JEJUM - O jejum é uma arma poderosa para auxiliar a autodisciplina, através dele nos separamos para consagrar ao Senhor, ao permitir que Deus mortifique a nossa carne, ao santificar a nossa vida.

Quanto ao jejum ler em Mateus 6:16-18; Isaías 58

VIGILÂNCIA - Sem ela não adianta orar e nem jejuar!

Ler na Bíblia Marcos 14:38

BÍBLIA - Nela está a revelação de Deus para a nossa vida e o modelo de carácter.

Ler em João 17:17


O DOMÍNIO PRÓPRIO E O AMADURECIMENTO

Será que já observamos um recém convertido? Muitas vezes ele tem atitudes precipitadas, isso acontece devido ao fruto do Espírito amadurecer na vida do cristão à medida que ele busca ao Senhor. Quanto mais amadurecido for o cristão, maior será o seu domínio próprio; não estamos a falar de tempo de conversão, mas o amadurecimento acontece à medida que abrimos o coração para a vontade de Deus e o obedecermos.


CONCLUSÃO:

Vimos nesta aula que o domínio próprio é uma qualidade do fruto do Espírito muito preciosa e que Deus deseja que ele exista em todas as áreas da nossa vida. Vimos também que existem atitudes que nos aproximam mais de Deus e que, portanto, aumentam a temperança. Aprendemos também que esse domínio próprio é sinal de amadurecimento. Devemos então buscar uma vida de consagração para que tenhamos mais domínio próprio e sejamos sóbrios, ao não nos precipitar no responder ou no falar, ao controlar pelo poder do Espírito a nossa "velha natureza" em todas as áreas da nossa vida.

A Lei da Semeadura e da Colheita

Gálatas 6:6-9

Introdução: A lei da semeadura e da colheita rege tudo o que fazemos na nossa vida. O conceito bíblico de semear e colher refere-se às consequências dos nossos actos, pois "o que semear a perversidade colherá males" (Provérbios 22:8) e "o que semeia justiça recebe galardão seguro" (Provérbios 11:18). A família também é comparada na Bíblia com o que semeamos e colhemos para a nossa vida (Salmos 128:3 e 144:12).

Será que temos semeado?

Vejamos como é a Lei da Semeadura e da Colheita:

1 - Somente colhe quem planta: Gálatas 6:6 "aquele que está sendo instruído na palavra faça participante de todas as coisas boas aquele que o instrui"

A primeira regra da Lei da Semeadura e da Colheita ensina que somente quem planta é que colhe. Quem deixa de semear por causa de situações adversas, aumenta a sua dificuldade, pois "quem observa o vento, não semeará e o que atenta para as nuvens não colherá" (Eclesiastes 11:4). Ninguém pode dizer que não planta por falta de semente, pois quem provê a semente é Deus (2 Coríntios 9:10).

Existem pessoas que estão a passar necessidades por não terem plantado para o futuro e ainda outros que viveram privações no passado, mas se prepararam e agora estão a colher abundantemente, porque "os que com lágrimas semeiam, com júbilo ceifarão, quem sai andando e chorando enquanto semeia, voltará com júbilo trazendo seus feixes" (Salmos 126:5-6).

A Palavra nos ensina que devemos "pela manhã semeia a tua semente e à tarde não retenhas a tua mão, pois tu não sabes qual das duas prosperará, se esta, se aquela, ou se ambas serão igualmente boas" (Eclesiastes 11:6). No tempo bíblico, o facto de não colher era considerado uma maldição.

Nós não estamos a colher?

Devemos plantar e então iremos colher!


2 - Nós só colhemos o que foi plantado: Gálatas 6:7-8 "não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará. Porque quem semeia na sua carne, da carne ceifará a corrupção; mas quem semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna".

A segunda regra da Lei da Semeadura e da Colheita ensina que somente colhemos daquilo que semearmos. Quem planta cereal colhe cereal, quem planta frutas colhe frutas e assim por diante, tudo o que plantarmos será colhido. Este conceito é muito sério, baseado na justiça de Deus, ao nos dar a garantia de que "os que lavram iniquidade e semeiam o mal, segam o mesmo" (Jó 4:8). Devemos semear a Palavra de Deus (Marcos 4:14) e a fé (Marcos 4:31) para colhermos bênçãos espirituais. Devemos plantar coisas boas e esperar colher os seus benefícios. Por outro lado, não devemos temer a quem está a plantar coisas más "porquanto semeiam vento e hão de colher o turbilhão" (Oséias 8:7). Jesus contou a parábola do trigo e do joio para ensinar que às vezes plantamos algo de bom e o inimigo vem e mistura uma semente má (Mateus 13:24-30). Mesmo assim, não podemos separar o bom do mau por nós mesmos para não arrancarmos o que é bom junto com o que é mau, "por isso, enquanto tivermos oportunidade, façamos o bem a todos" (Gálatas 6:10).

O que temos plantado?

Devemos plantar somente coisas boas!


3- A colheita é proporcional ao plantio: Gálatas 6:9 "e não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não desfalecermos".

A terceira regra da Lei da Semeadura e da Colheita diz que a quantidade que colhemos é proporcional ao tanto que semeamos. A quantidade de sementes plantada determina quanto será colhido, porque "aquele que semeia pouco, pouco também ceifará e aquele que semeia em abundância, em abundância também ceifará" (2 Coríntios 9:6). Jesus mesmo ensinou que devemos plantar ao saber que embora não sejam todas as sementes que germinam, aquelas que crescem produzem "a trinta, sessenta e cem por um" (Marcos 4:20). Deus é quem "aumentara a vossa sementeira e multiplicará os frutos da vossa justiça" (2 Coríntios 9:10). Quando semeamos devemos confiar que "quem dá o crescimento é Deus" (1 Coríntios 3:7), que é justo para nos dar uma colheita abençoada. Por isso devemos plantar o máximo possível para alcançar uma farta colheita, ao saber que existe o "tempo de plantar e tempo de colher" (Eclesiastes 3:2).

Será que queremos uma colheita abundante?

Devemos plantar o máximo que pudermos!

Assim a nossa colheita será farta!


- CONCLUSÃO:

A Lei da Semeadura e da Colheita nos ajuda a compreender muitas coisas na nossa vida. O porquê de muitas coisas pode ser explicado através deste ensino, pois "quem ceifa já está recebendo recompensa e ajuntando fruto para a vida eterna; para que o que semeia e o que ceifa juntamente se regozijem" (João 4:36). Se plantamos coisas más na nossa vida, devemos pedir a Deus misericórdia e perdão. Talvez devamos enfrentar as consequências, mas o Senhor nos ajudará a vencer tudo. Então devemos começar a plantar coisas boas para colher posteriormente. Para quem plantou coisas boas a vida toda e espera a recompensa de Deus, devemos saber que algumas bênçãos espirituais serão colhidas na eternidade e outras aqui nesta vida (Salmos 27:13). Em conclusão, aprendemos que quem planta colhe aquilo que semeia e proporcionalmente à quantidade que plantou.

Nós só colhemos se plantarmos, o que plantarmos e o quanto plantarmos!

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